Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Velocidade da Reconstrução Japonesa e Lições Para o Brasil

29 de março de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , , | 6 Comentários »

Como o prof. Delfim Netto colocou hoje, brilhantemente, na sua coluna no Valor Econômico, os mais credenciados economistas do mundo estão sendo obrigados a rever as teorias econômicas em que acreditavam pela imposição de novas realidades, com toda a humildade. Do Japão, já chegam as notícias que 90% dos aeroportos, das estradas e dos portos afetados pelos terremotos já foram restabelecidos. Que parte do racionamento de energia elétrica tornou-se desnecessária diante da redução voluntária do seu consumo, ajudada pelo aquecimento do clima que já permite as primeiras floradas das cerejeiras.

Os seres humanos, com destaque para os japoneses, são capazes, diante das catástrofes naturais, de mudar o comportamento que pode estar consagrado nas teorias e superar rapidamente os desafios a que estão sujeitos. A realidade é muito mais complexa que as admitidas pelos acadêmicos que orientavam, entre outras, muitas instituições financeiras nas suas análises.

Os nipônicos possuem poupanças nos seus fundos operados pelas instituições financeiras, estimadas em cerca de US$ 500 bilhões aplicados mundo afora, parte significativa no Brasil, estimada pelo mercado em cerca de US$ 80 bilhões. A velocidade com que elas podem retornar para a reconstrução japonesa pode surpreender os operadores do mercado, ajudando até as autoridades monetárias brasileiras que não terão que comprar e sustentar, com elevados custos, as exageradas acumulações de reservas internacionais, mantendo o câmbio em níveis razoável.

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Em apenas sete dias, esta estrada foi totalmente reconstruída

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