Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

A Gastronomia de Rua de São Paulo

2 de abril de 2014
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias | Tags: , ,

Um interessante artigo de Maria da Paz Trefaut, publicado no Valor Econômico, relata as experiências do famoso chef Thierry Marx, do consagrado Sur Mesure, por São Paulo. Ele se hospedou no Hotel Unique na proximidade do Parque Ibirapuera e, deslocando pelos seus arredores como para o Morumbi, ficou com a impressão que não havia na capital paulista uma gastronomia de rua que ele considera a mais autêntica e expressiva de uma metrópole. Mas acabou reformulando o seu conceito na visita ao Mercado Municipal, onde pode observar ingredientes importados de várias origens como locais e, na medida em que contava com a oportunidade de experimentar algumas coisas que foram oferecidas, como conversando com os donos de algumas barracas, entendeu que não era na rua, mas em locais como aquele é que havia uma verdadeira gastronomia de rua que mostrava as peculiaridades das adaptações locais.

Mas existem alguns dos seus hábitos que mostram que pode se elaborar uma gastronomia consagrada e reconhecida até pelos guias mais famosos do mundo, sem que ele tenha usado um ingrediente como o bacalhau seco, muito aproveitado no Brasil, principalmente pela influência portuguesa. Na realidade, poucos países do mundo, e até mesmo Paris, conta com a diversidade de ingredientes influenciados pelas diversas correntes migratórias que vieram para o Brasil, tanto para a alta gastronomia como alimentação popular.

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Mercado Municipal de São Paulo

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Sementes de Hortaliças da Sakata no Brasil

4 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias | Tags: , , , | 2 Comentários »

Um artigo de Luiz Henrique Mendes informa que o fornecimento de sementes de hortaliça do tipo alface, brócolis e pimentão estão sendo efetuado no Brasil pela empresa japonesa Sakata Seeds, que tem como presidente o engenheiro agrônomo Nelson Shoiti Tajiri. Ele é formado nas primeiras turmas de agronomia da Unesp e iniciou a sua carreira na antiga Cooperativa Agrícola de Cotia, que contava com uma unidade para o fornecimento de sementes chamado Agroflora, para produzir sementes adaptadas para as condições brasileiras.

A Sakata já foi poderosa no fornecimento de sementes de tomate entre 1990 e 2005, com os tomates chamados de longa vida, tendo perdido terreno para suas concorrentes internacionais, como a Monsanto e a Syngenta. Mas, como a Sakata detém a tecnologia dos tomates chamados “sweet grape”, que está com o consumo para mesa em crescimento, poderá recuperar parte do mercado. O artigo informa que a Cooperativa Agrícola de Cotia tinha tecnologia adaptada para as sementes voltadas para o clima tropical.

Data: 26/11/2013     
Editoria: Agronegocios
Reporter: Luiz Henrique Mendes
Local: Braganca Paulista, SP.
Pauta: Materia sobre a Sakata, empresa centenaria de sementes de hortalicas.
Setor: Agricultura
Tags: horatlicas, sementes, frutas
Personagem: Nelson Shoiti Tajiri, presidente da Sakata, fotografado durante entrevista na area de campo da Sakata Field Day, evento promovido pela Sakata em Braganca Paulista.
Foto: Silvia Costanti / Valor

Nelson Shoiti Tajiri. Foto: Valor Econômico

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Divulgação do Chorinho Brasileiro

3 de dezembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias | Tags: , , ,

Num brilhante artigo escrito por Robinson Borges, no Eu & Cultura do Valor Econômico, informa-se sobre a ativa divulgação do Clube do Choro existente em Brasília, tendo como um persistente trabalho do Reco do Bandolim. Ele, que começou a carreira com o rock em Brasília, acabou sendo conquistado pelo estilo da mais autêntica música brasileira, o chorinho, que conta com ícones como Nelson do Cavaquinho, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho, lembrados na rádio Jovem Pan de São Paulo pelos dois diretores veteranos Antonio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta, e Nilton Travesso para deleite dos saudosistas das boas coisas brasileiras. O interessante foi que Reco do Bandolim acabou se convertendo ao chorinho na Bahia, pelas leituras de Moraes Moreira e Armandinho Macedo sobre os trabalhos de Waldir Azevedo e Jacob do Bandolim.

Brasília é certamente a Capital que reúne brasileiros de todo o país, muitos que foram por circunstâncias políticas dos seus Estados e acabaram se arraigando na cidade, num das mais formidáveis integrações do país. O chorinho é originário do Rio de Janeiro, a antiga Capital, que contribuiu com um importante contingente de migrantes, com suas bagagens culturais. Em Brasília, informa-se que democraticamente ministros, altas autoridades e diplomatas estrangeiros participam dos eventos para usufruir um dos estilos musicais mais marcantes do Brasil.

