Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Os Alemães Inauguram seu Louvre em Berlim

27 de dezembro de 2020
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais e Notícias | Tags: , , , ,

O mundo não pode parar e a cultura continua tendo a sua importância, apesar das polêmicas naturais. Ainda que de forma virtual efetuou-se a inauguração, que gera discussões do passado nazista, mas isto teria que ser superado num momento qualquer. Aproveitou-se o clip_image002antigo Palácio de Berlim, com projeto do italiano Franco Stella, incorporando elementos modernos. Seu custo está estimado em US$ 825 milhões, competindo com o Louvre francês e o Museu Britânico.

Foto do Humboldt Forum de Berlim, constante do artigo no site do O Globo, que vale a pena ser lido na sua íntegra

A ministra da Cultura da Alemanha, Monika Grutters, afirmou que o ato merecia um ato festivo, impossível com a atual pandemia, mas foi feito de forma virtual. O diretor geral do Forum, Hartmut Dorgerloh, mencionou os muitos problemas que foram superados, inclusive críticas de muitos alemães, que mencionam alguns defeitos, como atrasos ocorridos. Mas a Alemanha tinha que construir algo à altura de sua importância cultural no mundo, com algo equivalente ao Louvre francês e o Museu Britânico do Reino Unido. O local aproveitado foi do Berliner Schloss, erguido no século XV pela dinastia real dos Hohenzollern, que foi demolido em 1950 para acomodar o Parlamento da Alemanha Oriental.

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Visão externa atual do Humboldt Forum, de estilo barroco. Foto constante do artigo publicado no site de O Globo, que deve ser lido na sua integra

Como é sabido, tanto os franceses como os ingleses se apossaram no passado de importantes obras, principalmente do Oriente Médio. No caso dos alemães, eles também se apossaram de esculturas maias, barcos de madeira do Pacífico Sul, havendo a possibilidade de alguns países exigirem suas devoluções, como ocorreu com os gregos e ocorre com africanos. Ainda assim, o que pode se tornar polêmico é o que aconteceu no período nazista na Alemanha, que pode fazer parte do seu acervo, ainda que na sua maioria isto possa ter ocorrido na Suíça.

Tudo isto são indícios de polêmicas profundas, como é natural na cultura, onde não existe a possibilidade de uma unanimidade. Mas neste momento de grandes dificuldades mundiais estas divergências ganham mais destaque.

Aqueles que conhecem o Louvre ou o Museu Britânico sabem que existem muitas possibilidades de discussão, pois o que é francês ou inglês é relativamente pouco, quando se considera o conjunto dos seus acervos.



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