Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Produção e Consumo Inteligente de Vegetais na China

15 de abril de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , ,

clip_image002Um artigo publicado no China Daily informa sobre a produção de vegetais em vinil house, sem o uso de defensivos, que permite aos consumidores produtos saudáveis, entre eles muitos vegetais.

Foto constante do artigo no China Daily.

Estes vegetais são produzidos em vinil house de 10 mil metros quadrados com cobertura transparente que resiste à forte luz ultravioleta e pode ser lavada pela chuva, sem o uso de pesticidas, sem o uso do solo. Suas temperaturas são controladas, havendo oito tipos de vegetais, incluindo alface e espinafre. As suas sementes são isoladas em caixas seladas por cerca de uma semana.

Após a maturação das sementes, elas são plantadas nos canteiros onde as suas raízes são embebidas em soluções nutritivas recicladas. Por exemplo, o espinafre tem um ciclo de crescimento de 19 dias, permitindo 19 colheitas por ano. Estas fábricas inteligentes foram instaladas em Shenzhen, Sozhou, Quanahou, Dalian e Changehun, e estas tecnologias estão ultrapassando os Estados Unidos e, mais acentuadamente, o Brasil. Além de abastecerem as prateleiras dos supermercados, também estão sendo vendidas por e-mail.

A cozinha central de Beijing recebe mais de dois mil pedidos por dia, que devem chegar três horas antes dos veículos efetuarem suas entregas. O consumo de energia na linha de montagem é controlado por sensores para melhorar a eficiência de sua produção.

A Yonyou Network Technolgy está empenhada em fornecer os serviços de software para restaurantes para conectá-los com os pontos de venda destes produtos. Eles construíram uma plataforma inteligente para atender a toda cadeia envolvida. A logística utilizada visa otimizar o sistema completo.

Estas tecnologias estão ajudando os restaurantes a conhecerem as preferências dos clientes, inclusive sobre sabores, utilizando a Inteligência Artificial. Também o uso de robôs está sendo estimulado. Os produtos são controlados nas suas validades, considerando os feriados e as condições climáticas.

Um restaurante de comida de alimentos quentes em Beijing tem 18 braços de máquinas automáticas que trabalham constantemente numa sala inteligente, separando pratos que ficam entre 0ºC e 4ºC, sendo capazes de processar oito mil pratos por dia. Depois de 10 minutos dos clientes efetuaram seus pedidos, seis robôs despacham os pratos de carnes e legumes, com seus nomes etiquetados.

Se os clientes não dispõem de tempo para frequentar os restaurantes na China, em 2018, US$ 35,8 bilhões de alimentos prontos foram entregues para a eles. A Meituan recebe 19,4 milhões de pedidos de compra por dia e 531 mil motoristas transportam as encomendas para os clientes. Estas cifras estão crescendo cerca de 9,5% por ano.

São dados assustadores para o resto do mundo, mostrando que a escala é algo impressionante, permitindo soluções pouco imagináveis.



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