Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Cientista Brasileira na Internet Quântica

3 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Quando vi no artigo de Clarice Cudischevitch, que escreve para a coluna Ciência Fundamental da Folha de S.Paulo, o nome Samurai Brito, logo pensei que haveria algo relacionado com os japoneses, mas não sabia que era também um nome indígena que significa “fruta doce”. O seu avô era descente de indígenas e a avó de ciganos e casada ainda quando estudante ficou grávida, o que se repetiu durante seus cursos, mas continuou se empenhando com grande clip_image002afinco nos estudos, chegando a receber uma bolsa da CNPq até completar o seu doutorado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, enfrentando os preconceitos de uma mulher nordestina com filhos.

Samurai Brito, pós-doc do Instituto Internacional de Física, Natal, Brasil

Agora ela está se destacando, pois, como principal autora de um artigo publicado numa revista científica internacional de prestígio, já consta como uma cientista num assunto que ainda existe somente no papel, a internet quântica, que deverá ser um instrumento importante na comunicação mundial, com a segurança necessária. Mas ainda é coisa do futuro, que deverá merecer aperfeiçoamentos ao longo do tempo, como está ocorrendo com a física quântica, pois as quantidades de comunicações rápidas e confidenciais são elevadas em todo o mundo.

O que ela fez foi um primeiro modelo de redes da internet quântica por meio de simulações numéricas, prova que, para criá-la, será preciso uma estrutura diferente da atual. Também examinam o uso de satélites distribuidores de emaranhamento quântico, que deverá ser o assunto a ser tratado no próximo “paper” pelo seu grupo. Pelo pouco que se sabe sobre este campo do conhecimento, os métodos quânticos estão se difundindo em diversos setores, sendo um passo avançado do que se conhece atualmente em física.

Pelo que se constata com o isolamento imposto pelo coronavírus, até as atividades científicas acabarão sendo feita em grande quantidade a distância e mesmo um grupo no Rio Grande do Norte poderá contribuir com os grandes e tradicionais centros de pesquisas avançadas.

Isto mostra que até os brasileiros, cujo governo não vem se empenhando nos investimentos em pesquisas, podem participar ativamente dos esforços que estão sendo feitos internacionalmente



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