Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Visitas Outonais em Tóquio

2 de dezembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , ,

Nos países de clima temperado, o outono costuma ser aproveitado para muitas e ricas atividades culturais, e Kit Nagamura escreve no The Japan Times algumas dicas fáceis de serem aproveitadas, nos chamados backstreets, ou seja, lugares menos conhecidos. Ela descreve Hakusan, servido pela estação de metropolitano do mesmo nome, região do parque botânico de Koishikawa, ou Koishikawa Shokubutsuen, que fica extremamente atrativo nesta época do ano, com seus coloridos outonais. Muitos preferem o outono à primavera, por expressar mais a alma japonesa.

Jardim Botânico de Koishikawa - foto de Kit Nagamura

Jardim Botânico de Koishikawa, com sua várias matizes outonais

A primeira dica dela é um Origami House, onde obras-primas de dobradura de papel de todo o mundo, junto com livros e tudo que ser refere a esta arte, são apresentadas ao público há mais de 21 anos. Tudo é cuidado por Makoto Yamaguchi, autor de muitos livros sobre o assunto e editor chefe de uma revista especializada.

Arcanjo Gabriel em origami copy

Arcanjo Gabriel em origami

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Ukiyo-e de Coleção Europeia Exposta em Tóquio

16 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , ,

Um excelente artigo publicado pela jornalista Yoko Hakuhara no The Japan Times informa sobre a impressionante exposição das gravuras ukiyo-e da coleção do Museum for Art and Craft Hamburgo, da Alemanha. Está sendo realizada no Ota Memorial Museum of Art de Tóquio, expondo 237 peças selecionadas de uma coleção de 5.000 existentes em Hamburgo. Ukiyo-e, segundo a jornalista, é o que melhor explica a base budista desta gravura em madeira, que literalmente significa “arte do mundo flutuante”, dentro do conceito do transitório e passageiro daquela religião ou filosofia.

A exposição apresenta gravuras, esboços, as matrizes de madeira das gravuras de artistas japoneses consagrados universalmente como Utamaro Kitagawa e Hiroshige Utagawa, que foram colecionados por Justus Brinckmann, fundador do museu alemão. Sabe-se que a Ásia e, especialmente o Japão, despertava vivo interesse na Europa no começo do século XX, levando muitos colecionadores a adquirirem trabalhos de artistas consagrados, como estes dois que são considerados ícones deste tipo de arte.

Utamaro

Gravura de Utamaro Kitagawa que refleta a efêmera beleza das mulheres de Edo

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Honorável Maestro Seiji Ozawa

10 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , ,

Seiji Ozawa se tornou o primeiro regente japonês a receber título de membro honorário da Orquestra Filarmônica de Viena, em tocante cerimônia em Tóquio, transmitida pela NHK-News. Nascido em 1935 na Manchúria, sua família fez parte do contingente de japoneses deportados para o Japão durante a II Guerra. Com forte inclinação para música, cedo se apaixonou por clássicos europeus. Estudante na Toho School of Music, em Tóquio, estagiou em orquestras (Sinfônica da NHK, Filarmônica do Japão), na área de regência e composição. Concluído o curso com louvor, viajou pela Europa. Em competição internacional para regentes em Besançon, França, se classificou em primeiro – o que lhe abriu caminho para bolsa de estudos na prestigiosa Berkshire Music Center Tanglewood, Massachusetts, EUA, summer home do Boston Symphony Orchestra. Era verão de 1960, e sua vida ficaria para sempre ligada a este Centro e, por conseguinte, à Sinfônica de Boston – para onde seria convidado para ser consultor musical, depois nomeado diretor de música, e finalmente, consagrado maestro. Diretor artístico do Berkshire Music Center desde 1972, ele regeu a Sinfônica de Boston em diversas ocasiões no Tanglewood Summer Music Festival, para estudantes e amigos de música do mundo inteiro.

Seiji Ozawa

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Algumas Recomendações de Turismo no Japão

10 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , ,

As opções disponíveis para turismo no Japão são muitas e o que se recomenda é passar alguns dias viajando pelo país, em vez dos exageros de conhecer somente os hotéis e os aeroportos pela Ásia, como preferem muitos turistas sul-americanos, que usam o conforto dos pacotes. O jornal Japan Times sempre traz artigos interessantes sobre regiões daquele país que despertam as curiosidades dos visitantes. E há um escrito por Eriko Arita, explicando por que Fukuoka, em Kyushu, a grande ilha ao sul do arquipélago nipônico, também é conhecida como Hakata, nome da estação do Shinkansen, e antiga denominação da época que Nara era capital do Japão.

