Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Aumento da Irracionalidade no Mundo

15 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , , ,

Fica-se com a impressão que o mundo está sofrendo uma forte praga de aumento da irracionalidade. A Argentina que, na virada do século XIX para XX, já apresentava um nível de renda invejável para os melhores países europeus, e que foi beneficiada pelos seus fornecimentos para os aliados como para o Eixo durante a Segunda Guerra Mundial acumulando uma impressionante reserva internacional ao seu término, com o populismo inaugurado por Juan Domingo Perón e aprofundado pelos seus seguidores caminha para uma situação difícil de ser imaginada. A Venezuela contando com sua respeitável reserva de petróleo, sofrendo da famosa doença holandesa agravada pelos sonhos de Hugo Chávez, está se aproximando do caos com as ingenuidades e despreparos de Nicolás Maduro.

Vladimir Putin com sua política para a Criméia e a Ucrânia chega ao ponto da Angela Merkel considerá-lo se estaria fora da realidade, num quadro em que a Rússia agrava o seu processo de decadência que se acentuou com a dissolução da antiga União Soviética, como está colocado no artigo de Sergei Guriev, professor do New Economic School da Rússia, divulgado pelo Project Syndicate. E o governo brasileiro entende que deve postergar o impacto dos custos energéticos, tanto de energia elétrica como de derivados de petróleo, para os consumidores, cobrindo com recursos de diversas origens as grandes empresas que estão sendo fortemente afetadas por estas manobras, que vão a sentido contrário do que precisaria ser executado pelas indicações do sistema de mercado.

mapa-mundi-2011

Leia o restante desse texto »


A Economia Chinesa Tende a Voltar Para Ser Normal

14 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Ainda que muitos analistas e operadores no mercado internacional apreciassem que a economia chinesa continuasse a ser excepcional, as decisões recentes mostram que se faz um esforço razoavelmente controlado para tender a ser normal. O default ocorrido no pequeno produtor de equipamentos de energia solar, Chaori Solar, mostra que as autoridades daquele país estão determinadas a utilizar, de forma controlada, os mecanismos normais de uma economia de mercado, não assegurando a qualquer custo que empreendimentos inviáveis tivessem a garantia do governo. Se isto continuasse a ser feito, os que investissem ou emprestassem a empreendimentos mal administrados usufruiriam resultados expressivos com os juros pagos, totalmente fora das regras de mercado. Muitos meios de comunicação social do mundo anunciaram tal decisão por intermédio da declaração do premiê Li Keqiang.

Ainda que seja esperado que outros e pequenos empreendimentos tenham destinos semelhantes, não se pode esperar que as autoridades chinesas permitissem uma brusca e descontrolada redução do crescimento da economia da China, pois se persegue uma meta de 7,5%, representando uma desaceleração do tipo que pode ser considerado um “soft landing”. Os muitos instrumentos disponíveis naquela economia, que sempre sofreu uma intervenção governamental mais acentuada do que na maioria das economias ocidentais, permitem visualizar esta possibilidade. Se até nos Estados Unidos as medidas do chamado “easing monetary policy” estão sendo reduzidas paulatinamente, de forma cautelosa para não agravar a incipiente recuperação que se processa na economia mundial, não se poderia esperar senão uma atitude sensata também na China, mesmo que tais dosagens apresentem sempre dificuldades de uma sintonia fina.

li keqiang

Primeiro-ministro chinês Li Keqiang

Leia o restante desse texto »


Guerra de Pesquisas e Artigos Sobre Elas nos EUA

12 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Não é somente no Brasil que pesquisas e artigos são publicados visando efeitos eleitorais. O The Wall Street Journal/NBC News Poll divulga os resultados de uma pesquisa telefônica bastante modesta de 1.000 adultos em todos os Estados Unidos, incluindo 300 que utilizam apenas um telefone celular, entre 5 a 9 de março, efetuada pelas organizações de pesquisas Bill McInturff em Estratégias de Opinião Pública e Fred Yang at Hart Research Associates. Eles contrariam os obtidos pela Bloomberg National Poll e divulgados pelo site da Bloomberg ainda que apresentem os mesmos resultados nas questões relacionadas ao aumento do salário mínimo proposto pelo presidente Barack Obama para os próximos três anos.

