Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Mudanças na China com a Poluição

27 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Uma inusitada manifestação da classe média chinesa acabou provocando um confronto com as forças policiais na China. Com os planos para a instalação de incineradores poluentes, a população da região, que havia comprado apartamentos nas proximidades, solicitou o seu cancelamento, no que não foi atendida. Acabou organizando uma manifestação que resultou neste confronto inusitado, mostrando ela está se organizando até para enfrentar o governo na defesa do futuro de suas crianças. Isto aconteceu em Hangzhou, mas tende a se propagar para outras localidades, colocando em risco a estabilidade social do atual governo de Xi Jinping. O assunto foi noticiado num artigo publicado no site da Bloomberg.

Todos sabem que o desenvolvimento acelerado da economia chinesa utilizando energias poluentes, como as geradas do uso do carvão mineral, além dos veículos poluentes, bem como indústrias que não providenciam despoluentes, está tornando o ar irrespirável na China, notadamente no inverno. A população está usando lenços como máscaras, mas seus benefícios são limitados. Muitos funcionários de empresas estrangeiras estão se negando a ser designados para trabalharem naquele país. O consumo de combustíveis menos poluentes, como o gás natural, ainda demandará muito tempo para alterar o quadro.

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Irregularidades dos Bancos Internacionais

17 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

O site da Bloomberg publica um artigo elaborado por David Voreacos, Tom Schoenberg e Greg Farrell informando que no mínimo duas pessoas familiarizadas com estes assuntos confirmaram que o grupo Credit Suisse, por intermédio de sua holding, está concluindo uma negociação com autoridades norte-americanas para pagar a astronômica quantia de US$ 2,5 bilhões para encerrar as investigações sobre suas irregularidades que algumas remontam desde 1950. O que se comentava até alguns dias atrás no mercado era um montante em torno de US$ 1,7 bilhão para este acordo. Eles teriam ajudado contribuintes do fisco norte-americano a evadirem recursos para a Suíça, como também outros bancos internacionais estão sendo investigados. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos teriam obtido o nome de 238 destes contribuintes de 22 mil contas, segundo o Senado daquele país.

Com o encerramento das investigações, os possíveis sonegadores não terão seus nomes divulgados. Este tipo de procedimento tem gerado críticas, principalmente depois de 2008 quando as autoridades norte-americanas estão assistindo banqueiros que contribuíram para as dificuldades que se espalharam por todo o mundo, sob a alegação que seus bancos são demasiadamente grandes para quebrarem, o que provocaria um problema sistêmico em todo o setor financeiro internacional. Se os bancos se dispõem a acordos destes montantes, imagina-se o volume dos lucros que obtiveram com estas irregularidades, bem como outras que continuam sendo investigadas.

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Bilionária Indiana Procura Soluções Para a Saúde

15 de maio de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Notícias, Saúde | Tags: , , ,

Um interessante caso de ação filantrópica está noticiado no site da Bloomberg referindo-se a Roshi Nadar Malhotra, filha de um bilionário hindu Shiv Nadar que fez fortuna nos negócios de computadores. Ela está investindo US$ 168 milhões para construir uma rede de clínicas de saúde para o tratamento de doenças agudas e crônicas, incluindo diabetes, asmas, estômagos e condições de peles. Sua empresa começa com 50 centros nos arredores de Nova Delhi, utilizando conhecimentos acumulados na área da eletrônica. Como os médicos de família desapareceram também na Índia, estão sendo criados ambulatórios, sem contar ainda com hospitais.

As ações básicas não chegam aos pobres indianos e os seus gastos chegam a US$ 280 bilhões em 2020, segundo um estudo efetuado pela Federação das Câmaras Indianas de Comércio e Indústria. O esforço que está sendo efetuado é conhecido como HCL Avitas e procura uma alternativa barata para aqueles que querem o tratamento para a gripe, congestão do peito, resfriados comuns e outras moléstias consideradas banais. As consultas nesta organização serão de um quarto do que é usual na Índia, que é de US$ 20. O Banco Mundial entende que estas ações básicas são vitais para um país de população pobre, pois os hospitais estão especializados em doenças mais graves, sendo que os mais simples podem ser resolvidos em ambulatórios.

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Roshni Nadar Malhotra

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Redução das Estimativas de Crescimento Chinês

15 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , ,

Havia no passado uma afirmação que uma tosse nos Estados Unidos provocava uma gripe no Brasil. Agora, quando o mundo se preocupa com a redução do crescimento da economia chinesa, como descrito num artigo publicado pelo site da Bloomberg, ainda que a estimativa para o ano se mantenha acima dos 7% ao ano, todos se preocupam com o seu impacto no resto do mundo. Notadamente em economias emergentes como a brasileira, que dependem muito das exportações para a China. O primeiro-ministro Li Keqiang já revelou suas preocupações, mostrando que as autoridades daquele país procuram tomar medidas adicionais para que esta desaceleração não seja muito expressiva, até porque o resto do mundo também não apresenta um crescimento robusto, capaz de compensar a redução chinesa.