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Grupo Choro Liivre, do Clube do Choro de Brasília. Foto: Renata Samarco

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Dificuldades das Autoridades Para Pequenos Colonos

24 de setembro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, Política, webtown | Tags: , ,

Lamentavelmente, depois de quase três décadas após deixar a presidência do INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, lendo um artigo no Valor Econômico sobre os pequenos colonos que batalham junto à Transamazônica, escrito por Carine Ferreira, vejo que pouco mudou para eles. O que me deixava muito triste era constatar que para eles as autoridades brasileiras tinham a infeliz imagem de que eram pessoas que só lhes criavam dificuldades. A jornalista descreve que os pequenos produtores de cacau continuam enfrentando dificuldades para contar com títulos de suas terras, incompreendidos pelos que pensam estar defendendo a ecologia e enfrentando todas as dificuldades para sobreviverem produzindo heroicamente nos confins deste país.

Eles deveriam ser tratados como verdadeiros heróis por estarem cultivando o cacau em condições tão adversas. Os artigos mostram que produzem o mesmo de forma orgânica, estão organizados em cooperativas, ocupam a floresta com o que melhor podem preservá-la, e continuam aumentando a sua produção apesar de todos os funcionários públicos que só lhes criam dificuldades. Chegam a produzir para que seus produtos sejam exportados, contribuindo com grande sacrifício para colaborar com o Brasil. Mas continuam sendo ameaçados por injustas desapropriações para a construção de usinas como Belo Monte, por valores insignificantes.

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Café Plantado na Sombra do Mogno

21 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Os especialistas informam que o café plantado em áreas sombreadas proporciona uma bebida de qualidade porque seus frutos amadurecem de forma mais uniforme. O jornal Valor Econômico noticiou há alguns dias que o grupo mineiro Monteiro Tavares está plantando café à sombra do mogno, num projeto que visa associar uma produção mais rápida com a extração do mogno que demanda uma espera de 12 a 16 anos até o primeiro corte. Como todos sabem, o mogno é uma madeira nobre muito utilizada em mobiliários de alta qualidade desde séculos, quando era disponível em matas naturais.

O café plantado com outras associações sempre foi comum, mas porque o café até ser planado em renques confinados levava anos para começar a produzir, e culturas intercalares de diversos tipos eram comuns. Agora, com as exigências de madeiras certificadas, as plantações de mogno também se tornaram necessárias, havendo culturas de alto valor comercial como o café para sustentar o período de sua maturação. Estas variadas técnicas não são recentes, havendo exemplos pioneiros do começo do século XX.

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As Constantes Mudanças nas Condições Para o Trem Bala

12 de junho de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

O governo brasileiro insiste na construção do trem bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro, ainda que as condições não sejam as ideais para este tipo de trem, cujas tecnologias vêm melhorando ao longo dos últimos anos, exigindo muitas mudanças nas condições estabelecidas no edital. Anuncia-se agora que as propostas para a operação por 40 anos e a tecnologia a ser utilizada devem ser entregues até 13 de agosto próximo, com a União reduzindo o lance inicial para atrair os investidores. Segundo os estudos da EPL – Empresa de Planejamento e Logística, informa-se que o mínimo por trem quilômetro de R$ 70,31 deve ser reduzido para R$ 65,00, procurando proporcionar uma TIR – Taxa Interna de Retorno de 7,2% ao ano, segundo a informação do presidente Bernardo Figueiredo ao Valor Econômico.

O Brasil é um país extenso, com uma população ocupando um amplo território, com concentrações urbanas dispersas, que não pode contar com elevada intensidade de tráfego em curtas distâncias. Dos diversos tipos de trens rápidos existentes no mundo, informa-se que somente dois trechos apresentam resultados econômicos: de Tóquio a Osaka, que conta com diversas cidades intermediárias de porte; de Paris a Lion, também numa região amplamente ocupada. Todas as demais são deficitárias, mesmo na Europa que conta com um território limitado e grande intensidade demográfica, o que também ocorre na China e em Taiwan. Sem uma massa significativa de potenciais passageiros, um trem de alta velocidade dificilmente contará com uma razoável viabilidade econômica.

