Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Surpreendente Culinária Coreana

18 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: , , | 2 Comentários »

Para alegria dos seres humanos, existem surpresas nem sempre aguardadas. Das culinárias asiáticas, a coreana é das menos conhecidas mundialmente, mas ela é notícia no The New York Times, Wall Street Journal of East e outros veículos de elevado prestígio internacional.

Por indicação e companhia do embaixador brasileiro em Seul, Edmundo Fujita e senhora, um grupo de brasileiros teve o privilégio de conhecer o restaurante Sanchon (em coreano, que em ideograma chinês significa “mountain village” em inglês ou “murayama” em japonês). E de sobra um impressionante “show” da melhor cultura artística coreana, com danças de elevado padrão com ritmos marcantes, com a participação dos comensais.

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Drama das Duas Coreias

18 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

Quando as tensões entre as duas Coreias, que suspenderam as hostilidades, mas não a guerra entre os dois países, continua com o ataque do Norte ao navio de guerra do Sul. E lá se preparam as negociações nos próximos dias, na Zona Desmilitarizada próxima ao Paralelo 38, que visitamos e onde se sente toda a dramaticidade existente no ar.

Não fica muito distante de Seul, que surpreende com o seu desenvolvimento recente, dando ares de uma capital de um país industrializado, contrastando com o Norte, onde até o abastecimento depende totalmente da boa vontade chinesa. Parece quase um teatro, mas é guerra de verdade, com os observadores militares colocados frente a frente, separados pelas tropas dos países garantidores do armistício.

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Avaliação Superficial da Expo Xangai 2010

18 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , ,

A primeira impressão sobre esta EXPO Xangai 2010 é a sua gigantesca dimensão e a astronômica cifra dos seus visitantes, numa metrópole que passa por uma modernização surpreendente, sob qualquer ponto de vista. Encontrar um espaço como este nesta cidade, nas duas margens do seu principal rio, o Huangpu, é uma tarefa que só é possível na China. Um aeroporto de dimensões chinesas foi concluído recentemente, ligando a cidade por um monorail que levita e atinge a velocidade superior a 300 quilômetros horários em poucos minutos. Um sistema de mais de 400 quilômetros de metrô foi instalado em tempo recorde.

Seria necessária uma semana para uma visita geral, ainda que incompleta. Gastamos mais de duas horas para ingressar e chegar ao Pavilhão do Brasil, diante das filas lentas pelas medidas de segurança, como nos mais rigorosos aeroportos mundiais. A comunicação visual disponível, bem como as informações completas sobre as facilidades para os estrangeiros são difíceis. Os milhares de voluntários se expressam mal em inglês, apesar da sua boa vontade, dando muitas informações conflitantes. É preciso contar com um guia especializado.

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A Sempre Impressionante Gastronomia Chinesa

18 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: ,

Até os que conhecem um pouco da gastronomia chinesa acabam impressionados pelas novidades que podem ser apresentadas pelo Chef ChaoYuexiang, de Hong Kong, em Xangai. É uma fusão da saudável culinária de frutos do mar, combinando o que há de melhor nos estilos Chao, Cantonês e Xiang, com a profusão de temperos como os de origem indiana, ou disponíveis no Spice Market de Istambul. Mas que acabam dando uma harmonia e leveza que se destacam.

Todos conhecem melhor o estilo cantonês que se espalhou pelo mundo. Em Xangai predominam os pratos elaborados com o uso do vapor, utilizando os abundantes frutos do mar e o arroz. Nem todos têm a coragem de encarar os pratos mais exóticos, mas os temperos acabam sendo moderados, leves, ou advertidos nos cardápios que alguns são carregados nas pimentas.

atum

Atum especial do Minya Hotels

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Conhecendo Um Pouco do Brasil – Piauí (8)

16 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , ,

Se existe um Estado do Brasil sobre o qual mesmo os brasileiros possuem um conhecimento equivocado é o Piauí. Com pouco mais de 250 mil quilômetros quadrados, é maior que o Reino Unido e sempre teve a errônea fama de ser o Estado mais pobre do País, contando com um clima adverso, o que difere da verdade. Certamente, conta com condições que não são as melhores do Brasil, mas estes conceitos estão sendo revistos.