As informações disponíveis mostram que no primeiro trimestre o crescimento teria sido estimado em 1,5%, quando a previsão anterior seria de 1,8%. Para os padrões mundiais, ainda são percentuais elevados, mas como se encontram num processo de reforma para dependerem mais do próprio mercado interno, que não é fácil, todos se preocupam que não consigam um soft landing. No caso brasileiro, também as indicações são de um crescimento que era mais robusto no primeiro trimestre, mas já no mês de abril nota-se um ânimo menor, principalmente dos consumidores. Como o quadro se apresenta cada vez mais complicado para o resto do ano, ainda que exista a Copa do Mundo, mas com o governo sofrendo crescentes pressões num ano eleitoral, as preocupações com um quadro externo mais difícil não injetam otimismo.

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Li Keqiang

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Os Norte Americanos e a Copa do Mundo

5 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , | 2 Comentários »

Um artigo publicado no site da Bloomberg por Kavitha A. Davidson tenta entender porque os norte-americanos adquiriram cerca de 10% dos bilhetes até agora vendidos pela FIFA para a Copa do Mundo no Brasil neste ano. Dos quase 1,6 milhão dos vendidos, 65% foram adquiridos pelos brasileiros, mas os norte-americanos chegaram a próximo a 10%, seguido de longe pelos australianos, ingleses e colombianos. A surpresa é a baixa venda para os argentinos, possivelmente pela crise econômica por que passam. Como é sabido, o futebol que chamam de soccer não está entre os esportes mais populares nos Estados Unidos, sendo superado pelo futebol americano, pelo basquete e pelas competições automobilísticas. Mas sabem que no mundo é o futebol que mais atrai público, e os meios de comunicação, como a televisão, devem estar ajudando na sua divulgação.

Como é sabido, os Estados Unidos foram sorteados para o grupo chamado da morte na primeira fase da Copa do Mundo, composta também pela Alemanha, Portugal e Gana, não havendo muito otimismo entre os especialistas para passarem para a segunda fase. Mas os fãs que adquiriram até agora os bilhetes da FIFA parecem mais otimistas, sabendo-se que dois países entre os quatro serão classificados. Parada dura, pois muitos consideram que a Alemanha e Portugal são os favoritos, mas não se pode desprezar nem Gana e nem os Estados Unidos. As informações são que mesmo na África do Sul, quando os norte-americanos ainda não estavam tão bem, muitos foram fazer turismo naquele país.

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Alemanha, Portugal, Estados Unidos e Gana compõem um grupo difícil

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As Mudanças na Economia Chinesa

28 de fevereiro de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Com o início das mudanças na administração do câmbio na China, tudo indica que ela entrou na fase das reformas que o governo de Xi Jinping pretende introduzir na economia chinesa, e os ajustamentos necessários devem ser dramáticos. O site da Bloomberg publica um artigo sobre o assunto, prevendo que possivelmente isto provocará um crescimento mais lento da China. Os custos dos recursos humanos já estavam se elevando e os subsídios diretos e indiretos dos juros, da energia, terra, água e outras formas de incentivo da economia começam a afetar muitos setores como o do aço, vidro, papel, autopeças, equipamentos energéticos, alimentos, têxteis e outros. Setores fundamentais como o da energia e construção naval também são citados pelos analistas estrangeiros. Estima-se que em 2010 o suporte para a indústria chinesa somava cerca de 10% do PIB, segundo estudos de Huang Yiping, vice-presidente da National School of Development da Universidade de Peking, algo em torno de US$ 593 bilhões.

As repercussões internacionais também serão importantes, como para os fornecedores de minérios para as siderurgias chinesas. Muitos setores terão que alterar os seus planos, havendo casos em que estarão fora do mercado, cujas indicações passam a comandar a economia, onde antes predominavam as decisões do governo. A estimativa de Huang Yiping é que o crescimento da economia chinesa pode ser reduzido em 3% durante os próximos três anos. Os subsídios e os câmbios controlados visavam reduzir a pobreza do país. Michael Pettis, um conhecido especialista sobre a China, é mais pessimista e estima que no final do mandato de Xi Jinping em 2022 o crescimento chinês deve ser de 3 a 4 por cento. O Fundo Monetário Internacional é mais otimista.

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