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Alguns Hábitos Saudáveis do Japão

27 de agosto de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

Casey Baseel, que escreve regularmente sobre hábitos existentes no Japão, publica um artigo no Japan Today informando que gorjetas como dos restaurantes podem chegar a ser ofensas, pois serviços corteses estão incluídos nos preços, sendo desnecessários complementos adicionais.

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Nota de um restaurante japonês que avisa que serviços não necessitam de gorjetas

No Japão, existe uma cultura que os serviços para os clientes de um restaurante, por exemplo, exigem as melhores atenções dos empregados, não se exigindo que haja gorjetas adicionais, pois as suas remunerações adequadas já foram consideradas nos preços. O mesmo acontece nos hotéis, mas os contatos com clientes estrangeiros fazem que alguns até aceitem gratificações quando levam as malas e explicam sobre os serviços que existem no estabelecimento, como é costume no exterior.

Mas quando os clientes aparentam ser japoneses, muitos atendentes fazem questão de não correr o risco de ser apontados aos seus superiores sobre o possível recebimento destas gratuidades.

Estas cortesias, para alguns, aparentam ser exageradas, como no adequado embrulho das compras nas lojas de departamento. Alguns brasileiros que estão acostumados a fazerem compras rápidas no exterior imaginam que elas podem ser colocadas simplesmente numa sacola, não exigindo demoradas e cuidadosas embalagens com papéis adequados, que chegam a custar, em material e serviços, mais do que produto adquirido.

O mesmo acontece com outros serviços pessoais, como barbeiros, manicures ou massageadores que, principalmente para os brasileiros, são considerados serviços que exigem atenções empenhos diferenciados e pessoais. É evidente que não são critérios rígidos, mas, no geral, são considerados cuidados que são normais e já estejam incluídos nos salários normais.


2 Comentários para “Alguns Hábitos Saudáveis do Japão”

  1. Alyson R. Jr.
    1  escreveu às 18:49 em 27 de agosto de 2018:

    Prof. Paulo, no Brasil é comum que balconistas de vários tipos de prestação de serviços tenham uma “caixinha de natal”, no final de cada ano.

    Também os funcionários de portaria esperam alguma coisa no Natal. Eu sempre agradeço uma boa prestação de serviços, mas a “caixinha de natal” vai depender muito da frequência no estabelecimento e da afinidade com o profissional.

    O que o Sr. pensa sobre isso? Expectativa abusiva do funcionário ou algo normal e benéfico? Grato!

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 20:14 em 27 de agosto de 2018:

    Caro Alyson R. Jr.,

    Cada povo tem sua cultura. No condomínio onde moro já existe um hábito que todas estas complementações estejam previstas no orçamento, de forma que se constitua uma reserva para estas despesas, como se fizesse parte dos salários. A boa prestação de serviços deve se tornar, na minha modesta opinião, uma parte da cultura, não dependendo de uma “caixinha” a qualquer título. Quando rotineira a prestação de serviços, não acho que o funcionário deixará de ser eficiente por que não recebeu uma gratificação.

    Paulo Yokota


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