A sua capital fica em Teresina, cujo velho centro está numa ilha fluvial do rio Parnaíba, a centenas de quilômetros do litoral, o que lhe proporciona uma sensação de muito calor, devido a sua umidade. Mas, para surpresa dos visitantes, quando eles se deslocam em direção a Leste, para Campo Maior, vão encontrar matas que não diferem do Sul do País.

Mapa do Piauí

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Japoneses no Trem Rápido Brasileiro

15 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: , , | 6 Comentários »

São frequentes as notícias de que os japoneses sentem dificuldades para participar da concorrência do trem rápido brasileiro que deve ligar Campinas, São Paulo, Guarulhos, Galeão ao Rio de Janeiro, como confirma hoje o respeitável jornal econômico do Japão, Nikkei.

Apesar de registrar que as autoridades brasileiras esperam o crescimento da demanda, tanto pelo aumento da população como das demais condições que cercam o projeto em concorrência, os japoneses revelam que não estão dispostos a correr os riscos de um empreendimento que acham que não é proporcional os retornos necessários.

trem

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O Brasil Visto do Exterior

15 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Nem sempre os brasileiros possuem uma avaliação mais adequada da imagem que possuímos no exterior. Sem nenhum ufanismo, somos conhecidos como um povo simpático, hospitaleiro, aberto para os estrangeiros, rico em recursos naturais, invejados por saber trabalhar série e viver com grande alegria.

Precisamos tirar o máximo partido desta nossa imagem, para promover o trabalho dos brasileiros, estar presentes em todos os mercados, com nossos produtos. Temos uma população miscigenada, trabalhadora, e estamos dotados da maior diversidade sob todos os aspectos. Tanto genéticos, vegetais e animais, mas principalmente humanos.

Somos invejados pelo clima que temos, pelos nossos recursos naturais, pela beleza dos nossos aspectos geográficos, mas, sobretudo pelo povo que temos, recursos humanos da melhor qualidade. Nem sempre temos plena consciência desta nossa realidade, principalmente quando notamos as limitações de outros povos.

Os problemas que temos são insignificantes perante os que os outros países enfrentam. Estamos consolidados como democracia, temos um judiciário atuante, estabilidade econômica, garantias que muitos gostariam de assegurar, nenhuma dificuldade racial, religiosa, de fronteiras, nenhuma pretensão militar. Podemos ainda aperfeiçoar a nossa política, a segurança social e pessoal, tudo que depende de nós mesmos.

Só desejamos ser considerados internacionalmente como merecemos, como um vigoroso país emergente, com opiniões independentes, respeitando todos os povos pelas suas opções. As nossas relações internacionais foram sempre importantes, e resolvemos tudo com a maior diplomacia, sem recorrer à violência.

Fazemos parte do mundo, não somos um país isolado, e acreditamos na possibilidade de conviver com outros que pensam de forma diferente da nossa.

Com tantas qualidades pelas quais somos reconhecidos, nem sempre temos a plena consciência da importância que temos. Podemos ser mais ousados, sem nenhuma arrogância, pois temos tudo para contribuir para a melhoria da qualidade de vida de toda a humanidade.

Tanto quanto mais viajamos pelo mundo, aumentamos a consciência dos privilégios dos quais fomos dotados, tanto pela natureza como pela nossa história. Vamos preservá-las e aperfeiçoá-las, com a generosidade do qual somos dotados.


