Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aplicações de Chineses Nos Paraísos Fiscais

23 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Desde o período das Rotas da Seda, os chineses desenvolveram habilidades comerciais nos relacionamentos com outros países. E todos sabem que os comerciantes, em qualquer país do mundo, procuram reduzir os tributos que pagam para as autoridades. Como na China houve muitos períodos de guerras internas, consolidou-se uma perigosa cultura para evitar os pagamentos de impostos que para eles não seria moralmente condenável. Há naquele país uma ideia que “os senhores feudais efetuam as guerras e tomam os bens da população, e os governos atuais os fazem pelos tributos; evitar estes confiscos seria um meio de defesa da população”. Muito antes do comunismo de Mao, já havia na China uma tradição da população se defender do governo nestas apropriações, preferindo ativos que poderiam ser escondidos e mais facilmente transportados, quando necessários.

Uma matéria longa e ainda em elaboração por um grupo de jornalistas como Marina Walker Guevara, Gerard Ryle, Alexa Olesen, Mar Cabra, Michael Hudson e Chistoph Geisen mostra que os registros que vazaram naquele país e fora dele revelam ativos da elite chinesa nos paraísos fiscais. Foi divulgada pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (The International Consortium of Investigative Journalists) recentemente, envolvendo suspeitas sobre funcionários do governo chinês e seus familiares, associados com a China e diversos outros países, adotando o uso de empresas e contas bancárias secretas entre chineses espalhados por eles. Sabe-se que muitos grandes bancos internacionais atuavam para oferecer seus serviços visando aplicá-los em paraísos fiscais, como as Ilhas Virgens Britânicas, contratando parentes de líderes influentes.

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A Dura Realidade Para os Japoneses Com os Chineses

22 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , | 4 Comentários »

Apesar das esperanças despertadas pela Abeconomics, é preciso constatar a dura realidade que os profundos problemas japoneses não podem ser resolvidos somente por medidas monetárias e creditícias. As restrições objetivas continuam existindo, havendo dúvidas internas que exigem resultados persistentes, ao mesmo tempo em que a economia mundial ajude a manter o Japão competitivo, sem criar novos problemas como os com seus vizinhos, que em nada ajudam na solução dos seus graves problemas. A revista The Economist elabora algumas alternativas sobre as disputas das ilhas com a China e o que poderia ocorrer nos casos extremos, como a ocupação das mesmas por tropas chinesas. Qual seria a reação possível dos japoneses, sem o respaldo dos Estados Unidos?

Uma coisa é evitar barcos pesqueiros ou outras pequenas embarcações nas proximidades das ilhas inabitadas Senkaku / Daioyu. Outra é enfrentar um desembarque de tropas chinesas nestas ilhas que pode ser feita pelo ar ou com submarinos. Os norte-americanos não pretendem entrar em conflitos militares com os chineses e tudo indica que os japoneses não contam com os recursos necessários para desalojarem os chineses, numa hipótese desta natureza. Há dúvidas sobre a capacidade das Forças de Autodefesa do Japão sem que isto vire um incidente militar de maior gravidade, segundo a revista The Economist.

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Ilhas Senkaku e Santuário Yasukuni

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Davos Exige Um Novo Discurso

21 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , ,

A presidente Dilma Rousseff decidiu participar pela primeira vez da reunião do Fórum Econômico Mundial em Davos com a intenção de provocar uma mudança da imagem do mundo empresarial sobre o Brasil. Será um desafio de maior significado que não poderá ser conseguido somente pelo discurso que vem fazendo no país, pois como colocou Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do World Economic Forum no seu artigo publicado no Project Syndicate, o mundo passa por transições épicas, com a desaceleração do seu crescimento e aumento das incertezas.

Nas quatro maiores economias do mundo, os Estados Unidos lutam por estimular o crescimento num ambiente político fraturado. A China está passando de um modelo de crescimento baseado no investimento e na exportação para o liderado pelo mercado interno. A Europa luta por preservar a integridade de sua moeda comum com muitos complexos problemas institucionais. O Japão tenta combater duas décadas de deflação com políticas monetárias agressivas. Todos deixam muitas incógnitas.

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Dilma Rousseff                                                     Klaus Schuwab

Os Estados Unidos vieram adotando o easing monetary policy que teve um efeito importante nos fluxos de capital, afetando os câmbios principalmente nos mercados emergentes como o do Brasil, que acabou se mostrando desastroso, devendo ser abandonado paulatinamente. O mundo se viciou em crédito fácil, segundo o autor, afetando a economia real. O sistema financeiro mundial aumentou a sua importância, e continua pouco controlado.

