21 de setembro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do prêmio Nobel Michael Spence, assunto fora das campanhas eleitorais, exemplo do Brasil, necessidade de tratar da melhoria da distribuição de renda
O prêmio Nobel de Economia Michael Spence, num artigo distribuído pelo Project Syndicate, trata de um problema crucial para a recuperação do crescimento da economia no mundo industrializado que difere substancialmente do que está sendo perseguido pelas principais autoridades monetárias dos Estados Unidos, da Europa e do Japão. Todos sabem que sem a criação de empregos e aumento dos consumos internos não há um mecanismo mágico para facilitar a saída dos atuais impasses.
Ele aponta no seu artigo, com propriedade, que os meios de estimular os consumos locais, que representam mais de dois terços da demanda global dos países industrializados, não podem ser feitos com o aumento do endividamento dos consumidores, e nem do aumento das exportações. Foram as expansões descontroladas dos créditos que acabaram por provocar a crise que se iniciou em 2008. E, não havendo demanda, não há como estimular os investimentos.
Michael Spence
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28 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: artigo do prêmio Nobel Michael Spence, distribuído pelo Projetc Syndicate, síntese respeitável
Quando um Prêmio Nobel em Economia como Michael Spence escreve um artigo distribuído pelo respeitável Project Syndicate, ainda que possa parecer uma generalização teórica, deve ser estudado com respeito, até por causa dos diversos cargos acadêmicos ou não que foram ocupados por ele. São lições decorrentes de sua longa e atualizada experiência, acompanhando o que vem sendo publicado em livros e vem se observando em muitas economias desenvolvidas, emergentes como o do Brasil e em desenvolvimento.
É evidente que num simples artigo nem tudo não pode ser resumido, mas a essência destes problemas acaba sendo detectado, e se torna importante para analisar o que acontece nas recentes crises e desacelerações em muitas economias. As nuances que são colocadas na análise recomendam a leitura intergral do artigo, que pode ser encontrado no: http://www.project-syndicate.org/commentary/why-do-economies-stop-growing.
Michael Spence, Prêmio Nobel de Economia
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7 de junho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: artigo do prêmio Nobel Michael Spence, muitas outras publicações, The Japan Times
Muitos livros e artigos sobre o desenvolvimento econômico da Ásia vêm sendo escritos, com destaque para a China e para a Índia, mas quando um prêmio Nobel de Economia, como Michael Spence, expressa seus pontos de vista convém prestar atenção. Segundo ele, os mercados emergentes estão aumentando de forma firme a sua participação na economia mundial. Eles fazem dela a estratégia de crescimento nacional, como na China e na Índia.
Ele diz que nas próximas décadas quase a totalidade do crescimento no consumo de energia, urbanização, uso de veículos, transporte aéreo e emissão de carbono virão dos países emergentes. Na metade deste século, o número de pessoas de alta renda vivendo nestas economias devem crescer para 4,5 bilhões, de cerca de 1 bilhão atual. O atual PIB mundial de US$ 60 trilhões deve triplicar nos próximos 30 anos.
Se os países emergentes utilizarem o mesmo padrão que foi utilizado pelos países hoje desenvolvidos, o impacto sobre os recursos naturais e o meio ambiente será enorme, e provavelmente desastroso. Energia segura e seu custo, água e qualidade do ar, clima, ecossistema em terra e nos oceanos, segurança alimentar e muito mais precisa ser cuidado.
A concentração atual deverá declinar, pois se continuar, cada país pressionará sobre os recursos naturais e o meio ambiente, tornará a sustentabilidade o maior problema global. Para mudar o curso, será necessário um sistema que permita conferir (compliance) o crescimento. Com o crescimento atual da China e da Índia, com a concentração revertida, eles terão 40 por cento da população mundial. Na metade do século, a Índia e a China terão 2,5 bilhões dos 3,5 bilhões adicionais da população de alta renda.
Para a Índia e a China, a sustentabilidade não será um problema global, mas um desafio interno, sem o que pode comprometer os seus próprios desenvolvimentos. Há uma preocupação crescente entre todos sobre a possibilidade deles continuarem cabendo no mundo futuro.
Há que se desenvolver um novo padrão de crescimento incentivando a sustentabilidade como prioridades nacionais e mundiais, tornando um dos seus ingredientes. Ninguém sabe como isto ocorrerá, mas terá que ser descoberto com experimentação e criatividade. Isto já está previsto no novo plano quinquenal da China, que prevê um crescimento mais baixo, de 7% ao ano, de forma sustentável.
O crescimento sustentável da Ásia exigirá incentivos para novas tecnologias, reduzindo os custos de meio ambiente e eliminando a ideia que os líderes têm somente desvantagens, e poucos benefícios.