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Educação na China

19 de janeiro de 2021
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais e Notícias, Educação | Tags: , , , , ,

clip_image002Mesmo que os professores recebam os mesmos tratamentos dos funcionários públicos na China, ainda contam com as limitações quando atuam no meio rural. Os mais privilegiados continuam sendo os funcionários públicos, seguidos das profissões jurídicas e medicina naquele país. 

O atual governo de Xi Jinping na China procura dar aos professores um status elevado, segundo um artigo publicado no site do China Daily

No período da Revolução Cultural na China (1966-1976), todos sabem que os trabalhadores braçais foram privilegiados e muitos chineses trataram os professores e os estudantes universitários de forma cruel, inclusive do ponto de vista físico. A situação alterou-se quando Deng Xiaoping conseguiu aumentar a sua importância política, ele que tinha vivido até na França. Priorizou-se a educação, e a Lei de Educação Obrigatória, a partir de 1986, estabeleceu que sua remuneração fosse aumentada gradualmente.

Mas deve-se admitir até agora que, mesmo com esta política, os chineses continuam almejando nas suas graduações profissões que se voltem ao desenvolvimento de novas tecnologias. Suas remunerações são equivalentes as dos funcionários públicos, os mais privilegiados, seguido das profissões jurídicas e da medicina.

Para se tornarem funcionários públicos, os chineses fazem exames frequentemente, preferindo empregos nos grandes centros urbanos ou nas cidades formadas especialmente visando desenvolvimentos tecnológicos. No meio rural, ainda procura-se a melhoria do seu status. O governo oferece cursos universitários gratuitos, com as condições dos alunos lecionarem alguns anos no meio rural, com remunerações equivalentes aos dos funcionários públicos, mas seus pagamentos chegam a se atrasar.

Na China, 16,72 milhões de professores lecionam para 270 milhões de estudantes. É a maior estrutura educacional do mundo. Eles acham que o desenvolvimento da educação é a forma de se tornarem imbatíveis no mundo futuro.

Quando se compara a situação da China na educação com o que ocorre atualmente no Brasil, fica-se um pouco preocupado. As poucas escolas de qualidade neste país são privadas e os seus cursos têm custos elevados. Muitos procuram completar suas formações no exterior, o que parece ter sido superado pelos chineses. A educação básica no meio rural brasileiro, como na periferia das grandes metrópoles, proporciona remunerações insuficientes e o status dos professores brasileiros ainda se encontra num nível muito abaixo do desejável, chegando a sofrer violências.



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