Os mercados emergentes tinham ganhado importância mundial, mas hoje os desenvolvidos contribuem mais para o crescimento global. As melhorias nos Estados Unidos são lentas, havendo problemas com um crescimento baixo e desemprego alto, mas os dados oficiais são frequentemente melhores do que o esperado, mostrando uma flexibilidade e capacidade inovadora de sua economia. Na zona do euro, as melhorias são mais tênues, mas parece que não haveria o desastre previsto, e a recessão começa a terminar.

Os países emergentes, que tinham conseguido um crescimento expressivo, enfrentam problemas de reformas, havendo em muitos agravamentos nas desigualdades econômicas. Os protestos populares aumentam as agitações sociais em alguns países com crescimentos econômicos mais modestos. Há que se conseguir avanços com o uso de tecnologias avançadas nestes países. Os investimentos em infraestrutura, educação, energia não poluente e agricultura sustentável podem elevar os retornos econômicos e sociais. O crescimento para o desenvolvimento sustentável requer novas políticas, um novo estado de espírito, mais empreendedoras, alicerçado na inclusão social.

O Brasil, apesar do seu pré-sal, enfrenta agora a mudança da matriz energética mundial e combustíveis mais baratos com a exploração do xisto nos Estados Unidos. Depois de considerado o preferido no mundo entre os países emergentes, com seu crescimento modesto, teve a posição ocupada pelo México, que efetua fortes reformas e se beneficia da vizinhança do mercado norte-americano.

Sem um discurso novo, a simples afirmação que vem executando trabalhos de infraestrutura com a participação do setor privado, não parece suficiente para atrair maciços e novos investimentos estrangeiros, ainda que seu agrobusiness venha desempenhando um papel importante no abastecimento mundial. Muitos outros países emergentes disputam os mesmos investimentos, oferecendo condições institucionais atrativos.

Parece que há um cansaço com a exagerada intervenção governamental, que não permite uma visão de longo prazo dos retornos que podem se conseguir no país. As insatisfações internas tendem a ser transmitidas para o exterior, e quando todos promovem reformas significativas, há que se manter a sua capacidade competitiva, promovendo uma inflexão nas tendências de elevação do chamado Custo Brasil. A concorrência internacional elevou-se e somente um significativo diferencial pode emocionar os investidores que contam com amplas oportunidades para retornos seguros em todo o mundo.

É preciso que a presidente Dilma Rousseff se convença que necessita de um discurso afirmativo não bastando sua presença e disposição de negociações. Mesmo que o Brasil disponha de potenciais, é necessário constatar que no passado recente os resultados obtidos não foram os mais animadores.


Tendências da Economia Brasileira Segundo Mendonça de Barros

20 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , ,

José Roberto Mendonça de Barros é um economista competente, que participou do governo no período em que os tucanos tinham um papel relevante na formulação da política econômica. Suas análises sempre foram e continuam sendo ponderadas e, no artigo publicado neste domingo no O Estado de S.Paulo, ele indica sete tendências que estão agravando a percepção negativa da atual situação da economia brasileira. Ele começa por apontar a tendência de piora do regime fiscal, de um lado decorrente dos gastos fiscais correntes que aumentam acima do crescimento do PIB, sem crescimento dos investimentos. De outro, com as receitas infladas por eventos pontuais que menciona, ao lado de artifícios que disseminam a noção de um déficit fiscal acima do pequeno superávit anunciado oficialmente.

Como segunda tendência, aponta a piora no quadro inflacionário brasileiro, mostrando que existem inflações que já ocorreram e não estão registradas, como decorrência de artifícios que não permitiram sua explicitação. Cita os casos concretos em que subsídios estão sendo concedidos para tanto, que fica reconhecido com a necessidade de elevação da taxa Selic pelo Copom. Como terceira tendência, aponta a piora da balança de pagamentos, com as exportações estagnadas enquanto as importações continuam crescendo, denotando a perda de competitividade brasileira.

