Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Com os Problemas Atuais Pensamos no Futuro Longínquo

11 de abril de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Tecnologia | Tags: , ,

O último número do The Economist trata do que chama de biologia sintética, que abre novos horizontes promissores em avanços significativos do conhecimento humano sobre diversos aspectos da vida. Num longo artigo, refere-se ao evento chamado i GEM, onde se reúnem interessados de todo o mundo, com inovações importantes da biologia sintética, que pode proporcionar novas oportunidades de ampliação dos conhecimentos, inclusive com fortes consequências econômicas.

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Ilustração constante no artigo do The Economist, que vale a pena ser lido na íntegra

A longa matéria publicada na revista The Economist afirma que um mundo novo está se abrindo com a chamada biologia sintética e no evento chamado i GEM foram apresentados aos juízes e cientistas participantes uma gama notável de projetos, como dando às bactérias um sentido humano do olfato e fungos para estabelecer uma base de vida em Marte. Ganharam prêmios projetos como os de estudantes chineses por sintetizar o ingrediente ativo do catnip em leveduras e bactérias, cercando gatos vadios. Também estudantes pós-graduados da Universidade de Marburg por novas ferramentas genéticas que farão com que uma bactéria de crescimento muito rápido, chamado Vibrio natriegens, seja mais fácil de ser usada por outros engenheiros e cientistas.

Na década de 1950, os gens foram descritos em longas moléculas de DNA. Na de 1970, conseguiu-se a colagem dos mesmos, tornando-se a base da biotecnologia. E assim continua até hoje, num ritmo cada vez mais veloz nos conhecimentos da biologia, ajudando a criar novos medicamentos.

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Gráfico constante do artigo no The Economist mostrando a recente evolução dos projetos de biologia sintética nos Estados Unidos

Afirma o artigo que uma verdadeira revolução está ocorrendo nesta área da biologia sintética, podendo se afirmar que um novo mundo está se abrindo, reprogramando a vida como a que conhecemos. Uma revolução industrial está se programando, formando-se um novo mercado no setor da biotecnologia.

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Gráfico constante do artigo no The Economist, mostrando os retornos dos investimentos efetuados na biotecnologia nos Estados Unidos nos setores da indústria, dos medicamentos e na agricultura

Estima-se que no mundo se usa talvez cinco milhões de proteínas e criam-se novos da madeira e folha, carne e osso. Carnes sintéticas estão sendo criadas, imitando o seu sabor, como em todos os setores do que se chama biocomestíveis. Inovações notáveis ocorrem na área do combate ao câncer. Novas moléculas desenvolvidas são voltadas para alimento, tecido, medicação, recreação, aplicados em madeira e coral, em transporte. Os novos conhecimentos estão armazenados em gigantescos computadores e podem ser usados de formas combinadas.

Tudo isto está exigindo uma nova moral, pois estes conhecimentos podem ser utilizados para o bem ou para o mal. As comunicações dos novos conhecimentos para o grande público apresentam desafios. A natureza deve ser usada em benefício dos novos tipos de vida e está sendo reprogramada e pode ser menor, comercial e desacreditada. Como é possível ser enriquecida com uma nova compreensão, com valorização do espaço, como uma nova música ou um perfume, como se uma flor estivesse se abrindo pela primeira vez. São novos desafios que estão sendo apresentados para a humanidade.



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