Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Japão e EUA na OMC Para Combater o Protecionismo Digital

12 de abril de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Todos sabem que a China foi considerada uma economia de mercado para ingressar como membro na OMC – Organização Mundial de Comércio. Mas continua copiando tecnologias desenvolvidas em outros países, que são obrigados a detalhar as mesmas que acabam sendo utilizadas pelos chineses em produções que deveriam ser consideradas ilegais, principalmente com suas estatais.

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Avião chinês de média distância copiada da Embraer

Como muitos países desejam aproveitar a demanda chinesa de produtos de alta tecnologia, inclusive com produção naquele país, as suas empresas são obrigada a descrever em detalhes as tecnologias utilizadas. Elas acabam sendo copiadas pelas empresas chinesas que passam a produzir produtos concorrentes, como aconteceu com a Embraer, que encerrou as produções naquele país, diante dos produtos idênticos das empresas chinesas. Para evitar problemas desta natureza, 80 países membros da OMC – Organização Mundial de Comércio pretendem realizar uma reunião para discutir um fluxo de dados fronteiriços mais livres, visando combater o protecionismo digital na China e em outros países.

Um artigo publicado por Yuta Koga no site do Nikkei Asian Review informa que estes entendimentos incluem o Japão, os Estados Unidos, a União Europeia e inclusive a China. O mesmo também está sendo proposto na TransPacific Partnership, o que parece contar com o apoio dos Estados Unidos, ainda que seja um assunto de extrema complexidade.

A transferência forçada de novas tecnologias que beneficiam principalmente a China preocupa a maioria dos países do mundo. O Japão e os Estados Unidos forçarão a China a permitir o uso de suas tecnologias fora daquele país, notadamente os produtos de comércio eletrônico, que envolvem o uso do GPS ou sistemas de telecomunicações.

Também pretendem que a China deixe de exigir que as empresas estrangeiras entreguem o código-fonte que controlam estas tecnologias. Também procuram a eliminação de tarifas sobre conteúdo digital, como músicas e vídeos, além de promover o uso de assinaturas digitais. Estas novas tecnologias são complexas de serem controladas, o que a OMC não vem conseguindo com as medidas que são lentas.

No fundo, tudo isto faz parte da disputa internacional para as vanguardas dos desenvolvimentos tecnológicos nas próximas décadas, quando a China pretende passar a atual liderança que ainda se mantém nas mãos dos Estados Unidos.



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