Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Festas de Fim e Começo de Ano

3 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , , , ,

Algumas das coisas mais estranhas para os sul-americanos no Extremo Oriente são as festas de fim de ano. Na América do Sul, como na maioria dos países ocidentais, o Natal é uma das datas mais festivas, por influência do cristianismo, sendo um feriado, inclusive parte de sua véspera. É costume haver uma ceia na véspera, e um almoço no dia 25 de dezembro.

Evidentemente, no mundo não cristão, que compreende mais da metade do universo, a data não faz muito sentido, mas os interesses comerciais estão influenciando diversos países, criando um Natal para se presentear as pessoas a quem se quer agradecer.

No Japão, 25 de dezembro é um dia útil como qualquer outro, com jornada completa nos empregos, mas as lojas estimulam a venda de presentes. Os ocidentais que vivem por lá só comemoram o Natal à noite, com um jantar e troca de presentes, cultivando a chegada do Papai Noel ou do São Nicolau (Santa Claus, em inglês). Muitos esquecem que se trata de um feriado religioso, comemorando o nascimento de Jesus Cristo.
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A Crise Acelera Mudanças

3 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , , ,

Muitas são as notícias que nos informam sobre as transformações que estão ocorrendo no mundo para superar as dificuldades criadas pela profunda crise econômica que afetou a todos. Além de centenas de medidas para se ajustar aos novos tipos de demandas internas e externas, que passaram por significativas alterações, todas as economias do mundo estão sendo obrigadas a promover mudanças estruturais mais importantes. Isto ocorre na América do Sul como na Ásia.

Certamente haverá aperfeiçoamentos de envergadura não só nas atividades financeiras, principalmente internacionais, para que os problemas que ocorreram não se repitam. Como ao nível das produções de bens, porque esta crise está coincidindo também com uma maior consciência dos altos e iminentes riscos provocados pelo intenso uso dos combustíveis poluentes, que estão elevando o nível do aquecimento global, trazendo sérias consequências como as que já estão afetando o clima nas mais diferentes regiões do planeta.

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Trem Rápido Brasileiro

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: , , , , ,

O Japão foi o primeiro país que lançou o sistema de trem rápido, em 1964, chamado de Shinkansen (nova linha de trem), entre Tóquio e Osaka, uma distância equivalente a São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje, o sistema atende o Japão, praticamente, de norte a sul, com novas tecnologias constantemente desenvolvidas. E os japoneses se orgulham que nunca houve um acidente de monta, considerando-o tecnologicamente mais avançado do mundo, ainda que custoso. Além de atender regiões planas, o seu sistema de tração nos próprios vagões permite o desmembramento de um trem em diversos trechos, e diferentes áreas, até para as montanhosas.

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Janelas para o Mundo

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , , , , , , , | 4 Comentários »

Entre as muitas inovações de 2009 na imprensa brasileira, ressaltamos duas: o suplemento semanal da Folha de São Paulo com algumas traduções de artigos publicados no The New York Times, que já eram acessíveis pela Internet em inglês; e o JP On Line da rádio Jovem Pan, que começa a generalizar a chamada multimídia, envolvendo a Internet, utilizando imagens gravadas em vídeos, como se fora uma TV.

No suplemento da Folha, no artigo de Edward Wong “China exporta trabalhadores, alvo de rejeição”, destaca-se os problemas que estão ocorrendo no Vietnã com os trabalhadores chineses. Este fenômeno já vem acontecendo em diversas partes do mundo, como no Japão, onde trabalhadores legais e ilegais chineses competem com outros asiáticos e sul-americanos legais, em grande número. Chegam como turistas, estudantes ou estagiários legalmente, mas permanecem depois de espirar os prazos que lhes são concedidos, aceitando condições penosas de trabalho.

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Importantes Mudanças no Mundo

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , , , , , ,

A recente crise econômica mundial está determinando uma nova postura governamental em todos os países. Mesmo nos Estados Unidos, que possuía uma tradicional política econômica liberal, obrigou-se o governo a proteger bancos e empresas particulares de grande porte, para não aprofundar a sua crise, cujos efeitos se espalharam pelo mundo.

Nos países que aumentaram a sua importância econômica, como os emergentes China, Índia, Rússia e o Brasil, o papel do governo indutor ganha importância estratégica para o desenvolvimento do seu mercado interno, pois o comércio internacional sofreu grande revés. E a melhoria do padrão de vida de suas populações acaba sendo importante para minimizar os efeitos da recessão mundial. O desenvolvimento dos países está ligado à sua história. Os que estão chegando agora precisam adotar parte do que os desenvolvidos fizeram, quando as regras do comércio internacional eram menos controladas.

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Hierarquização

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: , , , , , , , | 5 Comentários »

Uma diferença acentuada ocorre na forma em que as pessoas se hierarquizam nas empresas da América do Sul e na Ásia, principalmente no Extremo Oriente, e o papel que cabe a cada pessoa nesta organização, muito por influência do confucionismo. Tudo está mudando rapidamente com a globalização, mas o básico ainda continua valendo em cada região.