Os japoneses consideram Fukuoka uma das cidades mais conservadoras e nacionalistas do Japão, onde se praticam muitas artes marciais. É um dos pontos mais próximos da península coreana, por onde se transferiu parte da cultura chinesa, e nas fronteiras as afirmações nacionais são mais veementes. Como a da cerâmica de alta temperatura que faz parte, hoje, da japonesa, tendo desenvolvido características próprias e usa fornos chamados de noborigama, com câmaras em sequência, usado por gerações. Mas foram originalmente trazidas do continente pelos coreanos. A reportagem informa que existe um serviço prestado por voluntários que servem de guia para os turistas, explicando as principais atrações da cidade.

fukuoka boneca jardim barracas

Produtos em seda seda Hakata à venda no Fukuoka Hilton Sea Hawk. Boneca Hakata. Jardim de rochas no Templo Jotenji. Barraca de comidas e bebidas faz um grande sucesso no distrito de Fukuoka Tenjin (Fotos de Eriko Arita)

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Curso de Cinema Para Leigos

3 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , ,

No magistral livro “À Espera do Tempo: Filmando com Kurosawa”, sua autora Teruyo Nogami dá um verdadeiro curso de cinema para os leigos, descrevendo as funções exercidas pelos diversos profissionais na feitura de um filme, dentro de um cenário de uma grande empresa cinematográfica como a Toho, que ela descreve como um paraíso. Ela utiliza os bastidores dos consagrados filmes Os Sete Samurais, Trono Manchado de Sangue e Ran, todos dirigidos por Akira Kurosawa, que desempenhava o papel de comandante geral da equipe.

As aulas começam no chafariz que havia no estúdio da Toho, onde famosos diretores como Yasujiro Shimazu, Mikio Naruse, Sadao Yamanaka, Masali Itami, Kon Ichikawa e outros trocavam ideias e se inspiravam para a elaboração de suas obras-primas. Foi onde Teruyo Nogami foi contratada como continuista, que tem a função de manter a coerência de muitas cenas elaboradas em dias diferentes, além de outras atividades, como de controle da duração do filme. Ela relata o erro que cometeu, tendo que se desculpar com o temido Kurosawa quando filmava A Fortaleza Escondida. Uma trouxa de tecido que estava no ombro direito de um ator numa cena apareceu num close no ombro esquerdo, o que exigia uma refilmagem e ela se preparou para a “bronca” do diretor. Foi salva pela atenção concentrada de Kurosawa no jogo de mah-jong, do qual participava, relevando a desculpa solicitada.

Pag 111 Pag 118

Ilustrações das páginas 111 e 118 do livro

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Notícias do Japão: Akatombo, Kabuki-za, Kurosawa

2 de novembro de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Cultura | Tags: , , ,

Akatombo (libélula vermelha) em extinção?

libélula vermelha_por Reginaldo Okada A emissora NHK informa que pesquisadores nas províncias de Ishikawa e Fukui vêm constatando a presença cada vez mais rara de libélulas da espécie akiakane, o clássico e popular akatombo – tão arraigado no folclore japonês, cantado em versos e canções, ou desenhado em pinturas de todas as categorias. O akatombo põe ovos no suiden, campos irrigados de arroz, logo após a colheita, no outono. Revoada de akatombos sempre foi característica outonal nas zonas rurais junto aos tambos (arrozais). Em muitas localidades, logo após a colheita, tambos vêm sendo aproveitados para outras culturas; ou o arroz sendo substituído por plantações diversificadas, diminuindo as áreas para a reprodução de libélulas. Além disso, libélulas de espécies maiores e mais agressivas estão invadindo os tambos, espantando akatombos. Dano maior, porém, parece estar sendo causado por novos tipos de defensivos agrícolas, justamente os desenvolvidos a partir de pesquisas para proteger a biodiversidade, mas para os quais libélulas vermelhas parecem vulneráveis.

Akatombo sempre foi símbolo da chegada do outono no Japão. Para muitos japoneses saudosistas, o seu desaparecimento significaria também uma parte do outono que se esvai inexoravelmente.

Encontrado guião (enredo) de filme inédito de Kurosawa

Akira Kurosawa Pesquisador da Universidade de Tóquio achou o enredo manuscrito, com anotações detalhadas de Akira Kurosawa, de há mais de 60 anos – de um filme que não chegou a ser editado.

