Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Crise Provoca Mudanças

27 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , ,

Quem acompanha os noticiários asiáticos, com uma perspectiva de prazo mais longo, nota as grandes mudanças que ocorrem, por exemplo, no Japão.

Empresas tradicionais enfrentam dificuldades, a burocracia pública está sendo combatida, fusões improváveis ocorrem, a Toyota fecha muitas fábricas nos Estados Unidos, as autoridades japonesas exigem projetos de impacto ambiental etc.

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Otimismo dos Empresários

26 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

Evidentemente, os índices de otimismo dos empresários industriais são somente um dos indicadores a serem considerados para a avaliação de uma economia. Mas, na medida em que a série mensal da CNI já vem sendo divulgada há 12 anos, ter atingido um recorde de 68,7, mostra uma tendência que deve ser levada em conta.

Principalmente porque é acompanhada pelo sentimento de muitos empresários asiáticos sobre a economia brasileira, que tomam iniciativas concretas para prospectar este mercado. Missões continuam sendo enviadas para o país, para verificar in loco, o que acontece, e quais as oportunidades que se apresentam.

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Para Conhecer os Asiáticos

25 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , ,

sun tzu Um dos livros mais vendidos em todo o mundo, inclusive no Brasil, é o pequeno “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu. Para negociar com empresários, autoridades ou outras personalidades, todos sabem que é como as guerras, e as estratégias e táticas similares às ensinadas por este militar chinês, que viveu entre 544 e 496 AD, estão entre as mais recomendadas. É preciso, antes de tudo, conhecer-se o  máximo de si e dos interlocutores para se obter os sucessos desejados nas negociações, que devem deixar ambas as partes satisfeitas.

Muitos meios são utilizados na Ásia para esta finalidade. Os chineses costumam convidar gentilmente os estrangeiros para um turismo inicial, como uma visita às Muralhas da China, para relaxar da longa viagem que fizeram. Pode estar certo que o guia é um especialista em análise das personalidades das pessoas, procurando obter o máximo deste conhecimento estratégico.

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Capitães Asiáticos da Indústria

25 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , , , | 2 Comentários »

Em qualquer economia, um fator fundamental para promover o desenvolvimento são os grandes empresários, que costumam ser chamados de “capitães de indústria”. No Japão, um se destacou como grande amigo do Brasil e foi primordial para o estabelecimento de um intercâmbio bilateral vigoroso. Chamava-se Toshiwo Doko e quando faleceu tinha a condecoração máxima de 27 países, inclusive o Cruzeiro do Sul no grau mais elevado.

Apesar de sua grande importância, era um homem simples, mas excepcional, com um comportamento pessoal que despertava a mais merecida admiração de todos que tiveram o privilégio de conviver com esta personalidade. Escovava o chão de sua casa e não permitia que o motorista o apanhasse quando ia trabalhar aos sábados, utilizando o metrô.

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Jovens Preparados Para Comandos

23 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , ,

Recordo-me que o ministro Delfim Netto iniciou a sua gestão no Ministério da Fazenda com 38 anos de idade. Na Revolução Meiji, muitos ministros beiravam 25 anos. Os Prêmios Nobel, na sua maioria, tiveram os seus períodos mais criativos antes dos 30 anos. Os jovens de hoje estão mais preparados que as gerações anteriores, que sobrevivem com suas experiências. Não possuem mais a ousadia e a criatividade, salvo honrosas exceções.

O mundo globalizou-se e mudou completamente, e gerações de idosos empresários continuam atravancando a ascensão dos criativos e preparados jovens. Onde a gerontocracia vigora, como em alguns países asiáticos, perde-se o dinamismo que tinha no passado.

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Oswaldo Kawakami Pondera

16 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags:

Todos os sul-americanos que trabalham com a Ásia conhecem Oswaldo Kawakami. Para os que ainda não têm este privilégio, vou apresentar algumas de suas qualificações. Ele é, por muitos anos, o presidente da Câmara Brasileira de Comércio no Japão. É CEO e presidente da Nansin Sekiyu KK, a refinaria adquirida há alguns anos pela Petrobras no Japão, e gerente geral da Petrobras em Tóquio, que supervisiona todas as operações na Ásia. Precisa de mais alguma coisa?

