Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Um Galês Cuidando de Florestas no Japão

9 de janeiro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Um artigo de Adam Pepescu, publicado no site da Bloomberg, informa que o galês CW Nicol cuida de uma reserva de 47 mil quilômetros quadrados na Prefeitura de Nagano.

CW Nicol, galês de 77, encantado pelo Japão cuida de uma floresta na Prefeitura de Nagano

Os japoneses que deveriam cuidar bem das florestas acabam abandonando alguns, pois os jovens herdeiros foram morar nas grandes cidades e seus antepassados já faleceram. A legislação japonesa é muito rigorosa e das reservas florestais nada pode ser retirada, havendo impostos como contribuições de melhoria quando uma estrada passa pelos seus limites, teoricamente valorizando a área. Minha família tinha uma antiga área que durante a ocupação americana foi utilizada para reforma agrária por McArthur, beneficiando os que os cultivavam, restando a reserva florestal para a família que somente exigia recursos do tipo mencionado, sem que nenhum benefício pudesse ser proporcionado por ela.

Evidentemente, mesmo uma reserva florestal não se mantém sem um mínimo de cuidado. A área comprada por Nicol é de 47 mil hectares, a três horas de trem de Tóquio, chamando-se Afan Woodland Trust, com 148 tipos de árvores (nas zonas temperadas costumam contar com muitas do mesmo tipo), 137 variedades de cogumelos selvagens, bem como 60 espécies de animais selvagens.

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Nicol recebendo o Casal Imperial na floresta que preserva no Japão

Nicol sempre foi fascinado pelo Japão desde que aprendeu artes marciais para se defender. Ele começou a estudar o idioma japonês nos anos 1960, havendo períodos em que explorou o Ártico e a África. Em 1975 escreveu livro “Moving Zen” e foi responsável por trazer o caratê para o Ocidente.

A floresta exige um mínimo de trato como a limpeza dos galhos caídos e manter os córregos com águas correntes para a irrigação. Os idosos se preocupam com a preservação do meio ambiente, mas os jovens, se deslocando para as grandes cidades, abandonaram as florestas e as tornaram completamente selvagens, sem que os humanos as percorressem. Muitas florestas estão negligenciadas.

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Floresta abandonada no Japão

John Harris, um canadense que passou os últimos 32 anos no Japão, convenceu Nicol para que se tornasse o guru das florestas japonesas. Trabalho duro, muitas vezes com o uso dos cavalos, sem os equipamentos que não têm condições de adentrar pela floresta. Ele está usando a abordagem de baixo impacto que é empregado na silvicultura no País de Gales. Está convencido que se os japoneses voltarem a se preocupar com as florestas, estará feliz, pois está convicto que vale a pena proteger.

Se isto ocorre no Japão, num país como o Brasil ainda há uma preocupação que as matas não sejam devastadas, mas não se dá condições para a preservação do meio ambiente.



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