Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Jeitinho Brasileiro

12 de junho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , ,

O artigo de Marcos Aurélio Carvalho, ele que foi uma peça-chave na eleição de Jair Bolsonaro em 2018, que deveria ser considerado bombástico, foi publicado recentemente no O Globo, muito tempo depois que ele se desentendeu com o vereador Carlos Bolsonaro. Mas passou praticamente ignorado, porque escrito de forma extremamente técnica como usual na atual internet. E ninguém parece interessado em questionar o resultado daquela eleição, salvo por uclip_image002 m acidente, mesmo que o atual governo seja considerado por muitos como uma verdadeira calamidade. O artigo tem o sugestivo título: “O Partido dos Robôs sem voto”.

Foto publicada no O Globo quando ele foi eleito em 2018. O artigo publicado em 8/6/2020 no site de O Globo vale a pena ser lido na sua íntegra

Segundo Marcos Aurélio Carvalho, a democracia moderna foi atravessada por um desafio inimaginável até pouco tempo: a ocupação da pólis por seres irreais. Resumidamente, muitos assuntos políticos são veiculados pelas redes sociais de forma hábil, mesmo que nem todos não sejam verdadeiros, com muitos fake news. Porém, eles acabam ganhando importância real na medida em que muitos eleitores são induzidos nas suas decisões pela grande quantidade deles, até de posições contrárias, mesmo que gerados originalmente por tipos de robôs. Acaba-se dando uma ideia de algo consistente, ainda que seja frágil, sem uma consistência política mais elaborada. É evidente que toda esta movimentação tenha um custo elevado e foi pago de alguma forma, na maioria dos casos com mecanismos pouco claros, não previstos nas legislações eleitorais.

Discute-se sobre possíveis regulamentações sobre estas redes sociais, mas são muitas as dificuldades a serem superadas para não se comprometer as liberdades de expressão e das opiniões. O autor entende que suas intensas discussões acabarão por separar o joio do trigo, mas esta é uma esperança, notadamente num país onde muitos assuntos vitais ainda estão nos seus estágios iniciais de compreensão, quase emocionais. E quando a velocidade dos acontecimentos está atropelando outros assuntos também relevantes para o Brasil, como de saúde e das desigualdades econômicas e sociais.

Assim, parece que tudo se acaba acomodando, com um jeitinho brasileiro, sem que haja um mínimo de racionalidade, pensando no interesse nacional.



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