Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Que Ninguém Espere Milagres de Joe Biden

24 de novembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , , ,

Finalmente, inicia-se a transição do atual desastrado governo de Donald Tramp para o novo eleito governo de Joe Biden. Os problemas que devem ser enfrentados são complexos e gigantescos e os primeiros nomes dos principais auxiliares indicam que personalidades experientes do passado estão sendo convocados. Ainda assim não se deve esperar um espetacular desempenho do novo governo, pois a situação atual indica que os efeitos da clip_image002pandemia da Covid-19 são elevadíssimos, não somente no setor de saúde, como da economia como um todo. As novas expectativas podem ajudar um pouco, mas elas não são milagrosas.

O presidente eleito Joe Biden prepara-se para a transição do governo, escolhendo os primeiros auxiliares experientes para as posições chaves

É natural que a nova expectativa já ajude a criar um clima favorável para o novo governo, mas há que se admitir que os problemas que precisam ser enfrentados são dos mais complexos, agravados por um governo cuja prioridade principal era a reeleição, que não contou com o apoio dos eleitores, alguns republicanos e juízes eleitorais que foram envolvidos. O desgaste que ocorreu nos Estados Unidos, com repercussões no exterior, foi expressivo e não se pode esperar milagres, mas muito trabalho duro, com a compreensão da população daquele país. Muitos problemas precisam respeitar o que se conhece do ponto de vista científico, não dependendo das opiniões pessoais de poucos dirigentes.

As tarefas prioritárias exigem volumosos recursos num cenário internacional adverso, pois o mundo encontra-se ainda no início da recuperação econômica e os Estados Unidos não contam com a liderança tecnológica que possuíam no passado. Seus parceiros tradicionais se organizam, como a Ásia e no Pacífico, e formas difíceis de composição terão que ser feitos com a China, exigindo um grande pragmatismo dos norte-americanos. Os norte-americanos já não contam com lideranças nítidas nos avanços tecnológicos em diversas frentes.

O meio ambiente mundial agravou-se nos últimos anos, com o aumento das irregularidades climáticas que provocam grandes desastres, como tufões que afetam diversas regiões do mundo. No próprio Estados Unidos são constantes estes acidentes na região sudeste do país, bem como incêndios na costa oeste, tendo como centro a Califórnia.

A exagerada polarização política que veio se agravando em muitos países exige concessões que são sempre difíceis, envolvendo diferentes ideologias que precisam ser amainadas. A experiência passada indica que os pontos de inflexão podem ser relevantes, ainda que todas as consequências das mudanças possam demandar muito tempo para suas maturações. Mas já existem esperanças que diálogos com lideranças políticas possam ser intensificadas, visando a aglutinação de algumas forças da respeitável sociedade daquele país.

O que se espera também que o Brasil, que ficou exageradamente vinculado ao presidente Donald Trump, tenha condições para se adaptar ao novo cenário, com todo o pragmatismo indispensável, aumentando a participação de especialistas que tenham melhores conhecimentos científicos.



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