Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

É o Câmbio

3 de fevereiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

É famosa a expressão “é a economia, idiota!” que um esperto político vociferou para um auxiliar sobre o que estava acontecendo no processo eleitoral em que estava envolvido. Por mais que se faça numa campanha política, não se pode ignorar o efeito da economia sobre o ânimo de toda a população.

Muitos economistas e formuladores da política econômica, principalmente os mais liberais, costumam se concentrar na política fiscal e monetária, cuja importância não pode ser ignorada. Mas todos sabem que, num prazo mais longo, o câmbio acaba fazendo a diferença. Explicitou-se isto no Plano Marshall, quando as economias japonesa, alemã e italiana foram recuperadas, com câmbios fixos desvalorizados por um longo tempo.

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Taxas de Juros no Mundo

28 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: ,

O Copom do Banco Central do Brasil decidiu manter a taxa de juros básica da Selic em 8,75%, dando a impressão que está fazendo um grande favor, com juros reais acima de 4%, descontada a inflação esperada. Mas, na realidade, trata-se de uma arrogância que pretende que seus auxiliares e dirigentes possuem uma ciência e capacidade superior a de outros analistas e mesmo colegas dos demais setores do governo. Eu fui diretor do Banco Central na pré-história.

Os juros nos países asiáticos costumam ser negativos, como em muitos outros países, notadamente nos momentos de crise. Por que, então, as taxas de juros reais do Brasil são recordes no mundo?

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Notícias Sobre a China

22 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Basta abrir qualquer jornal no mundo para constatar que as notícias sobre a China ocupam mais espaço que no passado recente. A Folha de S.Paulo publica hoje o artigo de Raul Juste Lores, correspondente em Pequim, “Falta colocar dinheiro no bolso dos chineses”. O Estado de S.Paulo traz o artigo de Mark Davis, colunista do Kansas City Star, “Não inveje a economia da China”. O Valor Econômico publica o artigo de Dexter Roberts, do Business Week, “Pequim tenta desinflar bolha imobiliária”, e assim por diante.

Na realidade, o mundo está assombrado com o rápido desenvolvimento chinês mesmo dentro da crise econômica mundial, e expõe as dificuldades existentes, com as quais todos os analistas se preocupam, e concordamos com a maioria deles.

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Entendendo a Elevação dos Juros na China

21 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Com o anúncio do crescimento econômico chinês em 2009, principalmente no último trimestre, ficou clara a política monetária que vem sendo adotada por aquele país. Em poucas semanas, os juros básicos foram elevados duas vezes.

Em 2009, os chineses pretendiam, apesar da crise mundial, manter um crescimento em torno de 9%, considerado indispensável para criar os empregos necessários para a sua mão de obra, e anunciam que conseguiram 8,7%. No último trimestre de outubro a dezembro, este crescimento superou 10,7%, e como a economia mundial não vem ajudando estão ampliando o mercado interno.

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O Dilema do Google na China

15 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , , | 1 Comentário »

A matéria de Jessica E. Vascellaro, do The Wall Street Journal, saiu no Valor Econômico de 15, 16 e 17 de Janeiro com o título de “Censura na China…”, quando meu texto sobre Empresas Estrangeiras na China envolvendo o Google foi elaborado no dia 14, em torno das 18h, como está registrado no meu computador. Não estou disputando a primazia, pois este assunto já estava no noticiário ha alguns dias, mas para evitar qualquer dúvida sobre plágio.

Só desejo opinar sobre o dilema que esta grande empresa, que está prestando um grande serviço no mundo, encontra-se colocada. Como expliquei, e a matéria do Valor Econômico confirma, muitas empresas estrangeiras, inclusive norte-americanas, não obtêm lucros na China, mas nas atividades que desenvolvem com produtos lá fabricados e comercializados no mundo todo.

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Sinais do Tempo

14 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , , ,

Em que pese o fracasso da reunião de Copenhague ao tentar um compromisso global, com metas definidas para evitar o aquecimento que está ocorrendo no mundo, constata-se evidentes sinais que esforços estão sendo feitos em todos os países relevantes na matéria. Tanto na China e Estados Unidos, mundo desenvolvido, quanto nos emergentes. A consciência global está constatando que algo precisa ser feito de concreto para evitar um desastre total, no que está sendo ajudada pela mídia, e muitos entendem que as atuais irregularidades climáticas podem estar vinculadas com este aquecimento.
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Diversidade Econômica e Política

12 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , , , | 12 Comentários »

Muitos se desesperam com as muitas confusões econômicas e políticas recentes em países sul-americanos, que podem prejudicar a imagem de todos do continente. No entanto, o quadro é similar nos países asiáticos, mostrando que não se trata de um privilégio local. Há que se conviver com a diversidade de situações, procurando se diferenciar dos demais, pelos critérios que são aceitos pela maioria dos países desta aldeia global.

Mesmo o conceito de democracia ocidental não é tão universal como parece, ainda que aparente ser o menos ruim de todos. Nascido das revoluções francesa e americana pressupõe-se que todos sejam iguais, tendo os mesmos direitos. Mas parece que os seres humanos acabam sendo diferenciados pelas suas riquezas e rendimentos. Uns são mais que os outros.

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Problemas Políticos Desnecessários

12 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , ,

Se existe um problema que está bem resolvido na transição do regime autoritário brasileiro para a democracia foi a anistia, que absorveu todos os envolvidos de ambas as partes, de forma razoável. Outros países vizinhos enfrentaram dificuldades maiores na sua transição, até porque o regime autoritário parece ter sido mais violento.

Este instituto de anistia foi criado internacionalmente para resolver problemas decorrentes das guerras e revoluções, para se começar vida nova, sepultando-se o passado. E vem funcionando em muitos países, resolvendo problemas complexos, que se remoídos prejudicariam os novos caminhos que são perseguidos por todos. Sem que isto signifique tomar partido de um dos lados, pois hoje existe uma convivência razoável de todas as partes.

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Interesses Estrangeiros na América do Sul

8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , , , , | 2 Comentários »

Sempre há interesse em separar o joio do trigo.  Todos sabemos que os interesses de grupos estrangeiros tendem a se comportar como manadas, com muitos especuladores aproveitando a ingenuidade dos mais inocentes, antecipando-se a fatos que alimentam o imaginário coletivo.  Não podemos nos interessar em bolhas que valorizam o câmbio e acabam prejudicando os legítimos interesses locais.

A recente valorização das Bolsas, ainda que parte seja uma recuperação da queda ocorrida anteriormente, parece a “exuberância” a que se referia Greenspan.  Se os investimentos estrangeiros contribuírem para a ampliação da capacidade interna, competitiva internacionalmente, trazendo tecnologias, criando empregos para os trabalhadores locais, muito bem !  Se só se destinam a ganhos financeiros de curto prazo, aproveitando um câmbio extremamente valorizado, juros altos em termos internacionais, uma mera troca de papeis, há que se tomar a devida cautela.  Mesmo admitindo que a especulação ajuda a lubrificar o mercado, e possa representar a vanguarda de investimentos diretos.

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Matriz Energética Mundial

8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , , , , | 24 Comentários »

Há indícios que nos próximos anos haverá uma radical mudança na matriz energética no mundo todo, em decorrência de múltiplos fatores. Os atuais preços do petróleo vão induzir a redução dos usos dos seus derivados, principalmente nos transportes. Os norte-americanos desenvolverão pesquisas para redução da energia que importam, para reduzir a sua dependência externa. Os esforços ecológicos vão aumentar o uso de energias não poluentes. Entre outros motivos.

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