Segundo o artigo divulgado por Patrick O’Connor no site do WSJ, a aprovação de Barack Obama teria atingido um novo mínimo, chegando a 41% de aprovação, quando em janeiro era de 43%, ainda que esteja no intervalo de confiança da pesquisa. 54% dos pesquisados desaprovariam o trabalho que está sendo efetuado pelo presidente, com destaque no assunto relacionado com a saúde. Também a política externa dos Estados Unidos estaria sendo condenada. Como a eleição de novembro próximo refere-se aos parlamentares, o artigo informa que ele poderá ajudar pouco os seus colegionários.

bloomber

Leia o restante desse texto »


Três Anos dos Desastres do Nordeste do Japão

11 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Ainda que não se possa contribuir muito falando do quadro em que as dificuldades persistem no terceiro aniversário de um dos dos maiores desastres que afetaram o Japão, os fatos gritantes não nos permitem ficar calados. Há uma necessidade de prestar solidariedade a quase vinte mil vidas que se perderam ou desapareceram, com 400 mil casas que foram danificadas com toda a infraestrutura que as suportava, 470 mil pessoas que tiveram que se deslocar da região afetada e ainda hoje mais de 100 mil vivem em alojamentos temporários. Os sofrimentos dos sobreviventes são imensuráveis, difíceis de serem avaliados à distância. Precisamos aprender com todo este sofrimento, pois o mundo ainda acompanha o que os japoneses continuam fazendo para a sua reconstrução, mas é ainda pouco o que se conseguiu. Muitos no mundo são obrigados a continuar morando até mesmo onde as condições naturais são adversas, encontrando mecanismos para a convivência com elas, usando-as como desafios para aperfeiçoamentos à nossa forma de viver de forma melhor possível. É preciso transformar limão em limonada, como se conseguiu em Hiroshima e Nagasaki.

O site Nikkei Asian Review faz um balanço com três artigos, um sobre a dimensão da devastação, como se tenta superar a adversidade com a produção possível e finalmente sobre dois caminhos possíveis para o futuro. Mas, podem-se acrescentar às duras lições que estão sendo deixadas, como as necessidades de fontes de energia menos perigosas, as construções que possam resistir aos fortes terremotos seguidos de tsunami, como extrair das adversidades forças para o futuro, aprendendo com o único pinheiro que resistiu ao maremoto, cujo DNA continua sendo multiplicado para criar novas florestas.

clip_image001

Ilustração da Nikkei Asian Review

O site informa que a reconstrução está entrando em nova fase, não se contando com a certeza da população que não abandonará a região definitivamente, até porque não se conseguiu ainda estancar a radiação que continua ocorrendo da usina afetada. Tudo indica que haverá necessidade de uma solução próxima a que foi adotada em Chernobyl, mesmo que não seja a ideal. Ou seja, uma estrutura de concreto que a isolaria totalmente, inclusive nos seus vazamentos pelo subsolo, com a paulatina retirada dos combustíveis nucleares restantes, para o que terá se desenvolver uma tecnologia especial.

Há até uma proposta para se desenvolver uma tecnologia para desativação de muitas usinas que estão se tornando obsoletas em todo o mundo, e que exigem soluções mais racionais. Existem algumas iniciativas que trazem de outras regiões do Japão, como da proximidade de Tsukiji, o grande mercado de frutos do mar de Tóquio. Ensina-se aos locais a desenvolverem atividades para aproveitamento das matérias primas da região, mostrando que produtos semielaborados acabam sendo mais valorizados que os peixes em si. Também salmões defumados estão sendo preparados por cooperativas de produtores locais.

Frutas, como morangos de qualidade, estão sendo produzidas com métodos hidropônicos, com alto teor de açúcar, como as apreciadas nos mercados da Capital, Tóquio. Alguns produtos do Sudeste Asiático estão sendo adaptados para a produção local. Procura-se colocar o pessoal nativo no comando destes projetos, para estimular a autoestima, inclusive com introdução de novos designs. Mas a grande dificuldade é que tudo está sendo feito com idosos que permanecem na região, pois muitos jovens preferiram migrar para outras regiões do Japão.

