Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

O Bioplástico Brasileiro

5 de outubro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Uma notícia publicada no Yomiuri Shimbun do Japão informa que o governo daquele país cogita dar um subsídio de 30% para a produção de bioplástico, dados os danos que vêm sendo causados pelo plástico em todo o mundo, notadamente naquele país. Todos sabem que os plásticos estão formando ilhas nos oceanos e acabam afetando os peixes e outros animais marinhos que os consomem. O Brasil vem exportando o bioplástico, que poderia ser mais intensamente utilizado no próprio país.

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Muitos usos do bioplástico produzidos no Brasil

Em muitos supermercados brasileiros, mais conscientes dos problemas ambientais, já estão sendo fornecidas sacolas de bioplásticos que, por serem produzidas a partir da celulose, são absorvíveis nos lixos em períodos relativamente curtos. O Brasil tem uma longa tradição de fornecimento mundial da celulose, o que vem sendo feito de forma competitiva. Atendendo às atuais pressões mundiais, poderia ampliar o uso dos bioplásticos no próprio país e ampliar suas exportações para o resto do mundo.

Além da exportação de produtos agropecuários e minérios, o Brasil necessita diversificar seus produtos colocados no resto do mundo. As tecnologias estão melhorando rapidamente, fazendo com que os custos destes plásticos biodegradáveis sejam competitivos, melhorando a sua imagem de um país preocupado com a boa preservação do meio ambiente.

Já se conta com fazendas que combinam a criação do gado com o reflorestamento de forma altamente competitiva. Estas árvores são destinadas principalmente para a produção de papel, existindo tecnologias que são usadas em sacolas plástica biodegradáveis.

Só no Japão, para o orçamento do próximo ano, está se estabelecendo subsídios há quase US$ 1 bilhão para esta finalidade. Os movimentos que estão se intensificando em todo mundo tendem a intensificar estes tipos de usos. Os japoneses, que em 2018 produziram 84 mil toneladas destes produtos biodegradáveis, estimam que em 2030 passem a 2 milhões de toneladas.

Atualmente, o Japão importa estes bioplásticos dos Estados Unidos e do Brasil, principalmente, e estes continuarão cada vez mais competitivos, dispensando os subsídios para produção local. Algo semelhante deve ocorrer também em outros países no mundo. O Brasil necessita acelerar um programa com esta finalidade, atendendo uma demanda que já existe no mundo.



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