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Intensos Trabalhos Arqueológicos no Mundo

6 de dezembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , , , ,

Aumentam as notícias de novas descobertas arqueológicas em diversas partes do mundo. Mesmo com as dificuldades econômicas presentes, muitos especialistas continuam com importantes estudos que permitem descobrir o que a humanidade veio fazendo ao longo de milênios. Na China Central, na província de Henan, descobriu-se que a cerca de quatro mil anos passados já haviam celeiros num local de 100 mil metros quadrados em Shizhuang, na cidade de Zhoukou, ao lado de edifícios que possivelmente eram usados para fins clip_image002residenciais. O assunto consta de um artigo da agência noticiosa chinesa Xinhua e foi publicado agora no jornal China Daily. 

Os arqueólogos trabalham no local de Shizhuang, em Zhoukou, na província de Henan, onde foram descobertos celeiros com cerca de 4.000 anos. [Foto / Xinhua]

Os celeiros foram desenterrados no local de 100.000 metros quadrados de Shizhuang, na cidade de Zhoukou, durante um projeto de escavação iniciado em julho de 2019. Os restos dos celeiros foram encontrados no topo de fundações feitas pelo homem, cobrindo uma área de 5.600 metros quadrados. Os celeiros circundam edifícios que se acredita terem servido a fins residenciais. Os arqueólogos chineses acreditam que estes celeiros foram os primeiros conhecidos e comprovados no mundo.

Arqueólogos detectaram restos de painço, cujos grãos serviam de alimentos, no fundo dos celeiros e concluíram que eram depósitos de grãos. O carvão encontrado dentro foi datado pelo uso do carbono 14 e revelou que as estruturas podem ser estimadas como início da Dinastia Xia (começo do século 16 AC), de acordo com o líder da escavação, Cao Yanpeng, um pesquisador do Instituto Provincial de Patrimônio Cultural de Henan e Arqueologia.

Cao diz que a maioria dos artefatos no local de Shizhuang, que datam do mesmo período dos celeiros, era usada ​​para armazenamento de grãos e que artefatos que servem a outros propósitos – como poços de cinzas, fornos de cerâmica e tumbas -, raramente encontrados na área. Segundo ele, "isso demonstra que o local de Shizhuang já foi uma cidade que funcionava principalmente como depósito de grãos, o mais antigo do tipo no país", acrescentando que o local tinha um sistema de armazenamento e gerenciamento de grãos bastante completo.

Os especialistas observam que o site Shizhuang fornece materiais de pesquisa essenciais para o estudo do sistema de gestão de grãos da China, sistema tributário, estrutura social e sistema de governança nacional desde aquela época. Isto induz o Brasil, nos relacionamentos atuais com os chineses, a considerar a sua longa história nas negociações de cereais.



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