Muitas novas residências definitivas estão sendo concluídas na região, mas muitos desistiram de voltar. As lojas estão sendo construídas em terrenos mais elevados, e as técnicas de construção estão preparadas para resistirem aos terremotos mais violentos. Com a redução da população da região, os consumidores são em menor número, acabando por transmitir uma ideia de uma região decadente. A ideia da reconstrução acaba sendo abalada, com as incertezas do futuro. Parece que há necessidade do governo nacional providenciar para que toda esta região se torne uma Zona Especial, suficiente para voltar a contar com o dinamismo tanto para a integração com a economia nacional como internacional, para reduzir a sua falta de competitividade atual.

Se existem resistências ao uso de energia nuclear, há que se estimular a geração de energias outras, como a solar, a eólica e mesmo as diferenças de marés, ou as que aproveitam as energias vulcânicas. Pode-se lembrar de que o Japão obteve sucesso em Tsukuba, que era uma das regiões menos desenvolvidas nas proximidades de Tóquio, com a criação de uma cidade científica, que se tornou também um grande centro universitário.

Tudo indica que somente com esforços habituais os problemas do nordeste do Japão não serão superados, havendo uma necessidade de uma programação nacional, dentro do esforço geral de recuperação da economia japonesa, diante dos desastres a que a população foi submetida e sensibilizaram todo o mundo.


Carro Popular da Nissan na Índia

11 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Quando se colocou a empresários japoneses da indústria automobilística que o mercado dos países emergentes comportava veículos populares, eles informavam que isto seria para os indianos e os chineses. Ainda que seja difícil para os leigos entenderem adequadamente o problema, parece que nestes países existe uma habilidade especial para a produção de veículos de baixos custos, tanto que o grupo Nissan-Renault resolveu utilizar a sua subsidiária Datsun para produzir na Índia o seu modelo Go que será lançado neste final do mês de março. Será um hatchback para competir na faixa dos veículos de US$ 5 mil, contando com mais espaço que os seus concorrentes, com velocidade de até 140 quilômetros por hora, com motor de 1,2 litro, devendo percorrer 20,6 quilômetros por litro de gasolina.

A notícia consta do Nikkei Asian Review, num artigo elaborado por Takafumi Hotta, enfatizando que o projeto é indiano onde foi desenvolvido. Mais de mil trabalhadores locais foram envolvidos no projeto que conta com 90% de componentes locais, sendo que o apoio japonês foi mínimo. O veículo mostrou-se estável e suave mesmo nas precárias estradas indianas. O interior do carro é simples, e seu móbile docking station permite aos motoristas usos do sistema de navegação e som usando o smartphones. Os jornalistas experimentaram este veículo em Hyderabad, capital do estado indiano de Andhra Pradesh.

20140303_datsun_article_main_image

O Datsun, desenvolvido na Índia, deverá ser lançado este mês. Foto: Nikkei

Leia o restante desse texto »


As Mulheres e os Problemas do Setor Financeiro no Mundo

8 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Dois artigos distintos sobre o setor financeiro mundial estão sendo publicados na Folha de S.Paulo. Uma de autoria de Isabel Fleck sobre a ascensão de altas executivas no setor financeiro, com o título não muito recomendável de “As Lobas de Wall Street”, apesar da igualdade de gênero seja uma tendência que deva ser aplaudida. Outra da mesma autora leva o título “Jovens estão com vergonha de trabalhar na Wall Street”, referindo à publicação do livro de Kevin Roose, “Young Money – Inside The Hidden World of Wall Street’s Post-Crash Recruits”, que informa que alguns jovens estão evitando serem conhecidos como executivos, mesmo de importantes organizações do sistema financeiro internacional. Ainda que estes casos estejam se observando, parece que se deve evitar a generalização para todos os que atuam no setor.

