Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

The Economist Pergunta se Economistas Entendem o Povo

30 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , , , ,

Joan Robinson, consagrada economista inglesa já falecida, afirmava que tinha estudado economia para não ser enganada pelos economistas, que continuam exagerando nos seus conhecimentos. Na atual revista The Economist consta um importante artigo baseado nas contribuições de Daniel McFadden, Prêmio Nobel da Universidade da Califórnia, Berkeley, questionando o exagero do “homo economicus” que seria soberano nas decisões dos seus gostos, um olhar de aço na percepção dos riscos e sempre procurando a maximização da sua felicidade. Certamente, a teoria teria exagerado, pois dificilmente esta figura caricatural é encontrada na realidade, o que deveria levar a maior humildade da maioria dos economistas, cujos conhecimentos se baseiam em hipóteses não realistas.

Os antigos economistas tinham, na época que este segmento do conhecimento humano era conhecido como Economia Política, uma formação mais humanista, reconhecendo a importância da história, da geografia, da cultura, das ciências sociais e notadamente da política. A Europa ainda era o centro mundial dos conhecimentos acadêmicos, inclusive da economia. Depois da Segunda Grande Guerra, com a hegemonia norte-americana, o conhecimento tendeu a ser mais especializado, departamentalizado, e com o domínio de técnicas como a econometria, muitos modelos dos economistas passaram a ocupar os livros-textos cujas hipóteses nem eram profundamente discutidas. Abusos de toda ordem prevaleceram, e economistas se afastaram da dura realidade, muito mais complexa e cheia de limitações importantes.

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Daniel McFadden

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