Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Nem Tudo Está Perdido

16 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , ,

Quando se observa que Donald Trump estimula alguns radicais republicanos a colocarem falsas dependências para receberem votos de eleitores para serem enviados pelo correio, lembra o contraste com os velhos peregrinos ingleses que se transferiram para o Novo Mundo. Entre eles, os que ficaram conhecidos como os “pais da Pátria” e elaboraram a base da Constituição dos Estados Unidos. Quando senadores brasileiros que examinam o novo candidato a membro do Supremo Tribunal Federal acham que falsificar o currículo é um mal menor, irrelevante, lembramo-nos da Fernanda Montenegro, com mais de 90 anos, que considera fundamental lutar pela liberdade por toda a sua vida.

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Algumas urnas para votação pelo correio foram falsificadas na Califórnia pelos republicanos

O presidente Donald Trump não condenou republicanos que deixaram algumas urnas para voto pelo correio, mostrando que ele não é um candidato respeitável para a reeleição. De forma lamentável, senadores brasileiros que examinam o novo candidato a membro do Supremo Tribunal Federal não consideram relevantes alguns erros no currículo do desembargador Kassio Nunes, como uma universidade espanhola. Seus trabalhos acadêmicos são cópias adaptadas que não mencionam os autores originais, o que é uma desonestidade não aceita nos meios acadêmicos. Indicam que ele não é adequado para o cargo que pretende, que exige honestidade inquestionável nas questões que possam exigir sua participação.

Mas nem tudo é lamentável como nos casos citados. Existem os que insistem em continuar no esforço de melhorar as sociedades em que vivemos. Um artigo publicado pela antropóloga Mirian Goldenberg na Folha de S.Paulo lembra que muitas mulheres seguem o exemplo dado pela Fernanda Montenegro, que continua insistindo na necessidade da liberdade, pela qual lutou ao longo de sua vida, que já passou dos 90 anos.

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                            Amy Coney Barrett sendo examinada no Senado norte-americano

Mesmo que se possa discordar das posições pessoais Amy Coney Barrett, conservadora indicada para a Suprema Corte dos Estados Unidos, deve-se constatar que ela foi competente para fugir das questões colocadas pelos democratas no seu exame. Informou que no cargo que deve ocupar só julgará com base nas questões concretas, não antecipando teses que possam ser usadas. Alguns alegam que sua posse deveria ser após as próximas eleições, pois tudo indica que Donald Trump tende a levar os resultados do pleito para aquela corte, onde Barrett poderia fazer pender a maioria para o lado dos conservadores.



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