Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Investimentos Chineses na Infraestrutura

5 de dezembro de 2017
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002 Todos sabem que a China mantinha seu elevado nível de crescimento econômico investindo pesadamente na melhoria de sua infraestrutura. Mas tudo indica que, com a redução relativa deste crescimento, os economistas das instituições financeiras estrangeiras estão prevendo uma queda moderada destes investimentos naquele país.

Os trens rápidos da China, ainda que continuem crescendo, passam por uma desaceleração moderada, pois as infraestruturas disponíveis naquele país já são suficientes, segundo artigo publicado no site da Bloomberg

Uma das razões do elevado crescimento econômico da China nos últimos anos era os investimentos efetuados em sua infraestrutura, que já atendem as suas necessidades, podendo ser desacelerada moderadamente. Eles passam do atual 20% ao ano para 12%, que ainda é elevado comparado com o que se investe no resto do mundo, notadamente em países emergentes.

É a conclusão a que chegaram 18 economistas estrangeiros que elaboram os relatórios de instituições financeiras internacionais como Morgan Stanley, Goldman Sachs e UBS, entre outras. Não se trata de cortes substanciais, mas de uma moderação, certamente para não aumentar seus endividamentos como acelerar exageradamente o seu crescimento. Também alguns projetos de metrôs que atendem a grandes cidades devem passar por um processo semelhante, o que vai resultar numa agressividade das empresas chinesas em países estrangeiros.

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Gráfico publicado no site da Bloomberg

A China investe um quinto do que ocorre em todo o mundo e, segundo o Oxford Economics, deve flexibilizar o que veio fazendo nos últimos anos, mas não se trata de um corte violento. O que tenta evitar é que haja um excesso de capacidade, pois seu crescimento econômico deve passar do atual nível acima de 6% ao ano para um nível de 4 a 5%, o que continua mais elevado do que em outros países desenvolvidos ou até emergentes. Isto deve também refletir-se na sua importação como de minérios, afetando países como o Brasil.

O que os chineses pretendem é um desenvolvimento mais equilibrado, reduzindo também suas empresas poluentes e obsoletas. Muitos destes projetos de infraestrutura eram públicos-privados e deve se promover uma desavalancagem, o que não aconteceu no passado.



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