Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Dieta Mundial Recomendada Para 2050

23 de janeiro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , ,

Está sendo divulgado por Jonathan Walter no Japan Today um artigo distribuido pela agência noticiosa AFP, com base nos estudos efetuados por uma equipe médica do LANCET, considerando a saúde humana e o meio ambiente, estimulando que 10 bilhões de habitantes do mundo mude seus hábitos alimentares. Controlaria as mudanças climáticas e evitaria milhões de morte prematura a cada ano.

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A dieta recomendada para o ano 2050 por uma equipe de médicos da revista científica Lancet divulgada pela agência AFP

Esta equipe de médicos recomendaria um café da manhã com mingau, arroz no almoço e um jantar com base em lentilhas e legumes, um único hambúrguer em poucas semanas. Praticamente a carne vermelha estaria excluída, pelos danos ao meio ambiente provocado pela pecuária. Evidentemente, o que está sendo recomendado é do ponto de vista da necessidade da saúde humana, dos três bilhões de humanos que estão acima ou abaixo das conveniências médicas, além do controle climático. Mas a alimentação também tem outras finalidades, como proporcionar satisfação aos desejos dos seres humanos.

A pecuária no mundo, segundo o estudo, é catastrófica para o meio ambiente, produzindo até 18% dos gases de efeito estufa e contribuindo para o desmatamento e escassez de água. No regime recomendado, os adultos deveriam ser limitados a 14 gramas de carne vermelha por dia, não mais do que 30 calorias. As aves não seriam mais de 29 gramas, 13 gramas de ovos, ou apenas 1,5 por semana.

A equipe recomenda mais frutas, verduras e legumes, como grão de bico e lentilhas, aumentando o consumo nas nações mais pobres, onde 800 milhões recebem calorias insuficientes. Mais alimentos integrais, como arroz e cevada, ricos em amidos, baratas como a batata e a mandioca, limitada a 50 gramas por dia. Os especialistas insistem que reduzir a carne vermelha é crucial.

Também se discute a redução dos cereais convencionais, com a transição para nozes, frutas, legumes e feijão, como fonte principal para a nutrição. As gorduras saturadas seriam reduzidas por serem insalubres, sendo que as saudáveis seriam nozes e sementes. O amendoim poderia chegar a 75 gramas por dia, complementada por outras gorduras insaturadas como dos peixes.

A nova dieta poderia prevenir até 11,6 milhões de mortes prematuras por ano, de acordo com estes estudiosos. No caso brasileiro, ainda que a pecuária seja prejudicada, outros setores poderiam oferecer produtos convenientes para a população mundial.



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