Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Recomendações do Banco Mundial Para o Brasil

22 de novembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Apesar das diversas manifestações até do setor privado pelo início da retomada da recuperação da economia brasileira, parece claro que o Banco Mundial, solicitado opinar a respeito, informa que as distorções relevantes estão no agigantamento do setor público, que continua crescendo para evitar a sanção política sobre figuras fundamentais da atual administração que cometeram irregularidades.

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Quadro resumo publicado no Valor Econômico

Parecem bastante claras que medidas de contenção do custeio público não são admitidas pelos políticos brasileiros, cujas bases de suporte são os privilegiados da administração pública por eles nomeados e não a população brasileira que arca com seus custos. Não sobram recursos para atendimentos da segurança, da saúde, da educação, das pesquisas e até dos encargos relacionados com a previdência social. As soluções propostas não são de caráter para corrigir estas distorções profundas, sem as quais não se aproxima o Brasil dos países que estão ajudando a melhorar a recuperação mundial.

Nos gráficos destacados pela Folha de São Paulo, comparado com alguns países no mundo, fica claro que não só estamos numa situação precária como com tendência para a sua piora, quando o mundo parece reconhecer que muitas das suas atividades devem ser transferidas para o setor privado.

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Gráfico reproduzido na Folha de S.Paulo, constante do relatório do Banco Mundial

O dramático é que as remunerações dos funcionários públicos são sensivelmente superiores as do setor privado que são determinadas pelo mercado e que estão sendo flexibilizadas para permitir melhoria no nível de emprego.

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Gráfico reproduzido na Folha de S.Paulo, também constante do relatório do Banco Mundial

Ainda que estes dados resumidos não sejam os mais animadores, tendo um diagnóstico claro do que está acontecendo, tudo indica que as soluções podem ser procuradas dentro do quadro possível, sem que o país seja iludido por medidas que não resolvem seus problemas.

É preciso ter claro que a ligeira melhora que está se observando no Brasil decorre do quadro mundial e não das medidas que estejam sendo implementadas pelas atuais autoridades. Isto ajuda a identificar a necessidade de medidas drásticas que voltem a colocar o país dentro das tendências que se tornam claras em muitos países emergentes, notadamente da Ásia.



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