Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Prioridade Para a Honestidade

17 de janeiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

imageUm artigo publicado Henrique Gomes Batista, publicado no site do O Globo, informa que uma pesquisa efetuada pela Ideia Big Data, para o Brazil Institute do Wilson Center, com 5.003 pessoas de 37 cidades brasileiras no começo deste ano, constatou que 72% dos eleitores tem como prioridade temas relacionados com a honestidade para as eleições de parlamentares.

Com tantas informações distorcidas disseminadas sobre os políticos candidatos, fica muito difícil os eleitores saberem exatamente quem são os honestos. Até mesmo no Judiciário existem dúvidas sobre as isenções dos seus membros, havendo controvérsias sobre os componentes até do Supremo Tributal Federal, pois as posições estão radicalizadas entre algumas correntes. Quando se trata do Legislativo, o número de indiciados por irregularidades não permite que se chegue às conclusões dos seus processos com a rapidez exigida, nem sempre havendo um consenso sobre suas conclusões.

Ainda que haja um desencanto dos eleitores com os políticos em geral, 79% dos eleitores não se lembram em que votaram em 2014, mostrando que eles próprios são volúveis em suas opiniões que são tomadas mais pelas emoções momentâneas, sem uma racionalidade desejada. Dos eleitores, 39% não têm esperanças de mudanças nas próximas eleições, pois não estão seguros se os seus preferidos são honestos. A representatividade dos eleitos chega a ser questionada por 65% dos pesquisados, mostrando que algo está profundamente distorcido no Brasil.

Sobre a Previdência Social que o governo está concentrando todos os seus esforços para aprovação de um arremedo, 59% não acreditam que seja aprovada no Congresso. Lamentavelmente, o governo dissemina que a recuperação da economia brasileira é sadia, mas não há um relacionamento entre a causa e o efeito, pois o que está acontecendo é global, onde o Brasil acaba ficando abaixo da média mesmo entre os países emergentes.

Um artigo publicado no Valor Econômico, que vale a pena ser lido na íntegra, informa que em 2018 o FMI e os bancos centrais estimam que a Índia deva registrar o maior crescimento econômico com 7,37%, seguido da China com 6,70%. Os emergentes cresceriam 4,9%, a economia global 3,7% e o Brasil somente 2,7%, aumentando a sua distância com eles, mas o governo brasileiro insiste que sua recuperação é satisfatória com uma publicidade maciça.

A imprensa que deveria ser mais rigorosa na avaliação do que acontece no Brasil, diante da redução de suas receitas com anúncios e vendas de assinaturas, acaba noticiando de forma insuficiente para manter o eleitorado devidamente informado. O que se pode deduzir é que as reformas cogitadas, a partir da política eleitoral, exigem elaborações mais profundas, com ampla discussão de suas alternativas para melhor escolha dos eleitores.



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