Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Fatores Externos Afetam a Economia Brasileira

25 de abril de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Como economistas competentes, como José Roberto Mendonça de Barros, entendem que a economia brasileira se tornou normal, a sua dependência do que acontece no mundo pode gerar benefícios e dificuldades que, na média, agravem a situação brasileira ainda neste ano.

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Cotação do petróleo Brent, constante da matéria do Valor Econômico que vale a pena ser lido na íntegra

O preço do petróleo no mercado mundial cresceu cerca de 42% nos últimos 12 meses e nos meses deste ano, de um mínimo em torno de US$ 63 por barril, já atingiu mais de US$ 73, podendo chegar até US$ 80, segundo especialistas, como é visível no gráfico apresentado num artigo do Valor Econômico. Como a Petrobras acompanha para a produção interna, com estes preços internacionais será inevitável que os combustíveis continuem a ter ajustamentos expressivos, afetando a inflação brasileira.

A cotação do dólar norte-americano também continua se elevando em relação ao real, tendendo a acompanhar os juros nos Estados Unidos, que dependem também dos rendimentos médios dos títulos da divida, como se verifica nos gráficos publicados na Folha de S.Paulo, na matéria relacionada com o câmbio e os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos, que vale a pena serem lido na íntegra.

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Gráficos constante da matéria da Folha de S.Paulo sobre o câmbio

Certamente, o petróleo e os combustíveis tendem a ter um impacto direto e imediato sobre a inflação no Brasil, mas também muitos dos preços de produtos exportados pelo país acompanham suas cotações em dólares no mercado mundial, como no caso da soja e do milho, bem como a maioria dos produtos exportados consumidos no mercado interno como os frangos e suínos, considerados quase como commodities. A elevação da inflação brasileira será inevitável.

Mas, com a desvalorização do câmbio, muitas exportações brasileiras poderão ser beneficiadas, o que costuma demorar um pouco mais de tempo, pois as empresas não só precisam providenciar os aumentos das suas produções como negociações com os importadores no exterior terão que ser concluídas. O que se pode esperar é que nos próximos anos estes benefícios ajudem a aumentar o emprego no Brasil, como aumentar os salários que serão pagos.

Não existem ainda estimativas seguras de todos estes impactos, mas os efeitos inflacionários são mais rápidos e seguros como no caso dos combustíveis e os benefícios para o aumento das exportações mais demorados. Também há que se considerar que os juros que vinham caindo no Brasil tenderão a subir, acompanhando os problemas dos fluxos financeiros internacionais que estão procurando se beneficiar dos juros pagos pelos títulos públicos norte-americanos, o que não beneficia a economia brasileira, infelizmente.



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