Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aproveitamento dos Investimentos Indispensáveis

28 de julho de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: , ,

Quando o mundo está sendo fortemente afetado pelo coronavirus com uma intensidade e velocidade que não estava prevista por ninguém, as economias que vinham crescendo com a globalização sofreram desgastes apreciáveis, ao mesmo tempo em que as disparidades de situações entre os privilegiados e os desprotegidos aumentaram sensivelmente. Muitos governos procuram ativar suas economias privilegiando investimentos considerados estratégicos, mas alguns bons profissionais estão preparados para executá-los com projetos bem elaborados enquanto outros só contam com discursos do que pretendem fazer nas próximas décadas.

O governo brasileiro elegeu o setor sanitário, reconhecendo que cerca de metade de sua população não dispõe de água tratada ou esgoto processado, principalmente os menos privilegiados, não estando em condições de lavar as mãos e outras medidas que reduziriam sua vulnerabilidade diante da atual pandemia. O que se questiona é se há projetos bem clip_image002elaborados e pessoais técnicos para executar as obras de forma eficiente, evitando as corrupções que continuam ocorrendo mesmo em setores cruciais, como o de saúde do Brasil, infelizmente.

Triste realidade brasileira, que o governo pretende resolver nas próximas décadas

Outros países, como o Japão, que já superaram estas limitações mais gritantes, estão se empenhando para executar projetos mais fáceis de serem implementados. O jovem e dinâmico deputado Shinjiro Koizumi, cujo pai já foi primeiro-ministro, está propondo que as usinas de energia elétrica que ainda utilizam carvão mineral sejam abandonadas para reduzir a poluição. Realmente, não se compreende que alguns países avançados ainda continuem usando o carvão mineral, quando existem possibilidades de energia limpa como a solar e a eólica, que já contam com custos competitivos.

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Projetos eficientes de energia solar no mundo desenvolvido

A exequibilidade deste tipo de mudança é bastante realística no mundo atual, dispondo-se de recursos humanos para executá-los, bem como contar com equipamentos para geração de energia não poluente, estimulando a economia japonesa, como já vem ocorrendo em muitos países avançados. As placas utilizadas para tanto são hoje mais leves, bem como baterias para seus armazenamentos eficientes quando não estão sendo utilizados.

Estas inovações não são privilégios de países desenvolvidos. O Brasil, por exemplo, conta em grande parte do seu território de insolações vantajosas a maior parte do ano. Nos projetos eólicos, conta-se com ventos favoráveis de dia como à noite, no sentido do mar ou da terra, principalmente no Nordeste, dadas as diferenças de temperatura. De forma lamentável, os equipamentos continuam sendo importados da Ásia, quando, com a dimensão do programa, poderia ser produzidos no Brasil de forma competitiva com financiamentos como o do BNDES, que aguarda bons projetos para seus recursos abundantes.

Há que se reconhecer que o Brasil não conta com condições para manter os benefícios emergenciais para todos os seus recursos humanos ao longo do tempo. Há que se selecionarem os projetos que proporcionem retornos, ao mesmo tempo em que crie empregos para muitos que estão capacitados a executarem tarefas que não exijam formações demoradas com conhecimentos avançados.



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