Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Necessidade do Controle do Mar Internacional

5 de novembro de 2018
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , ,

Está se constatando que a proteção somente das 200 milhas náuticas dos diversos países é insuficiente para a adequada proteção dos mares, pois os peixes e outros animais que vivem circulando pelo mundo não conhecem estas limitações estabelecidas pelos seres humanos e estão correndo o risco de extinções.

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Mapa constante do artigo publicado por João Lara Mesquita no Estadão, onde o azul mais forte está nos limites das 200 milhas náuticas, mas o azul mais claro está fora. Alguns peixes e os animais marinhos circulam pelo mundo e estão correndo riscos de extinção com as pescas predatórias

Teoricamente, os mares até o limite de 200 milhas náuticas dos territórios dos diversos países pertencem a eles e estão sujeitos às suas regulamentações. Mas somente países avançados contam com possibilidades concretas do seu controle e os menos favorecidos ficam sem condições materiais para a sua efetiva defesa. De outro lado, peixes e outros animais marinhos que circulam pelo mundo não conhecem estas convenções humanas e muitos estão sujeitos à extinção por causa das pescas predatórias que utilizam grandes redes e embarcações preparadas para a sua captura, onde quer que seja.

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Muitas embarcações contam com meios para a pesca predatória em alto mar, deixando muitos peixes em situação de risco de extinção. Foto constante do artigo publicado no site do Estadão, que vale a pena ser lido na íntegra

Com a disseminação que os peixes são adequados para a saúde humana, a pesca vem se elevando no mundo todo, sem que sejam evitadas durante os períodos de suas gestações, não havendo um controle adequado mesmo nas águas territoriais de muitos países. Observa-se que frutos do mar e as lagostas estão cada vez menores no Brasil, pois nem sempre as regulamentações existentes são observadas com rigor.

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Pesca em alto-mar com equipamentos avançados, como redes que não respeitam os tamanhos dos peixes. Foto constante do artigo publicado no site do Estadão, que vale uma leitura mais demorada

Os peixes, como os diversos tipos de atum, passaram a contar com um consumo elevado no mundo, quando populações como as chinesas não os consumiam na forma de sushis ou sashimis, ou seja, crus, passaram a comê-los. No entanto, com a disseminação mundial destes hábitos, os atuns que circulam por todo o mundo estão sendo pescados no Atlântico para alimentarem asiáticos, correndo o risco de extinção, mesmo que já existam fazendas que os criam em muitos países.

Também existem grandes discussões como o da pesca da baleia ou dos filhotes de enguias que estão comprometendo e gerando possibilidades de sua extinção, mesmo com regulamentações existentes. Há que se contar com regulamentações internacionais mais rígidas que atinjam todos os mares no mundo, independentemente de estarem em águas territoriais de alguns países. Os países tecnologicamente mais dotados acabam prejudicando países menos avançados.

Os dados da FAO – Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura informam que já existem 7% de produtos marinhos esgotados e outros 17% com sobre-explorações, com os restantes totalmente explorados, moderadamente explorados ou ainda subexplorados, e somente 1% em recuperação do esgotamento. Os dados constam do artigo de João Lara Mesquita.



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