Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Remédios e Vacinas Para o Coronavírus

5 de maio de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Saúde | Tags: , , , , | 6 Comentários »

Muitos remédios promissores para o coronavírus estão sendo constatados em diversos países, mas em amostras pequenas, e os cuidados científicos exigem que eles sejam comprovados em amostras nos seres humanos, com todos os cuidados estatísticos. Muitos podem provocar efeitos colaterais que necessitam serem acompanhados em hospitais, pois muitos deles foram usados para outras moléstias. Algo semelhante acontece com os esforços para a produção de vacinas que seriam a solução adequada, segundo os especialistas, mas que exigem tempo para a sua comprovação definitiva, que mereça a aprovação das agências que controlam todos estes medicamentos. No atual desespero da população, potencialmente sujeita a ser afetada por esta moléstia ainda mal conhecida, que nem sempre conta com meios para atendimentos dos potenciais pacientes adequados nos hospitais, insuficientes para todos.

Alguns médicos mais famosos acabaram sendo beneficiados com remédios ainda não totalmente comprovados, mas há que se entender que eles contavam com as possibilidades imagepara acompanharem os possíveis efeitos colaterais em conhecidos hospitais, o que não é usual para a população em geral.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, recomenda cuidados

Poucas vezes foram desenvolvidos tantos esforços para se conseguir remédios e vacinas para o coronavírus, tanto com recursos públicos como privados. A Fundação Bill e Melinda Gates, que conta com uma equipe eficiente nas avaliações destas pesquisas. está contemplando algumas delas consideradas mais promissoras e bem elaboradas, contando com equipes técnicas, inclusive participando dos seus financiamentos. Os primeiros resultados podem ser obtidos ainda neste ano, mas suas comprovações definitivas podem demorar mais algum tempo.

Enquanto não se contam com remédios e vacinas, as autoridades precisam contar com planos realísticos bem elaborados, usando os poucos recursos técnicos disponíveis, como as máscaras, vestimentas dos profissionais de medicina, testes para avaliações rápidas dos contaminados (inclusive assintomáticos), UTIs – Unidades de Terapia Intensiva com pessoal habilitado, além dos respiradores artificiais indispensáveis. Na insuficiência destes meios, procura-se cuidar dos pacientes em suas casas, adotando um isolamento até dos seus familiares mais próximos. Está se constatando que posições dos corpos ajudam na respiração dos pacientes, mesmo sem respiradores e operações complexas de intubação.

Na falta de instalações hospitalares para atender a todos os potenciais afetados, está se adotando uma estratégica para tentar distribuir os pacientes no tempo, para atender ao máximo possível potenciais pacientes.

O governo brasileiro, reconhecendo como em muitos outros países que não podem atender a todos ao mesmo tempo, adotam a estratégia de procurar alongar os atendimentos por um período mais longo, de forma a poder atender, com as mesmas instalações, mais potenciais pacientes. De qualquer jeito, a situação brasileira se apresenta de forma dramática, podendo ser que os pacientes sejam dos mais elevados no mundo, provocando lamentavelmente muitas mortes.

A esperança é que alguns remédios se tornem utilizáveis ainda que não totalmente comprovados, com riscos menores que as recuperações possíveis. As autoridades brasileiras apelam para a população evitar contágios reduzindo suas saídas das suas casas, o que recebe mais apoio do povo nos países asiáticos, que contam com maior disciplina, além de considerar o interesse coletivo acima dos individuais.

A situação brasileira fica mais complicada pelo acúmulo de outros problemas políticos, econômicos e sociais, que agravam a eficiência das medidas de saúde. Em alguns países que também apresentam problemas semelhantes, a consciência da gravidade do problema do colonavírus vem provocando até unidades que eram pouco imagináveis, como em Israel. A gravidade do problema atual pode também provocar algo semelhante no Brasil, ainda que isto seja muito difícil, mas nunca impossível.


6 Comentários para “Remédios e Vacinas Para o Coronavírus”

  1. Gustavo Cardoso Moreira
    1  escreveu às 22:26 em 5 de maio de 2020:

    Decerto, a vacina para a COVID-19 virá antes do final do presente ano. Brasil, EUA, Alemanha, Israel, China, Japão, Reino Unido etc. estão desenvolvendo vacinas.

    No nosso país, a USP e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) têm capacidade para criar a vacina para o coronavírus.

  2. Paulo Yokota
    2  escreveu às 07:57 em 6 de maio de 2020:

    Caro Gustavo Cardoso Moreira,

    Também muitos estão com estas esperanças, mesmo que não sejam definitivos. Tudo indica que o virus apresenta muitas variedades e vão evoluindo rapidamente. Mas, muitas vacinas devem ajudar a minorar as dificuldades presentes.

    Paulo Yokota

  3. José Carlos Mota da Silva
    3  escreveu às 18:37 em 6 de maio de 2020:

    Doutor Paulo Yokota:

    Muitas pessoas perdem tempo acompanhando “youtubers” fúteis e inúteis, ao invés de ler este espetacular blog Ásia Comentada. Sensacionais os seus artigos!

  4. Paulo Yokota
    4  escreveu às 08:55 em 7 de maio de 2020:

    Caro José Carlos Mota da Silva,

    Muitíssimo obrigado pelo seu comentário. O mundo todo está muito difícil, e procuramos notícias confiáveis e científicos, pois o momento não é para improvisações baseados em desejos e meras esperanças para o futuro. Tudo vai exigir muito trabalho e um tempo mínimo para comprovações científicas.

    Paulo Yokota

  5. Salcy K. Talamini
    5  escreveu às 10:59 em 7 de maio de 2020:

    Bom dia! Concordo em gênero, número e grau com o leitor José Carlos Mota da Silva. O Ásia Comentada é muito, muito bom!

  6. Paulo Yokota
    6  escreveu às 13:54 em 7 de maio de 2020:

    Cara Salcy K. Talamini,

    Muitíssimo obrigado pelo comentário. Vamos continuar nos esforçando para atender suas expectativas.

    Paulo Yokota


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