Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Saída das Tropas Norte-Americanas do Afeganistão

4 de março de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Ainda que não esteja definitivamente acertado com o Talibã, caminha-se pragmaticamente para acabar com esta insanidade que não tem como resultar numa solução militar, como mencionado no editorial do The New York Times, no final do mês de fevereiro. O governo de Donald Trump, aproveitando o momento em que o mundo está focado no problema do coronavírus e às vésperas das eleições nos Estados Unidos, sem nenhum destaque de monta na região a não ser para os especialistas, sem mesmo que o governo local do Afeganistão esteja participando ativamente destas negociações. Já o The Washington Post havia obtido documentos oficiais sobre a evolução do assunto no final do ano passado.

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Mapa do Afeganistão numa escola da Província de Kandahar. Foto de Bryn Demon publicada no editorial do The New York Times, que vale a pena ser lido na íntegra

Muitos sabem que esta insanidade começou com o ataque de 11 de setembro por partidários do Osama bin Laden às torres de Nova York, que provocou da parte do presidente George W. Bush a sua caçada no Paquistão. Ele refugiou-se nas montanhosas regiões do Afeganistão que contavam com presenças da Al Qaeda e do Talibã, onde acabou sendo morto, com apoios locais reduzidos. No entanto, os norte-americanos e seus aliados lá continuaram, sem que houvesse nenhum sentido expressivo para esta presença, ainda que o governo democrático do Afeganistão estivesse sendo beneficiado superficialmente, inclusive envolvendo em algumas operações possíveis irregularidades.

Existem militares norte-americanos que não conseguem articular qual são as atuais missões na região, onde se encontram em frangalhos mesmo que ainda existam os que acreditam que continuam sendo a polícia do mundo. Há um razoável consenso que os custos são exagerados quando se trata de ajudar o Afeganistão em algumas melhorias localizadas, como as educacionais.

Evidentemente, fazer um paralelo com o que ocorreu no Vietnã parece exagero, onde os norte-americanos saíram quase como derrotados, mesmo que expressivas melhorias na região ainda não tenham sido atingidas.



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