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José Roberto Mendonça de Barros

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Os Limites do Apoio Norte-Americano aos Japoneses

17 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Um artigo escrito por Hiroyuki Akita para o Nikkei Asian Review mostra alguns dados expressivos das pesquisas de opinião efetuados regularmente desde 1960 pelos japoneses com os norte-americanos, que precisam ser devidamente considerados. Uma pesquisa efetuada no último verão informa que 67% dos cidadãos norte-americanos pesquisados e 77% dos considerados intelectuais se mostraram a favor da aliança com os japoneses, o que continua expressivo, mas houve uma queda de, respectivamente 22 e 16 pontos com relação às efetuadas anteriormente, seis meses depois da posse de Shinzo Abe, quando a economia japonesa dava indicações de melhoria, inclusive com a participação nos entendimentos da TPP – TransPacific Partnership. A queda é a maior observada desde o início destas pesquisas.

Segundo o professor Richard Samuels, de ciência política no MIT e um dos maiores especialistas em Japão, os cidadãos norte-americanos apoiam o Japão quando não existe uma disputa entre o Japão e a China. Mas não mantêm a mesma postura quando os conflitos no Mar da China poderiam envolver os Estados Unidos. Sabe-se que os Estados Unidos não manifestaram contrariedade com a China na sua ampliação do espaço aéreo envolvendo ilhas em disputa, ao contrário do Japão. Também os intelectuais aumentaram suas restrições. As autoridades japonesas consideram que o apoio norte-americano continua sólido.

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Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe e o presidente norte-americano Barack Obama

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O Que Está em Jogo na Tailândia

17 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Yuriko Koike é uma ex-ministra de defesa do Japão e presidente do Partido Liberal Democrática daquele país e sempre se dedicou à análise de problemas geopolíticos da região. Ninguém mais qualificada do que ela para permitir uma análise dos problemas que estão provocando os distúrbios na Tailândia, pequeno país democrático que passa por uma fase crucial. Ela escreveu um artigo, como faz usualmente, para o Project Syndicate, que não é isenta, pois adota uma posição claramente a favor dos países democráticos, mantendo-se crítica com relação à China que ganha maior importância econômica no mundo, e amplia seus investimentos nas suas posições militares. Mas permite avaliar o que está em jogo nas atuais disputas.

Para quem conhece a Tailândia, além de sua riqueza cultural que atrai muitos turistas de todo o mundo, é um país que veio avançando economicamente e mantém uma tradição democrática, que está atualmente em risco. Sendo um país tropical, apresenta muitas semelhanças com alguns Estados do Norte/Nordeste do Brasil, inclusive nos alimentos de que dispõem, tanto vegetais e frutas, como frutos do mar, contando com um clima quente que é amenizado pelas chuvas intensas, conhecidas como monções. Tem um regime político monárquico parlamentar democrático.

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A Revolução Mundial Com o Petróleo e Gás do Xisto

16 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , , , ,

Daniel Yergin, que é considerado um dos autores mais qualificados sobre energia, publicou no Project Syndicate um artigo sobre o Impacto Global do Xisto dos EUA, falando das mudanças que estão ocorrendo na matriz energética mundial, com as produções baratas naquele país, em que pesem as controvérsias sobre as poluições das águas. O Valor Econômico publicou em português um artigo de Lucy Hornby e Ed Crooks do Financial Times sobre o potencial do xisto na China, país que dispõe de apreciáveis reservas, ainda que tenham dificuldades para o seu aproveitamento. E o Brasil também pretende licitar algumas áreas onde há indícios de xisto exploráveis, e o Financial Times informa que o Brasil como a Rússia podem também ingressar nestas atividades, ainda que não estejam sendo considerados com elevada prioridade. Estão sendo discutidas as limitações de um amplo aproveitamento das iniciativas privadas, bem como existência de infraestrutura para tanto nos diversos países.

O que se espera é que os problemas de poluição das águas, bem como a sua disponibilidade na quantidade necessária, sejam resolvidos com aperfeiçoamentos nas tecnologias hoje utilizadas, considerando as diferenças das reservas que vêm se observando nas diversas áreas de ocorrência do xisto no mundo. Bem como os aproveitamentos da infraestrutura já existentes em diversos países, como de gasodutos, que variam em muitos deles.

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Daniel Yergin e mapas de reservas de xisto no Brasil e na China

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Desafios Chineses da Migração Para Centros Urbanos

14 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Todas as cifras chinesas são astronômicas. O jornal japonês de economia Nikkei publica no seu Nikkei Asian Review o plano do presidente Xi Jinping para migrar 100 milhões de chineses que atualmente residem no meio rural para pequenas cidades até o ano de 2020, evitando-se as grandes metrópoles como Xangai e Beijing que continuarão controladas. Isto significa perto de 18 milhões de migrantes por ano, e nada menos que metade da população brasileira. Eles buscam diminuir as diferenças de renda entre o setor urbano e rural, estimular a demanda doméstica via desenvolvimento de toda a infraestrutura destas pequenas cidades. A atual taxa de urbanização que é de 52,6% da população em 2012 pretende atingir 60% em 2020, o que ainda é baixo. Este desafio é imenso, difícil de ser imaginado, pois além de criar os centros urbanos há que se providenciarem as suas interligações com o país já existente, além de criar os empregos para esta população.