Certamente está entre os empresários sul-americanos mais bem sucedidos na Ásia, conhecendo profundamente as diferenças culturais de cada uma das localidades em que acumulou uma notável experiência. Ele observa que muitos dos nossos empresários acham que os orientais são iguais. Ledo engano, as diferenças locais precisam ser respeitadas.

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Culturas Empresariais Distintas

8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , , , ,

Existem fortes indícios de que o intercâmbio entre as empresas asiáticas e sul-americanas vai aumentar, ainda que a prioridade daquela região seja acelerar a sua integração regional e fortalecer suas alianças na bacia do Pacífico. Além dos grandes projetos que envolvem, inclusive, o desenvolvimento tecnológico, existem outros, de pequenas e médias empresas, que acabam formando uma massa expressiva.

A recente crise mundial aumenta as prospecções que estão sendo efetuadas, na procura de oportunidades de investimentos e alternativas ao que existe atualmente. Os paises industrializados, cuja economia apresenta sinais de fadiga, têm interesse em incrementar o intercâmbio com os paises emergentes, pois isso lhes geraria novos estímulos. Eles continuam contando com o importante mercado interno, e suas capacidades econômicas, financeiras, empresariais e de geração de tecnologia. Espera-se que erros passados não sejam repetidos, permitindo arranjos reciprocamente estimulantes e convenientes. E os paises emergentes aumentariam o intercâmbio entre suas empresas.

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Presença Mundial da Coréia

8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , , , , , | 4 Comentários »

Quando se fala do Extremo Oriente na América do Sul há uma lamentável distorção, comentando-se mais sobre a China ou o Japão, como em muitos textos deste site. Mas o que está se destacando hoje é a Coréia, com as marcas Samsung, Hyundai e LG, as mais famosas chaebol (versão coreana do zaibatsu japonês, grandes grupos de origem familiar, como a Mitsubishi, Mitsui, Sumitomo e outros), no cotidiano dos sul-americanos. Hoje, ficou mais difícil para os próprios descendentes de asiáticos diferenciar quem é de origem chinesa, japonesa ou coreana, pois todos estão usando “grifes” famosas e comendo “sashimi e sushi”.

A revista norte-americana, Business Week, publicou um artigo informando que estes gigantes não foram afetados pela recente crise mundial. Seus produtos eletrônicos e autos estão cada vez mais presentes nos mercados mundiais. A Samsung já é a maior produtora de telas planas do mundo, tanto para TV como de computadores, e a LG a de celulares, até as mais sofisticadas, e estão sendo vendidas em lojas de descendentes de japoneses. Como os artigos da culinária japonesa, em lojas de chineses e coreanos.

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Desenvolvimento Tecnológico

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , , , , , , | 3 Comentários »

Para que ocorram intercâmbios eficientes entre empresas sul-americanas e asiáticas é preciso compreender como as tecnologias se desenvolvem em ambas as regiões. Elas costumam ocorrer de formas diferentes, e podem explicar parte dos comportamentos dos empresários de cada lado.

Vamos aproveitar o exemplo de numa visita de empresários do setor têxtil brasileiro a uma unidade fabril considerada a mais avançada do Japão, já há algum tempo. Como na maioria das empresas japonesas, o seu desenvolvimento tecnológico veio ocorrendo pelo acúmulo de muitas contribuições de todos os seus funcionários. Foi um trabalho coletivo interno, sem nenhum destaque individual. Pouca contribuição veio de fora, de indústrias similares de outros países, que os funcionários japoneses pouco conheciam.

Esta indústria conseguia um produto da mais alta qualidade, apesar de usar matérias-primas que os brasileiros não consideravam as melhores. Os visitantes verificaram que muitos equipamentos utilizados pelos japoneses tinham similares mais avançados na Suíça ou na Alemanha. O segredo dos nipônicos estava na manutenção do conjunto da planta industrial e no ponto de ajustamento dos equipamentos, conhecimentos acumulados por muitas equipes internas desta empresa ao longo do tempo, e transmitidas oralmente através de gerações entre seus funcionários.

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