Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Cerâmica Japonesa da Mais Alta Qualidade

7 de setembro de 2019
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Sabe-se que a cerâmica japonesa de alta temperatura foi levada da China para o Japão com participação dos coreanos, principalmente no sul do Japão, na região de Fukuoka. Lá, tivemos oportunidade de conhecer muitos ateliês com fornos chamados “noborigama” a convite do JICA – Japan Internacional Cooperation Agency. De lá, a sua produção se espalhou por muitas clip_image002regiões do Japão, que apresenta características próprias e nomes diferenciados que a distingue. Uma interessante matéria de Wakako Takeuchi sobre a produção de Mashiko foi publicado no Yomiuri Shimbun. 

Pavilhão reconstruído em Mashiko, onde estão expostos objetos de arte da região, inclusive cerâmicas de Shoji Yamada. Foto constante do artigo publicado no Yomiuri Shimbun

Os artistas japoneses que utilizam as técnicas tradicionais nos seus trabalhos podem ser contemplados pelo imperador do Japão como Tesouros Nacionais Vivos e suas obras acabam sendo adquiridas pelo governo para serem expostos nos museus. Foi o caso de Shoji Yamada que acabou contribuindo para a divulgação da cerâmica japonesa no Ocidente, inclusive Estados Unidos e até no Brasil, por intermédio de uma sua discípula que era do Reino Unido.

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            Foto de algumas cerâmicas de Shoji Yamada publicadas no artigo do Yomiuri Shimbun

Hoje, este museu está sendo administrado por seu neto de nome Tomoo Hamada, que procura preservar os trabalhos artesanais que possuem no Japão o mesmo prestígio dos melhores objetos de arte. A população local procura dar destaque às características locais destes trabalhos, que são conhecidos como de Mashiko, pois utilizam os barros e vernizes locais.

Os tipos de fornos chamados “noborigama” foram desenvolvidos pelos japoneses, constituindo de diversas câmaras que aproveitam o calor que vai passando para os localizados acima. Normalmente, os primeiros queimados são chamados “biscoitos”, que depois recebem os vernizes que dão as colorações e decorações que podem exigir mais que uma queima. Costuma haver uma cerimônia religiosa shinto na queima, afirmando-se que os artistas fizeram o melhor do seu trabalho, mas o resultado final vai depender dos deuses que controlam as chamas.



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