Em ambas as regiões, a estrutura populacional está se alterando lenta, mas firmemente. O Extremo Oriente vem elevando o seu percentual de idosos, dada a longevidade de sua população, com preocupante redução da taxa de natalidade. Com defasagem de algumas décadas, na América do Sul a população também vem se comportando de forma similar. Mas na hierarquia empresarial, outros fatores acabam interferindo, além da idade.

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Desenvolvimento Tecnológico

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Empresas | Tags: , , , , , , , , | 3 Comentários »

Para que ocorram intercâmbios eficientes entre empresas sul-americanas e asiáticas é preciso compreender como as tecnologias se desenvolvem em ambas as regiões. Elas costumam ocorrer de formas diferentes, e podem explicar parte dos comportamentos dos empresários de cada lado.

Vamos aproveitar o exemplo de numa visita de empresários do setor têxtil brasileiro a uma unidade fabril considerada a mais avançada do Japão, já há algum tempo. Como na maioria das empresas japonesas, o seu desenvolvimento tecnológico veio ocorrendo pelo acúmulo de muitas contribuições de todos os seus funcionários. Foi um trabalho coletivo interno, sem nenhum destaque individual. Pouca contribuição veio de fora, de indústrias similares de outros países, que os funcionários japoneses pouco conheciam.

Esta indústria conseguia um produto da mais alta qualidade, apesar de usar matérias-primas que os brasileiros não consideravam as melhores. Os visitantes verificaram que muitos equipamentos utilizados pelos japoneses tinham similares mais avançados na Suíça ou na Alemanha. O segredo dos nipônicos estava na manutenção do conjunto da planta industrial e no ponto de ajustamento dos equipamentos, conhecimentos acumulados por muitas equipes internas desta empresa ao longo do tempo, e transmitidas oralmente através de gerações entre seus funcionários.

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Avanços na Comunicação Eletrônica

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: ,

Sobre as inovações da Rádio Jovem Pan, todos sabemos que o Brasil optou pela tecnologia digital de alta definição nipo-brasileira, que permite o uso da chamada banda larga. Mas, vendo para o exterior informa-se que estamos mais atrasados que seis países sul-americanos neste setor. Ser goleado pela Argentina dói muito mais.

Quando em 1985 o Brasil participou da EXPO TSUKUBA no Japão, há mais de 24 anos passados, a TV dos apartamentos colocados à disposição dos representantes estrangeiros já contava com sistema que, com toques na tela do monitor, era possível optar por compras na loja de departamento ou no supermercado. Como o que se faz hoje nas caixas eletrônicas dos bancos, mas não podemos fazer nos nossos computadores, por ironia.

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2010 e o Intercâmbio Asiático-Sul-Americano

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais | Tags: , , ,

Não obstante as sempre ressaltadas potencialidades deste intercâmbio, ele vem se recuperando, depois de ter registrado no passado um nível que impressionava o mundo. Montou-se, na segunda metade do século passado, um sistema logístico que permitia que os navios carregados de minérios brasileiros chegassem aos portos e siderúrgicas asiáticos, de forma competitiva, e trouxessem o petróleo do Oriente Médio.

Depois da crise mundial que recentemente abalou tanto a América do Sul como a Ásia, 2010 apresenta novas oportunidades de aumento do intercâmbio bilateral. A televisão digital de alta definição, com tecnologia nipo-brasileira, já se estende por alguns países sul-americanos e deve ganhar um grande impulso com a Copa do Mundo na África do Sul. Existem possibilidades para se instalar o trem de alta velocidade no Brasil, até com um consórcio internacional, que poderá ser definido nos próximos meses. Assim como diversos intercâmbios na área energética e ecológica, que devem crescer bastante.

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América do Sul

2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: ,

A América do Sul é de grande complexidade para a nossa própria compreensão, e objeto de grande interesse para os asiáticos. A sua diversidade étnica é grande e a informação formal precária, com algumas incorreções. Visto da Ásia a América do Sul é considerada pela sua população mais descontraída e alegre. E a origem genética dos indígenas é certamente asiática, pois eles nascem com as mesmas manchas roxas na nádega, que desaparecem em alguns meses.

Dividimos este vasto continente pela sua influência espanhola e portuguesa. A parte espanhola foi fragmentada politicamente, constituída de países de grande dimensão como a Argentina e outros menores como o Equador, os três antigos territórios Guianos (Francês – ainda não emancipado, o ex-Inglês e o Suriname, antes Holandês). Ou mesmo o Uruguai e Paraguai, com dimensões geográficas limitadas, e nível de desenvolvimento econômico diferenciado, com o Chile. Na medida em que aprofundamos o seu conhecimento, vemos que as diferenças são acentuadas dentro do mesmo país, como no Brasil, inclusive de ponto de vista étnico. Nestes cenários aparecem figuras exóticas como Chaves, com sonhos de uma reunificação bolivariana, inspirado exatamente em quem ajudou a dividir tudo.

 

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