Corrida Mundial pelo Lítio

14 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Tecnologia | Tags: ,

O prestigioso jornal japonês Nikkei noticia uma verdadeira corrida entre as empresas japonesas para assegurar a liderança da produção de baterias de lítio que seriam utilizadas nos carros “flex”, entendidos como aqueles que utilizam alternativamente gasolina e eletricidade. A Mitsubishi anuncia um acordo com os australianos para produção na China, a Itochu com os norte-americanos a partir de fontes geotérmicas, a Toyota utilizando a produção argentina, e o METI – Ministério da Economia, Indústria e Comércio do Japão estima que 60% da demanda mundial será utilizada pela indústria automobilística.

Todos sabem que a produção boliviana é a que apresenta custos melhores por serem retirados das águas de seus lagos, mas a exigência de que as baterias sejam produzidas naquele país pode comprometer a sua competitividade.

Carro híbrido Toyota Prius Carro híbrido chinês

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Trens Asiáticos ou Mundiais

14 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Trem Rápido | Tags: , , , , , ,

Quem observar os noticiários asiáticos sobre negócios de trens acaba ficando confuso. Tem para todos os gostos, desde a visita da presidente argentina à China e os acordos firmados, como entendimentos de empresas japonesas, coreanas, com tecnologias europeias, para atender mercados até norte-americanos. No meio de tudo isto, o anúncio da concorrência no Brasil para ser julgado ainda este ano.

O que se pode sentir é que o setor ferroviário se globalizou com empresas, tecnologias, financiamentos, mão de obra, componentes e tudo que envolve grandes obras de logística. Devem ser consórcios que montam verdadeiros quebra-cabeças, com contribuições das mais variadas, nem permitindo saber quem é concorrente de quem.

Se os custos mais baixos, as tradições de operação por prazos mais longos, tudo é incluído no currículo dos componentes de um grande consórcio, vai acabar ficando difícil discriminar o que é de quem. Como está se tratando de projetos que devem operar por muitas décadas, envolvendo riscos econômicos e humanos, parece ser mais conveniente julgar tudo com muito cuidado.

Não se trata somente do Brasil ou de um determinado país, mas acaba se tornando um grande negócio internacional onde a segurança deve ter o devido peso. As lições das dificuldades do Golfo do México devem servir para os mais variados projetos, onde as responsabilidades pelos riscos devem ser desafios para os melhores contratos, com foros claros que não podem ser definidos somente do ponto de vista político.

Que todos nós sejamos sensatos para antecipar, no que forem possíveis, os problemas que vamos enfrentar no futuro, que pode ser distante. Não deve ser um problema simples para qualquer autoridade, pois necessita de um equilíbrio entre a autonomia nacional e os interesses supranacionais.


Culinária Japonesa e Modernização

14 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: , | 2 Comentários »

Voltando a Tóquio depois de pouco mais de dois anos, impossível não notar as mudanças que ocorrem, preservando o fundamental. Na arquitetura, por exemplo, um dos orgulhos do trabalho do arquiteto Kenzo Tange, um dos mais conhecidos japoneses no exterior, o prédio do Akasaka Prince Hotel, concluído em 1982, e onde morei por um tempo, já vai ser derrubado para a construção de um novo complexo. A estação de Tóquio, que resistiu à Segunda Guerra Mundial, está sendo demolida, mantendo-se o mínimo.

No velho bairro de Akasaka, voltei ao meu preferido restaurante, pequeno, Tamaki, cuja proprietária é uma verdadeira gueisha, filha de geisha, criada em São Paulo, amiga de minha família toda. Os que se lembram um pouco da história da culinária japonesa no Brasil se recordam do antigo restaurante Akasaka na Rua Treze de Maio, em São Paulo, ou em Copacabana, ou do primeiro Steak House na Basílio da Gama. Sou recebido não como um cliente, mas como amigo da proprietária, do chef de décadas, das antigas atendentes, que continuam bonitas com seus elegantes quimonos, num ambiente sóbrio, quase zen. E olhe que nem tive tempo da fazer a reserva antecipada, mas quando a concierge do hotel deu o meu nome, a atendente logo lembrou: “o velho amigo da okamisama, tem um lugar para ele imediatamente.

Akasaka Prince Hotel

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