Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Problemas das Corrupções na China e a Indústria do Petróleo

5 de setembro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política, Editoriais e Notícias | Tags: , ,

Todos sabem das dimensões e dos poderes históricas das indústrias petrolíferas no mundo. Um artigo elaborado por Tetsuya Abe, publicado no site do Nikkei Asian Review trata do assunto mostrando o que está acontecendo na China, onde o Presidente Xi Jinping tenta eliminar a corrupção e onde Zhou Yongkang, um ex-membro poderoso do Politburo daquele país aparece como alvo principal, por ter acumulado uma fortuna estimada em US$ 14 bilhões. Quando em 1988 foi criada a CNPC – China National Petroleum Corp juntamente com duas outras estatais, a Sinopec – China Petrochemical Corp e a China National Offshore Oil Corp estes assuntos petrolíferos estavam sob o comando de Zhou Yongkang.

A Sinopec, de acordo com a Fortune, teve em 2013 um faturamento de US$ 457,2 bilhões, o terceiro das empresas no mundo, depois da Wal-Mart Stores e da Royal Dutch Shell, contando com o monopólio do mercado interno chinês e protegido pelos regulamentos governamentais. Mas, seu lucro líquido sobre as vendas foi de 2%, enquanto os gigantes de petróleo dos Estados Unidos e da Europa variavam entre 4% a 8%, o que levantava dúvidas sobre a sua eficiência, que permitia o dreno de parte dos seus resultados. A National Audit Office da China levantou dúvidas sobre um montante de US$ 4,24 bilhões na Sinopec entre os anos 2006 e 2013.

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                                                   China Petrochemical Corp.

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                                            China National Offshore Oil Corp.

Estas três empresas estatais chinesas contam com subsidiárias estão parcialmente listadas nas bolsas com 60% do total dos seus ativos.

O governo de Xi Jinping tenta fazer uma reforma para promover uma privatização das empresas petrolíferas, mas existem resistências. A Sinopec anuncia que irá vender 30% das suas ações em subsidiárias em postos de gasolinas para empresas privadas chinesas.

No entanto, acaba ficando a suspeita, segundo o artigo da Nikkei Asian Review que Xi Jinping estaria seguindo o exemplo russo de Vladimir Putin, acabando por criar um novo foco de corrupção.

Tudo isto estaria mostrando, também para o Brasil como outros países semelhantes como o México, que as privatização do setor de petróleo é complexo, exigindo transparências e controles democráticos e republicados, para não beneficiarem somente alguns grupos.