Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Pesca Natural no Japão Foi a Mais Baixa de Todos os Tempos

29 de abril de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

clip_image002Os japoneses são famosos por consumir muitos peixes e frutos do mar, mas as reduções contínuas das produções preocupam as autoridades exigindo novas estratégicas para a superação do problema.

Gráfico publicado no The Asahi Shimbun

2017 foi o quarto ano consecutivo que se registrou a queda da produção de peixes e frutos do mar, chegando ao nível mais baixo desde quando a coleta dos dados começou em 1956, o que preocupa o Ministério de Agricultura e Pesca do Japão. A baixa recorde chegou a 4.304 milhões de toneladas, com redução de 1,3% com relação ao ano anterior.

O recorde de baixa foi provocado pela redução da produção de lula, que chamam de “surumeika” e do “sanma”, uma espécie parecida com a sardinha, muito apreciada pelos japoneses, que ficaram bem abaixo das produções que começaram a ser registradas em 1956. Estão sendo apontadas as influências ambientais, com as mudanças das temperaturas das águas marinhas e o aumento das capturas nos países vizinhos, pois são considerados os dados nas águas marítimas do Japão, nas 200 milhas marítimas. Também são apontados os baixos preços dos peixes.

Até agora, os recursos pesqueiros foram controlados pelas limitações do tamanho dos peixes e o número de embarcações de pesca. Pensa-se controlar o volume de pescado, estabelecendo metas sobre as diversas espécies para preservar o estoque dos peixes, conforme é adotado nos Estados Unidos e na Europa. As grandes empresas adquirem mais facilmente direitos de pesca do atum e pargo e outras espécies mais apreciadas.

Enquanto a produção pesqueira de peixes oceânicos caiu para 985 mil toneladas, uma queda anual de 4,6%, a pesca de água doce e da aquicultura caíram em 1,7%. As lulas caíram em 13%, atingindo a baixa recorde de 27% no Pacífico, e o salmão em 29%. As produções de cavalas e sardinhas registraram aumento de 2% e 34%, ao longo do ano, que são peixes mais baratos.

Segundo a FAO, mesmo a produção aquícola (criados) global subiu em 200 milhões de toneladas, mas no Japão o pico foi em 1984, de onde vem se reduzindo. Espera-se que no Brasil, com a abundância de rações que representam cerca de 70% do custo de produção, ela venha aumentando, ainda que não se disponha de estatísticas confiáveis.



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