Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Startups nos Países Emergentes como a Índia e a China

4 de janeiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

imageUm artigo de Akira Hayakawa publicado no Nikkei Asian Review chama a atenção sobre o fato de que vários startups na Índia e na China estarem obtendo apoio nas suas iniciativas criativas. Muitos jovens foram para o exterior para prosseguir nos seus estudos e agora estão retornando com projetos criativos que estão merecendo o apoio até de grandes grupos que se consolidaram recentemente.

Os dados de um braço de pesquisas da Venture Intelligence, a TSJ Midia, da Índia, informa que em 2017 os investimentos em startups podem ter chegado a US$ 20 bilhões, superando os US$ 17,3 bilhões do ano anterior. Na China, podem ter chegado a US$ 18,3 bilhões, o que representaria cerca de 70% do que foi feito nos Estados Unidos, segundo o artigo publicado no Nikkei Asian Review. Espera-se que o Brasil também venha a participar deste tipo de processo.

Muitos indianos e chineses estudaram nas grandes universidades norte-americanas e estão voltando para os seus países, motivados em parte pelo elevado crescimento econômico da Índia e da China. Estão obtendo sucesso nos seus projetos criativos para atenderem às necessidades de novas tecnologias nestas economias ainda emergentes. Com a perspectiva de recuperação do desenvolvimento brasileiro, espera-se que algo semelhante também ocorra por aqui no futuro próximo, mas há que se fazer uma lição de casa com maior profundidade.

Novos fundos de private equity na Índia estão interessados nestes projetos, inclusive de origens estrangeiras como a Dream Incubator ou a Aavishkaar. Visam projetos na agricultura, serviços financeiros, energia renovável e outras indústrias. Entre as estrangeiras destacam-se o Tencent, da China, e o Softbank, do Japão.

Na China, o processo está mais maduro, tanto com a Tencent como com a Alibaba, que visam empresas jovens buscando expandir seus próprios alcances e gerar sinergia com seus negócios já existentes. Também existem entendimentos com empresas de Hong Kong.

Como as populações da China e da Índia superam em muito o bilhão de habitantes, existem muitas oportunidades, começando a se ampliar também na prestação de serviços de variados tipos, inclusive com o uso da Inteligência Artificial.

As iniciativas brasileiras ainda são modestas quando comparados com os asiáticos, mas, na medida em que a economia se recupere, como já passaram por desenvolvimentos mais acelerados, há esperanças que muitos brasileiros que estão atuando no exterior se sintam motivados por projetos criativos para atender as muitas lacunas que hoje existem.



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