Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Competição dos EUA e a China na Inteligência Artificial

7 de agosto de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

Um artigo conjunto de Eric Schmidt e Graham Alisson, que ocupam cargos importantes e são colaboradores do Project Syndicate, expressa suas preocupações que os chineses estão avançando rapidamente enquanto os norte-americanos estão pouco empenhados, imaginando que são insuperáveis nos avanços de conhecimentos tecnológicos, como na Inteligência Artificial. Os problemas gerados recentemente com a coronavírus estão acirrando a competição, com os chineses avançando em setores estratégicos enquanto muitos norte-americanos ainda acreditam que são insuperáveis.

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Eric Schmidt, ex-presidente da Google e da Alphabet

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Graham Allison, professor da John F.Kennedy da Universidade de Harvard

Segundo estes autores, os chineses estão na trajetória de superarem os norte-americanos. Enquanto os norte-americanos atualmente ficam imaginando que são insuperáveis, divulgando chavões, os chineses avançam nos setores estratégicos, conseguindo tecnologia de ponta, como ficou claro na questão do coronavírus, onde os resultados são bastante discrepantes. Para estes autores, é evidente que na China as medidas governamentais podem ser autoritárias, o que não acontece nos Estados Unidos.

Na última década, a dimensão da população da China, coleta de dados e determinação estratégica permitiram reduzir as distâncias com os norte-americanos, tirando partido dos talentos de muitos chineses que são superiores aos dos norte-americanos em quantidade. O seu maior mercado interno e a importância que dão para a segurança, antes da privacidade, deram vantagens aos chineses, o que é importante para o futuro em variados setores. Os autores entendem que os norte-americanos podem ser mais otimistas se acordarem para os desafios existentes.

Se os Estados Unidos se mantiverem abertos para o exterior podem contar com outros países que usam o inglês, como também os chineses precisam contar com colaborações internacionais das empresas, quase todas que utilizam a língua inglesa. Mesmo com a redução da globalização, há que se contar nos produtos com componentes vindos de outros países.

Ainda que o Brasil esteja fora desta competição, algo parecido, em menor quantidade, também deve constar das preocupações e das ações que facilitem o intercâmbio do país com o exterior, notadamente nos avanços da Inteligência Artificial e usos das novas tecnologias.



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