Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Invejável Situação do Emprego no Japão

30 de janeiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002 Uma situação não imaginável para os brasileiros ocorre atualmente no Japão: faltam candidatos para os cargos oferecidos. A falta de recursos humanos está limitando o crescimento econômico que poderia superar o atual, que está em torno de 3% ao ano.

Dois candidatos aos empregos oferecidos no Japão. Foto publicada no artigo do Japan Today

Como todos sabem, a população japonesa está em declínio e o Japão não facilita o ingresso de imigrantes estrangeiros. Assim, a falta de candidatos para os empregos oferecidos chega a ser de 150 cargos para 100 candidatos, o mais elevado nos últimos 40 anos naquele país. A notícia de Noriyuki Suzuki foi publicada no Japan Today, com a taxa de desemprego sendo de 2,8%, o mais baixo desde 1993.

A taxa de crescimento da economia japonesa anualizada de julho a setembro último foi de 2,5%, num ciclo considerado o segundo mais longo do pós-guerra, que hoje está sendo ajudada pela forte demanda do exterior. Isto está pressionando para um robusto aumento de salário, numa economia que objetiva chegar da deflação para uma inflação de 2%, que ainda não consegue.

As empresas estão procurando empregar mais mulheres e encorajar os idosos a voltarem para seus empregos. As mulheres, que no Japão eram pouco empregadas nas grandes empresas, chegaram a 28,59 milhões em 2017, sendo que as de mais de 24 anos somente estão 2,7% desempregadas, enquanto o desemprego dos homens está em 3%.

As pequenas e médias empresas estão aumentando seus salários para não perderem os empregados. Apesar desta situação, o consumo das famílias ainda apresenta um crescimento modesto no Japão. O governo Shinzo Abe estimula o consumo interno, propondo que os acordos salariais das empresas com seus empregados tenha um aumento de 3%, para sustentar o atual crescimento da economia japonesa,

As condições para os empregados estão sendo melhorados pelas empresas, com horários mais curtos e flexíveis, além das assistências para os filhos das mulheres que desejam trabalhar. Mas também existem algumas resistências com o risco de que o atual crescimento não possa perdurar por muito tempo.

Para os brasileiros, que vivem a dura realidade dos países emergentes, ainda é muito difícil compreender facilmente os problemas do Japão e de outros países desenvolvidos, como os da Europa.



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