Só os investimentos em melhoria dos sistemas de transporte e as mudanças para a urbanização foram estimados em US$ 4,13 trilhões pelo China Development Bank. Mais de 6 milhões de novas residências populares terão que ser providenciadas anualmente. As autoridades chinesas devem relaxar os sistemas de registros da população urbana e rural, pois os considerados moradores das cidades ainda estão em 35%, quando na realidade superam os 50%, havendo 200 milhões de agricultores migrantes que trabalham nas cidades.

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Prédios são construídos para receberem os migrantes da área rural

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Stanley Fischer Vice-Presidente do FED

13 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Existem alguns atos surpreendentes do presidente Barack Obama que não está com grande prestígio popular nos Estados Unidos. Entre os mais destacados, está a confirmação da indicação de Stanley Fischer, nome consagrado mundialmente com um currículo invejável, para vice-presidente do FED – Sistema Federal de Reservas, o Banco Central dos Estados Unidos. Ele ainda terá que ser aprovado pelo Congresso, ainda que seja um mero ato exigido pela legislação daquele país. Deve atuar sob o comando de Janet Yellen, que é a presidente, já confirmada formalmente em todos os trâmites, que, apesar de experiente e competente, não possui credenciais tão elevados. Tudo indica que Stanley Fischer deverá desempenhar um papel importante de coordenação mundial, diferente da simples rotina do FED, diante da paulatina redução dos incentivos que visavam à recuperação da economia norte-americana, que terá consequências, notadamente no mundo emergente, inclusive no Brasil. Deve também assessorar o próprio Barack Obama.

Um artigo publicado por Craig Torres, no site da Bloomberg, informa que o resto da equipe do FED deverá contar também com nomes expressivos, demonstrando que o presidente estaria empenhado em utilizar esta instituição para recuperar o prestígio de sua política econômica, salvando a sua administração que não vem sendo considerada brilhante. Todos sabem que os Estados Unidos continuam divididos entre Republicanos e Democratas, mesmo com o entendimento precário para o seu orçamento, principalmente, não conseguindo manter o seu poder internacional que detinham desde o término da Segunda Guerra Mundial. Seu fundamental programa de Seguro de Saúde, que considerou a marca mais forte do seu programa para a política interna, enfrenta grandes dificuldades.

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Stanley Fischer

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Shinzo Abe Escreve no Project Syndicate

7 de janeiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

É mais que natural os governantes defenderem sua política mesmo que tenham algumas dúvidas íntimas sobre ela. O primeiro-ministro Shinzo Abe não é uma exceção e os muitos resultados que estão sendo alcançados pela sua política que ficou conhecido como Abeconomics são ressaltados, minimizando as dificuldades que sempre existem, tanto internas como externas, que podem comprometer o futuro do seu ousado programa. Depois de uma primeira sinalização que a economia japonesa sai do seu longo marasmo, tendo conseguido a desvalorização do yen, uma recuperação da bolsa de valores e uma saída da deflação, ele ressalta agora a “surpresa salarial”, que é contestada por analistas mais críticos. Ele informa que teve reuniões na companhia dos seus ministros da Economia e do Trabalho com líderes empresariais como Akio Toyoda da indústria automobilística Toyota e representantes dos assalariados como Nobuaki Koga da Confederação Sindical do Japão, sentindo-se estimulado no prosseguimento de sua política.

O que ele persegue é reverter à tendência que se observava no passado no Japão, quando os assalariados sofriam uma queda anual dos seus salários médios em 0,8% anual desde o ano 2000, o que não permitiria um aumento da demanda interna de forma sustentável. Enquanto nos Estados Unidos e no Reino Unido o aumento médio anual era de 3,3%, e 2,8% na França. Mesmo assim, as empresas japonesas só conseguiam aumentar o seu endividamento. Alguns analistas informam que estes tipos de comportamento econômico dependem do setor privado e não podem contar com intervenções do governo, como quando se estabelece a participação feminina nas empresas, notadamente nas posições de decisão.

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Primeiro-ministro japonês Shinzo Abe

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