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Bernardo Figueiredo, presidente da Empresa de Planejamento Logístico

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Queda do Custo do Crédito no Brasil

1 de abril de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

O jornal Valor Econômico publica uma extensa matéria de Fernando Torres e Carolina Mandl mostrando que as pressões das autoridades provocaram expressivas quedas do custo do crédito no Brasil nestes últimos doze meses. As linhas para as pessoas físicas, segundo o levantamento do jornal, foram mais expressivas na Caixa Econômica, com mais de 30%, e até nos bancos privados a queda mais baixa foi de mais de 10%. Entre as pessoas jurídicas, a maior queda foi do Banco do Brasil, com 24,5%, e as menores quedas nos bancos privados chegaram a 12,7%, tudo considerado desde março do ano passado, quando começou a campanha do governo. No geral, os cortes foram superiores aos observados na taxa Selic, provocada pelo Banco Central.

As quedas foram mais expressivas nos primeiros meses, como em abril do ano passado, sendo menores ao longo do tempo, mas elas continuaram se prolongando principalmente com relação aos empréstimos para as pessoas jurídicas. No crédito imobiliário, chegou-se ao novo normal, com uma taxa média em torno de 9% ao ano. Os executivos dos bancos afirmam que somente em linhas específicas ainda existem alguns espaços para quedas, como no crédito consignado.

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Diversificação do Uso do Etanol nos Veículos

8 de março de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Um amplo artigo publicado por Fabiana Batista e Bettina Barros no Valor Econômico informa a diversificação que está ocorrendo no Brasil com o etanol que começou sendo utilizado nos automóveis populares e caminham para outros veículos poluentes. Os aviões agrícolas já utilizam o etanol há alguns anos, as motos e os caminhões passam agora por uma fase da expansão do seu uso. Na realidade, todos estes veículos são importantes poluidores do meio ambiente, tanto de monóxido de carbono e material particulado como dióxido de enxofre.

O Brasil foi pioneiro no uso intensivo de etanol, puro ou misturado à gasolina. A partir de 2003, com a contribuição da Bosch, desenvolveu-se a tecnologia flex que permite o uso alternativo da gasolina ou do etanol nos motores, dependendo dos preços dos combustíveis, considerando as diferenças de potência deles. O mundo passou a utilizar os chamados híbridos, principalmente de gasolina e energia elétrica. Mas também o diesel vem sendo substituído por combustíveis não poluentes.

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Frotas de caminhões e motos flex vêm aumentando

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Variedades de Tomates Produzidos no Brasil

29 de janeiro de 2013
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

Quem frequenta um grande mercado como o Ceagesp de São Paulo fica impressionado com a velocidade com que novas variedades de produtos estão sendo oferecidos aos consumidores, tanto de verduras, frutas, flores como de cebolas e tomates. Sempre existem novidades que não são conhecidas até pelos frequentadores habituais. Muitos produtores agrícolas estão se empenhando nestas inovações, com alguns apoios de instituições de pesquisa como a Embrapa, mas principalmente com os fornecedores internacionais de sementes.

A jornalista Janice Kiss publicou um artigo no Valor Econômico dando conta que uma variedade de tomate conhecida como Intense ganha à preferência dos consumidores, enquadrada na classe gourmet onde predominam as pequenas do tamanho de uma uva, apesar do seu tamanho normal, que estão ampliando suas presenças nas lojas de varejo. Conta com o trabalho de agricultores como Edson Trebeschi que utiliza, para tanto, um vinil house, para ter um total controle das condições climáticas, inclusive da quantidade de água. Ele foi conhecer este novo produto na Alemanha, que já está sendo comercializada na Europa, Estados Unidos e Austrália.

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O tomate e algumas de suas variedades

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Intercâmbio Comercial do Brasil com a China

23 de outubro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 2 Comentários »

Marta Watanabe, jornalista do Valor Econômico, publica um interessante artigo na edição de hoje, referindo-se, com base nos dados até agosto último, que a China ultrapassou os Estados Unidos e a Argentina como a principal fonte das importações brasileiras, utilizando dados da Funcex e do MDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Utiliza informações fornecidas por Welber Barral para mostrar que os produtos importados da China não são mais quinquilharias, mas produtos intermediários, inclusive de bens de capital, como decorrência dos investimentos dos grupos chineses que estão sendo feitos no Brasil.

Segundo o artigo, os negócios intracompanhias estão aumentando, como já ocorreu em outros países, nas empresas automobilísticas que traziam alguns modelos e componentes do exterior, ao mesmo tempo em que promovia a exportação de outros. Não parece que o caso chinês se enquadra dentro deste esquema, ainda que algumas empresas como a SANI, de equipamentos pesados para a construção civil, já promovem a importação de máquinas e componentes, sendo difícil que faça o mesmo a partir do Brasil.

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Gráfico publicado no Valor Econômico

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