Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Índia de Colonial Tenta Superar seus Problemas de Saúde

4 de dezembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

imageTodos sabem que a Índia sofreu pela sua situação de colônia da Grã-Bretanha por séculos, não tendo condições de resolver os seus graves problemas de saúde, como está num artigo publicado no Lancet. Mas recentemente vem avançando neste setor crítico como nos produtos farmacêuticos genéricos, passando agora para os biossimilares que chega até a exportar para países desenvolvidos.

Empregados do Biocon pesquisando no seu centro de pesquisa e desenvolvimento em Bengahuru na Índia em foto publicado no Nikkei Asian Review

A Grã-Bretanha causou muitos prejuízos à Índia desde cerca de 1700, o que aconteceu também no seu setor de saúde e pesquisa. Antes, a Índia representava em torno de 27% da economia mundial, mas todas as opressões provocaram a primeira desindustrialização conhecida no mundo, que teria causado a morte de 30 a 35 milhões de hindus.

Desde 1946, o Comitê Bhore apresentou um programa de saúde da Índia que vem sendo perseguida por 70 anos. Ela está passando por uma rápida transição epidemiológica das lesões e doenças transmissíveis. Hoje, enfrenta problemas de urbanização e envelhecimento da população, com a desnutrição infantil e materna, água potável e saneamento, poluições, doenças cardiovasculares, diabetes, exigindo ações intersetoriais por todas as suas regiões.

Mas avança nas suas pesquisas, tendo se tornando importante no mundo de medicamentos genéricos que acabaram desenvolvendo contra as patentes das grandes indústrias farmacêuticas do mundo. Avançam agora para as chamadas biossimilares, como reportado no artigo de Dhanya Ann Troppil, publicado no Nikkei Asian Review.

São produtos como a trastuzumab que trata do câncer na mama e no estômago, desenvolvido pela Mylan NV e a Biocon. O FDA norte-americano que controla os medicamentos informa que a Índia está no caminho certo, tendo aprovado o uso deste medicamento. Duas organizações, a Sun Pharmaceucial e a Dr. Reddy’s Laboratories, se destacam, como a Biocon.

Os biossimilares exigem pesados investimentos, mas a Índia se destaca entre os países emergentes nesta área. Também os europeus e os japoneses caminham para suas autorizações para importações, como outros países desenvolvidos como a Austrália. Também os tradicionais laboratórios do mundo como a Teva Pharmaceutical, Pfizer e Amgen caminham na mesma direção.

No caso brasileiro, que também foi colônia de Portugal, que tinha o Reino Unido na sua retaguarda, poucos foram os avanços locais, relacionados com doenças tropicais. Hoje, as pesquisas praticamente inexistem e poucas empresas são capazes de exportar medicamentos. Parece que precisamos aprender com os indianos, para não ficarmos fora do mundo.



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