Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Agricultura Japonesa Com Crescente Uso de Tecnologias

24 de janeiro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

imageNa EXPO TSUKUBA 85, um único tomateiro produziu mais de 40 toneladas de tomates de boa qualidade. Depois de mais 35 anos, com as irregularidades climáticas que parecem estar aumentando no mundo, os agricultores japoneses usam cada vez mais o chamado “vinil house” para, com condições totalmente controladas, aumentar a sua produção segura, utilizando tecnologias de ponta.

Foto de um tomate produzido num vinil house constante do artigo publicado no Yomiuri Shimbun

Trata-se de uma atividade empresarial na agricultura e o gerente de tecnologia de cultivo do grupo Kagome confere os tomates crescendo dentro do chamado greenhouse, em Fujimi, na Prefeitura de Nagano.

Todos os fatores nestes projetos são controlados por computadores, começando pela umidade e a temperatura, mas também os fertilizantes e as águas. Os dióxidos de carbono necessários para a fotossíntese são fornecidos pelo ar. A produção é colocada nos supermercados, enfatizando que são ricos e elevados em licopeno, que é um antioxidante.

A produção chega a 60 toneladas por 10 acres, sendo 50% acima das convencionais. Os responsáveis pelo projeto estão preocupados com as mudanças climáticas que vêm aumentando os tufões na Ásia.

A Key Coffee está fazendo algo semelhante na Indonésia, tendo selecionado o café arábico em diversas regiões do mundo, naturalmente até o Brasil, onde a sua produção é expressiva. Estão concentrados nos problemas de altas temperaturas e pensando em longo prazo, com metas para 2050.

A Universidade de Tokyo está trabalhando junto com a Nissin Foods analisando as células dos bovinos, criando a “carne cultivada”. Também estão pesquisando a produção de frangos e peixes utilizando tecnologias assemelhadas. Preocupam-se com as possibilidades de contaminações e para as Olimpíadas de Tokyo procuram fornecer produtos que não apresentam qualquer risco.

A FAO das Nações Unidas, além da produção de alimentos em quantidade suficiente para a população mundial, também está preocupada com os efeitos das irregularidades climáticas que podem provocar problemas imprevistos. A EMBRAPA do Brasil, nas suas pesquisas, tem que intensificar os relacionamentos com o setor privado, com as preocupações no mesmo sentido.



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