Este site tem insistindo nos abusos de muitas instituições financeiras que, apesar de serem as principais responsáveis pela crise mundial de 2007/2008, continuaram a exagerar nas suas atuações espúrias, conseguindo lucros fabulosos com a assistência de recursos públicos, além de manipularem as taxas de juros como do Libor – London Interbank Rate ou as taxas de câmbio nas astronômicas operações cambiais relacionados com a liberdade dos fluxos financeiros. Em qualquer atividade humana deve existir um mínimo de ética, não se podendo considerar como sucesso a simples maximização dos resultados, principalmente de caráter individual.

nn20130809b3auntitled

Kathy Matsui do Goldman Sachs                         Kevin Roose

Leia o restante desse texto »


Problema da Poluição na China e os Problemas Étnicos

8 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Alguns problemas que vêm ocorrendo na China são noticiados em separado, quando os mesmos estão relacionados. Com os esforços de continuidade do seu crescimento, continuam sendo utilizadas fontes de energia extremamente poluentes naquele país que estão sendo transferidas para as regiões mais distantes do oeste chinês. Segundo artigo publicado no Bloomberg, as áreas mais prejudicadas são de predominância de populações da etnia uigur, onde predominam muçulmanos, e muitos estão sendo prejudicados por problemas de saúde, diante do elevado nível de poluição das usinas que produzem energia elétrica a partir do carvão mineral, principalmente as crianças. Estes problemas acabaram provocando movimentos desesperados, considerados separatistas e terroristas pelo presidente Xi Jinping que resultaram em 29 mortos e centenas de feridos. Os projetos de ampliação destas usinas poluentes continuam em ampliação, apesar destes elevados custos colaterais, ainda que estudados por qualificados professores como da Universidade de Tsinghua.

As energias geradas nestas remotas regiões do oeste chinês acabam sendo transferidas com o uso de redes de transmissões de ultra-alta tensão mais longas do mundo para as regiões costeiras e a leste, mais industrializadas e desenvolvidas. Eles trazem benefícios de curto prazo, mas geram problemas ecológicos de longo prazo que estão estudados por professores da Universidade de Duke, da Carolina do Norte, expressando críticas à atual política energética da China. Em algumas fábricas de produtos químicos do oeste, os operários chegam a ser de 90% de uigures e cazaques, diferentes do leste onde os chineses han contam com predominância. Os chineses alegam que os problemas de aquecimento global são de responsabilidade dos norte-americanos e europeus, seus principais provocadores, mas a China já figura como a segunda mais responsável pelos lançamentos de poluentes.

clip_image002[4]

Além dos problemas industriais, observam-se também dificuldades nas produções agrícolas do oeste chinês. Os melões Hami produzidos na região eram considerados os mais doces da China e hoje não contam praticamente com sabor. Também se registra o desaparecimento dos coelhos que eram abundantes na região.

As tensões étnicas estão se elevando, o que ainda contido pela força policial. Mas se repetem incidentes graves com os uigures, bem como cazaques, lembrando que o Cazaquistão faz fronteira com a China nesta parte central da Ásia. Muitos casos individuais estão citados no artigo.

O problema se agrava, pois os melhores empregos são concedidos para os que migram do leste, sendo que para os locais são só oferecidos os de menor qualificação. Na realidade, um conjunto de fatores contribui para o aumento das tensões nestas regiões oeste longínquas da China.


A Luta Pela Educação no Paquistão

8 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Educação, Notícias | Tags: , , ,

 

Por: Paulo Yokota Seção: Educação, Editoriais e Notícias Tags:

Mesmo aqueles que conhecem as lutas mais duras nas regiões remotas do Brasil, acabam ficando impressionados como as travadas no Paquistão pela Humaira Bachal, que insiste em ensinar crianças apesar de lutar contra as tradições pelas quais as mulheres devem se casar cedo para produzir filhos e não estudar. Constatando que pessoas morriam nos seus arredores porque não eram capazes de ler a validade de um remédio ou seus parentes não tinham capacidade de encaminhar uma mulher em trabalho de parto para um hospital, ela vem se empenhando desde a adolescência ao ensino. Depois de lutas heroicas, até contra o seu pai que a agredia e a sua mãe porque permitia que ela, escondida, frequentasse uma escola secundária, hoje dirige o Dream Model Street School que conta com 1.200 meninos e meninas estudando nos arredores de Karachi, no Paquistão. Ela só obteve a autorização do seu pai para continuar os estudos por ter aceitado casar com a pessoa determinada por ele.

