Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Produção de Carne Orgânica de Forma Sustentável

22 de agosto de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , ,

clip_image002Aumentam lentamente no Brasil as preocupações com a saúde humana e o consumo de carne orgânica, ao mesmo tempo em que se divulgam os efeitos devastadores da pecuária sobre as florestas que são transformadas em pastos. Um artigo de Gustavo Leitão, publicado no artigo no site de O Globo, é um exemplo.

Pecuária orgânica com gado mais livre, evitando rações que dependam de insumos químicos que podem ser rastreados nas carnes colocadas no mercado

O artigo menciona que existem acordos efetuados da Korin com alguns pecuaristas visando a produção de carnes que podem ser aceitas como orgânicas e cujo acompanhamento é feito com cuidado para que possam ser consideradas aceitáveis por organizações exigentes como a Greenpeace e a WWF – World Wildlife Fund. A preocupação com a pecuária orgânica estende-se até ao desmatamento para a ampliação dos pastos, notadamente na Amazônia e no Pantanal Matogrossense.

A Korin é mais conhecida pelo controle dos frangos, mas está se estendendo para a carne bovina que possa ser considerada orgânica.

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Já existem consumidores no Brasil que se preocupam com a carne que possa ser considerada orgânica, cuja certificação deve ser acompanhada deste a criação do gado

A preocupação que começou com hortaliças estendeu-se para a carne de frango e chegou até a carne bovina. Todos sabem que o acompanhamento de todo o processo é difícil de ser feito, para que organismos responsáveis possam colocar o prestígio do seu nome nos produtos distribuídos no mercado, inclusive internacional. O rastreamento da carne é fácil de ser feito, mas acompanhar todo o processo produtivo que começa no pasto é de grande complexidade e somente organismos que já contam com tradição em outros produtos podem correr o risco de colocar o seu nome nestes produtos como a carne bovina. Estes produtos acabam ficando cerca de 10% mais caros do que os comuns, mas certamente ajudam na saúde humana.

A internacional Slow Food informa que não promove o vegetarianismo, mas conta com meios para constatar na carne se todas as rações consumidas pelo gado também respeitam as exigências dos consumidores de produtos orgânicos. Hoje, já existe no Pantanal um trabalho da ABPO – Associação Brasileira de Produtos Orgânicos, para reproduzir o que já é feito na França e na Itália. Existem preocupações para que o gado não sofra nas criações como nos abates, com excessos de restrições como de crueldade.

O artigo no O Globo informa que Chedo Gonzales, da Comedoria no Mercado de Pinheiros, se preocupa com a carne servida no seu estabelecimento.

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A Comedoria Gonzales serve uma vez por semana carnes de diversos tipos que procuram obedecer aos cuidados com os animais

Isto significa que também culinária simples, acessíveis nos preços aos consumidores modestos, pode atender as exigências dos consumidores de produtos orgânicos, ajudando no aperfeiçoamento das produções e contribuindo para reduzir os riscos na saúde humana. Espera-se que estes tipos de movimentos continuem a se ampliar no Brasil, como já está acontecendo nos Estados Unidos, no Japão e na Europa.



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