Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Veemente Contra Donald Trump

1 de novembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Política | Tags: , , ,

Ainda que nos Estados Unidos e em muitos outros países os órgãos da imprensa tomem partidos nos pleitos eleitorais, o último número do The Economist surpreende com a clareza da posição com que se coloca contra o governo de Donald Trump, apontando suas principais falhas, e a favor do candidato democrata Joe Biden. Na avaliação do possível resultado, o clip_image002atual presidente é apontado como tendo as mínimas chances de vitória e o candidato democrata praticamente eleito, mesmo admitindo que o assunto possa ser decidido finalmente na Suprema Corte daquele país.

Ilustração usada pela revista The Economist no seu último número, que vale a pena ser lido na sua íntegra

Depois da previsão do resultado da próxima eleição, aparece uma nota da revista admitindo um possível erro na edição eletrônica, difícil de ser interpretada, mas que não invalida as demais matérias constantes deste último número. As pesquisas de opinião são unânimes que, em termos dos números de eleitores, a oposição seria a vencedora, mas o complexo sistema eleitoral dos Estados Unidos faz com que os chamados grandes eleitores possam alterar o atual quadro. Também os votos dados antecipadamente, que são possíveis, principalmente com o uso do correio e o prazo para suas considerações, podem ser questionados pelos republicanos. Prevê-se a possibilidade de uma acirrada disputa jurídica na Suprema Corte, onde os conservadores possuem maioria clara atualmente.

Lamentavelmente, tudo isto deixa dúvidas que não ajudam nem os Estados Unidos nem o mundo, provocando grandes flutuações nas bolsas e nos câmbios, que já vêm ocorrendo, afetando o Brasil e muitos outros países. Ainda que aquele país já não tenha a influência do passado, continua sendo o líder mundial.

Como os dados da pandemia da Covid-19 não param de crescer, até com segundo round em muitos países, não se sabendo tudo que se seria desejável sobre esta terrível moléstia e as potenciais vacinas que estão ainda sendo estudadas. Onde não existem sistemas semelhantes ao SUS – Sistema Único de Saúde, os problemas acabam afetando os menos privilegiados das diversas sociedades, ampliando os problemas econômicos, políticos e sociais que começavam a sair do fundo poço em que se encontravam.

Não se pode imaginar que os resultados eleitorais dos Estados Unidos ajudem a acelerar nas soluções dos problemas que estão sendo enfrentados pelo mundo em diversas frentes. Mas podem aumentar as esperanças de alguns equacionamentos que melhorem as lamentáveis situações dos menos privilegiados.

No caso brasileiro, espera-se que a prioridade dada pelo atual governo reduza as preocupações com os resultados eleitorais, pois existem muitos outros graves problemas que merecem soluções mais racionais, utilizando os recursos humanos disponíveis e as abundantes condições naturais que poderiam ajudar a população brasileira.



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