Kan-oke-maru no hitobito – “A tripulação do Kan-oke-maru” relata um incidente dentro de um navio, com lutas entre marinheiros e oficiais, em meio a brumas sombrias, tendo o mar como palco. Através do enredo, notam-se características marcantes do diretor, como as cenas de ação, relacionamento humano, e ambiente brumoso. Especialistas em Kurosawa sabiam da existência deste filme inacabado, mas pouco se sabia dele. A descoberta deste guião traz agora a certeza de que, tivesse sido terminado a contento, este filme talvez pudesse constar também como uma grande obra da cinematografia.

Lançada a construção do novo Teatro Kabuki

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Foto 1: O Teatro em 1907-1911. Fotos 2 e 3: Projetos de reconstrução (Fonte: site kabuki)

Cerimônia de lançamento da construção do novo teatro Kabuki foi realizada no local do antigo teatro, no centro de Tóquio. Segundo a NHK, uma centena de pessoas, entre elas alguns famosos atores de Kabuki, assistiu à cerimônia. O Kabuki-za, grande teatro de Kabuki, fechado em abril deste ano, foi demolido para reconstrução. Localizado em Ginza, era conhecido por sua suntuosa fachada, em estilo Momoyama. O teatro original, de 1889, foi destruído pelo terremoto de 1923. Reconstruído, sofreu bombardeios em 1945, e fora reinaugurado em 1954.

O novo complexo, de 29 andares, irá abrigar, além do teatro, escritórios comerciais, e procurará reproduzir o estilo da antiga construção. Peças originais de metal, conservadas da demolição, serão reaproveitadas, e cedros japoneses da mais alta qualidade comporão o palco do novo teatro. Kanzaburo Nakamura, de tradicional linhagem de atores Kabuki, declarou-se comovido com a expectativa da abertura do novo Kabuki, prevista para a primavera de 2013.


À Espera do Tempo: Filmando com Kurosawa

1 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Livros e Filmes | Tags: , , , | 1 Comentário »

Livro de Teruyo Nogami, Cosacnaify, 2010, Mostra Internacional de Cinema, São Paulo, tradução de Diogo Kaupatez da versão em inglês, original em japonês publicado em 2001 pela Bungei Shunju

livro Esta primorosa edição, lançada recentemente no Instituto Tomie Ohtake na presença pessoal desta autora de mais de 80 anos, vem com a contracapa com duas indicações de peso, uma de Martin Scorsese e outra de Francis Ford Coppola, recomendando sua leitura. Ela é considerada obrigatória para entender o trabalho de Akira Kurosawa, com quem Teruya Nogami trabalhou cerca de 50 anos.

Teruya Nogami não aparenta a idade que tem, e um dia depois de sua chegada do longínquo Japão estava na inauguração da exposição dos storyboards de Akira Kurosawa em São Paulo, saudando os presentes com uma voz vigorosa, conversando com muitos convidados de forma muito simpática, com toda a modéstia de uma verdadeira japonesa de refinada formação. Só aturar Akira Kurosawa, um reconhecido cineasta de temperamento difícil, por mais de 50 anos já é uma proeza, e ainda mais por ser a única que conta com grande reconhecimento explícito daquele mestre.

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“Kôyô Zensen” – Matizes de Outono

28 de outubro de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Cultura, Depoimentos | Tags: , , ,

Apesar da exígua extensão territorial se comparada a países continentais como o Brasil, 70% das terras do Japão são montanhas não habitadas, cobertas de florestas e banhadas por riachos cristalinos. Terras são muito prezadas pelos japoneses, suas montanhas e florestas, reverenciadas. Grande parte de árvores dessas florestas preservadas se constituem de espécies deciduifólias, como nas outras regiões do hemisfério norte: árvores que se desfolham no inverno, cujas folhas se tingem de diferentes matizes de amarelo, laranja e vermelho, no outono.

São bordos e ácers diversos (kaede, momiji, sugar maple), ginko bilobas (ichô), sumagreiras (urushi, árvore que produz o verniz de charão), altaneiras (keyaki), paulownias (kiri), entre outras. As folhas começam a mudar de cor em meados de setembro, a partir da região norte, desde Hokkaido. A coloração outonal avança em direção ao sul, nos meses de outubro e novembro, acompanhando a feliz disposição geográfica do arquipélago. Chamado de kôyo zensen -“frente de folhas tingidas”, esse avanço é anunciado diariamente pela mídia. Jornais estampam fotos das montanhas e colinas coloridas, emissoras de televisão mostram espetaculares paisagens tingidas de tons que vão do amarelo claro ao vermelho escuro, passando pelo laranja, misturados ao verde contrastante das árvores de folhas perenes.

