Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças que Continuam Ocorrendo no Mercado de Café

26 de dezembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

Todos sabem que o café não é originário do Brasil e os brasileiros se tornaram o maior fornecedor mundial por mais de um século, produzindo o que importaram do norte da África, principalmente os chamados tipos arábicos. Agora, com a disseminação dos cafés em cápsulas, misturando diversos tipos de café, os asiáticos estão se tornando cada vez mais importantes fornecedores, com consumos como da China e do Japão. O pequeno Vietnã já tinha superado a Colômbia, fornecendo para os chineses e ameaçam se tornar o principal fornecedor também para os japoneses, segundo notícias da imprensa internacional.

Quando o mundo consumia o café coado, os tipos arábicos eram considerados os mais saborosos. Os europeus passaram a usar cápsulas, misturando diversos tipos de café, inicialmente na forma de um “blend”, produzindo o sabor desejado. Agora, a China e o Japão se tornaram grandes consumidores, misturando também o tipo robusta. O Vietnã pode chegar a ser um dos maiores produtores no mundo, fornecendo para os chineses e japoneses.

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Café coado e em cápsula na forma de um “blend”

Todos sabem que o café coado, de preferência de muitos brasileiros, proporciona um sabor de elevada qualidade, sendo que os chamados arábicos atraem consumidores exigentes. Mas todos estão tendendo a ser mais práticos e as variadas máquinas que usam cápsulas costumam combinar sabores, produzindo o que ficou conhecido como “blend”, resultando nos preferidos por muitos consumidores. Também exigem menos trabalhos de limpeza.

As qualidades destas cápsulas vêm melhorando ao longo do tempo, atendendo às exigências dos muitos consumidores. Como as quantidades que estão atraindo asiáticos, a sua demanda continua crescendo em muitos países, com custos razoáveis.

O café é ainda um produto de exportação importante para o Brasil, observando o que está acontecendo no mercado mundial, e os brasileiros necessitam continuar pensando em quantidade e seus custos. No passado, imaginava-se que os consumidores de chá de qualidade não seriam atraídos pelo café, mas isto está sendo desmentido.

Isto exige que os brasileiros pensem em qualidade, mas também em quantidade, sendo que os preços acabam sendo relevantes para uma importante parcela do mercado mundial.



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