Nos confins do Amazonas, no Brasil, tive que lamentar porque nos casebres construídos no meio da mata para atender os filhos dos colonos era uma professora a pessoa que mal sabia escrever o seu nome, cuidando das crianças que aprendiam o mínimo da vida brincando. O sonho de que em escolas primárias espalhadas pelo Brasil contar-se hoje com professoras formadas em cursos normais ainda está longe de ser atingido em muitos lugares do país. Lamentável realidade, que não é conhecida dos que moram nos grandes centros urbanos, e que ainda se repetem nas regiões mais pobres deste Brasil, inclusive no meio rural. Mas não se conta com discriminações contras às mulheres que ainda perduram em alguns outros países, inclusive asiáticos.

Pakistan School From Scratch

Humaira Bachal ensina crianças em sua Fundação

Leia o restante desse texto »


Preocupante Evolução das Tensões no Extremo Oriente

8 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Dois artigos publicados nos meios de comunicação social de influência mundial mostram a importância que as tensões no Extremo Oriente continuam ganhando, provocando consequências como o aumento dos dispêndios militares. Ian Buruna, conhecido pelos seus livros sobre a Segunda Guerra Mundial, publicou no Project Syndicate sua leitura das recentes atitudes japonesas que aumentam as reações de alguns dos seus vizinhos asiáticos. Financial Times publica artigo elaborado por Demetri Sevastopulo e Charles Clover sobre as reações chinesas expressas pelo premiê Li Keqing no atual Congresso Nacional do Povo em Beijing. Os orçamentos militares da China acabam por se elevar em 12,2%, ainda que seja inferior a um quarto dos Estados Unidos.

O premiê Shinzo Abe solicitou a um grupo de historiadores reverem as desculpas oficiais efetuadas em 1993 pelos japoneses sobre o uso de escravas sexuais durante a Segunda Guerra Mundial, por entenderem que se tratava de atividade privada sem o respaldo das autoridades. A atitude faz parte do contexto em que se nega que o Massacre de Nanking de 1937 teria ocorrido bem como outras declarações de dirigentes da rede oficial de televisão NHK que mostram que o atual governo pretende estimular a aguerrida direita japonesa, com foco na política interna recuperando o orgulho nacional no momento em que tenta a recuperação do crescimento de sua economia.

ianli_keqiang--621x414

Ian Buruma e                                                   Li Keqing

Leia o restante desse texto »


Mudanças no Comando Empresarial dos Grupos Japoneses

6 de março de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , , , , | 4 Comentários »

Havia uma forte tradição empresarial japonesa pela qual os comandantes dos grandes grupos eram escolhidos entre os formados nas grandes universidades japonesas, com destaque para a Universidade de Tóquio, mas também de outras, inclusive privadas como Keio, Waseda, Hitotsubashi e outras consideradas de primeiro nível. Os relacionamentos com seus antigos colegas, que estivessem em atividades governamentais, políticas e empresariais eram considerados importantes, ajudando a formar o conceito de Japan Inc. No entanto, estes executivos eram criticados como pouco afeitos aos contatos com o exterior e mais recentemente estão se processando mudanças, com a escolha de empresários estrangeiros consagrados em suas atividades no exterior, diante da globalização que vem se acelerando.

Uma nova geração de empresários de origem japonesa, mas com larga experiência internacional, vem assumindo importância, como destacado num artigo publicado por Kunio Saijo no Nikkei Asian Review. Como havia uma série de críticas ao comportamento passado, a Hitachi passa o seu atual presidente Hiroaki Nakanishi para o posto de presidente do Conselho, e o seu sucessor é o atual vice-presidente sênior e diretor executivo Toshiaki Higashihara, formado pela Universidade de Tokushima, mas com longa experiência no exterior para onde viaja com frequência, onde conseguiu uma carteira de projetos de importância.

0108051-thumbx300

Toshiaki Higashihara recebe os cumprimentos de Hiroaki Nakanishi

Leia o restante desse texto »