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Ensino do Mandarim em São Paulo

27 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , ,

O ensino de uma língua estrangeira, cuja raiz nada tem a ver com o latim, num país onde o idioma oficial é o português que derivou de uma de suas versões populares, certamente é um grande desafio. E principalmente quando a iniciativa é privada, sem um apoio da China. Os analistas que acompanham iniciativas semelhantes, como as relacionadas com o ensino do idioma japonês, que recebeu fortes influências da China, ficam estupefatos com o interesse existente por apreciável número de alunos brasileiros, suficiente para provocar a iniciativa de diversas conhecidas escolas.

O jornal Valor Econômico traz uma reportagem escrita pelo jornalista Luciano Máximo, que informa que os prestigiosos colégios privados Mater Dei e Humbolt já adotam as lições de mandarim como optativas, no que será seguido pelo Visconde de Porto Seguro, que é de tradição dos imigrantes alemães. O projeto está na agenda de outros, como os colégios Bandeirantes e Vértice. Acredita-se que é do conhecimento geral dos brasileiros que o povo chinês usa diferentes idiomas, como o cantonês, o pequinês e outros, dependendo da região daquele país. O mandarim foi introduzido para a elite dos funcionários do estado chinês, servindo atualmente para que as diversas etnias e regiões da China tivessem um idioma comum.

bandeira_china bandeirantes_ logo

vértice mater dei    humboldt

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Lições de Arte da Política na China

25 de outubro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , , , , ,

A política não é ciência e sim uma arte em qualquer parte do mundo, mas principalmente em regimes mais fechados e de grande diversidade de interesses, regionais e econômicos, como na China. Xi Jinping mostrou-se um mestre nesta arte, tendo preenchido todas as condições para ser escolhido como o mais provável líder a ocupar a próxima posição de presidente, secretário-geral do Partido Comunista e comandante militar máximo da gigantesca China. Um importante artigo do escritor e jornalista Geoff Dyer, chefe da sucursal do Financial Times em Beijing, fornece muitas informações importantes sobre ele.

Xi Jinping é filho do líder guerrilheiro Xi Zhongxun que chegou a vice-presidente da China, mas que foi perseguido durante a Revolução Cultural. Xi Jinping foi enviado para trabalhar no meio rural em Shaanxi por muitos anos durante a sua juventude. Lutando por todos os meios, até esportivamente numa espécie de luta livre chinesa, conseguiu manobrar e voltar para estudar engenharia química, ciência social e direito na prestigiosa Tsinghua University, frequentada por muitos da elite chinesa.

Recebeu depois a missão para atuar na Província de Hebei, onde havia uma resistência para a utilização dos mecanismos de mercado, e criou com sucesso o movimento “Journey to the West”, visando interiorizar o desenvolvimento chinês. Ele foi transferido para a Província de Hebei na desenvolvida costa leste chinesa, onde se tornou governador e conquistou a fama de um líder pragmático que conseguia implementar reformas, conceito que reforçou atuando na Província de Zhejiang. Passou um curto espaço de tempo também em Xangai, a principal metrópole chinesa. Acumulou, portanto, experiências no meio rural e nas grandes cidades, por longos 25 anos, sempre de forma discreta na imprensa, como é conveniente na China.

Mesmo assim, possivelmente como consequência da resistência criada pela desigualdade social na China, ele não obteve sucesso na tentativa de ser eleito como membro do poderoso comitê central do Partido, por ser considerado da elite, episódio do qual tirou lições. Encontrou tempo para se casar com Peng Liyuan, uma famosa cantora de músicas folclóricas com destaque na mídia, mas ele se manteve low profile. Acumulou muitos trabalhos discretamente, ganhando o respeito dos líderes chineses mais hierarquizados, como político e administrador experimentado.

Xi Jinping e esposa

Recentemente, a política chinesa que sempre teve correntes diversas está dividida entre dois grandes grupos, sendo o de Xangai formado pelos seguidores do antigo presidente Jiang Zemin, que se antepõe aos seguidores do atual presidente Hu Jintao, que tem expressado tendência mais reformista, censurados internamente na China. Xi Jinping conseguiu manter-se com bom trânsito entre os dois grupos, sem participar explicitamente de nenhum dos dois, o que permitiu a sua escolha, ainda que não fosse a primeira opção do atual presidente Hu Jintao. Ele recebeu missões de viagens pelo exterior, inclusive no Brasil, onde contratou o empréstimo chinês de US$ 10 bilhões para a Petrobras, como vice-presidente, possivelmente para somar algumas experiências internacionais no seu currículo.

Mas até Xi Jinping assumir a posição de líder máximo da China, ainda existem muitas negociações políticas a serem consolidadas nos próximos dois anos, para os quais ele conta com todas as qualificações necessárias, como escreveu recentemente Geoff Dyer.