Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Curso Para o Relacionamento Comercial Com os Chineses

20 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , ,

O Valor Econômico publica um interessante artigo elaborado por Maria da Paz Trefaut sobre o comportamento dos empresários brasileiros nos seus relacionamentos com os chineses, mostrando algumas diferenças culturais, bem como a inadequada compreensão quando está se negociando com eles. Algumas coisas são comuns, mas o curso a ser ministrado na Casa do Saber por Ling Wang, nascida em Taiwan, só poderá ensinar o básico, pois obviamente nem todos os chineses são iguais, apesar dos ocidentais terem dificuldades até para diferenciar as fisionomias dos orientais, e vice-versa.

No rápido resumo efetuado pelo artigo, decorrente de uma possível entrevista efetuada com Ling Wang, informa-se que ela abriu a W!n Education, Business Support em 2001, quando percebeu que o intercâmbio entre o Brasil e a China deveria crescer ao longo dos anos. Ela inicia o curso “O Negócio da China – Introdução à Cultura, Costume e Negociação”, que deverá fornecer os conhecimentos básicos indispensáveis para que muitas inconveniências não ocorram nestes relacionamentos.

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A Construção Naval no Brasil

2 de agosto de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , , | 2 Comentários »

O Valor Econômico de hoje publica, com as autorias de Francisco Góes e Diogo Martins, três artigos importantes destacando o papel desempenhado por Nobuo Oguri, um japonês que se tornou engenheiro naval no Brasil, tendo colaborado com empresas de grande importância como a Ishibrás, Verolme e Emaq, ajudando a aumentar os componentes brasileiros. Segundo o jornal, ele teria declarado: “É preciso entender que o sócio estratégico somos nós, temos a demanda e o mercado. As estrangeiras podem vir para ajudar”. O artigo, que merece ser lido na sua íntegra, menciona aspectos da história da construção naval no país e no mundo, mas sente-se que existem algumas poucas lacunas que são necessárias para o completo entendimento dos problemas do setor.

Ainda que o setor de construção naval do Brasil tenha sido a maior do mundo, lançando cerca de um milhão de toneladas TDW por ano, por que chegou a ponto de quase extinção, quando seu papel passou a ser ocupado pela Coreia e pela China? Hoje existe uma grande demanda de navios como equipamentos da construção naval para a exploração principalmente do pré-sal. Mas por que não somos competitivos, tendo que importar componentes que estão limitados pela legislação?

Data: 11/07/2012      
Editoria: Empresas
Reporter: Francisco Goes
Local: Centro cultural da Marinha no Centro, Rio de Janeiro.
Pauta: Entrevista com o engenheiro Nobuo Oguri, lenda viva da industria naval brasileira
Personagem:  O engenheiro Nobuo Oguri, 86 anos.
Foto Luciana Whitaker/Valor

Aos 86 anos, o engenheiro Nobuo Oguri defende a criação de uma indústria naval brasileira forte e rebate as críticas de que o produto brasileiro é mais caro (Foto: Luciana Whitaker/Valor)

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Complexidade dos Fluxos Financeiros Internacionais

7 de maio de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Um artigo sobre o assunto dos controles dos fluxos financeiros internacionais foi publicado por Alex Ribeiro no Valor Econômico, com base nas informações pessoais fornecidas pelo diretor brasileiro e de outros países no FMI – Fundo Monetário Internacional, Paulo Nogueira Batista Junior. Este assunto é de grande complexidade, pois, dependendo da conjuntura econômica, tende a se agigantar, havendo interesses divergentes entre os países membros. Em princípio, os recursos gerados pelos países mais desenvolvidos tendem a procurar as economias que necessitam dos mesmos, e por isto remuneram melhor, para financiarem os seus investimentos e acelerarem o seu desenvolvimento e, neste sentido, são necessários.

No entanto, como os fluxos financeiros internacionais são volumosos, superando em muitas vezes os decorrentes dos fluxos comerciais, quando as economias desenvolvidas aumentam a sua disponibilidade visando retomar o crescimento de suas economias, uma parte substancial dos mesmos acabam se dirigindo para países que apresentam melhores remunerações e outros que são considerados mais seguros. Assim, até a Suíça acabou sendo obrigada a estabelecer um limite para a variação do seu câmbio, procurando coibir o exagerado influxo de recursos naquele país.

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Paulo Nogueira Batista Junior

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Centro de Pesquisas da britânica BG no Brasil

20 de abril de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Notícias, Política | Tags: , ,

Em que pesem todas as dificuldades compreensíveis o Brasil vem atraindo as atenções mundiais. Agora, a inglesa BG Group anuncia que o seu CGT – Centro Global de Tecnologia será construído no Rio de Janeiro, devendo investir até 2025 US$ 2 bilhões, que significa uma média anual de US$ 154 milhões, uma cifra impressionante. O BG Group dedica-se ao setor de gás e petróleo, e, segundo o artigo de Francisco Góes, publicado pelo Valor Econômico, ele pretende que o CGT seja a sua ponta de lança da sua política de pesquisa e desenvolvimento. Uma sua referência é o ITA – Instituto Tecnológico da Aeronáutica em São Jose dos Campos.

As declarações ao Valor Econômico foram dadas por Henrique Rzezinski, vice-presidente corporativo e de política pública do BG Brasil. Seria um grande polo de pesquisa e desenvolvimento que operará em conjunto com parcerias com universidades e centros de pesquisa no país, integrado via alianças com uma rede de excelência em petróleo e gás em países como a Inglaterra, Estados Unidos e Escócia. A escolha decorreu de sua previsão de produção de 600 mil barris de óleo equivalente por dia, ao final da década, tornando-se a segunda produtora seguindo a Petrobras.

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Henrique Rzezinski

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Chef Vítima dos Desastres no Japão dá Demonstração no Brasil

21 de março de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: , ,

Koichi Mori, chef mestre de sobá, relata sua experiência comovente de vítima do triplo desastre em Sendai, capital da província de Miyagi, e dá uma simbólica demonstração da tenacidade de um povo que luta pela reconstrução. Dois artigos de Marli Olmos foram publicados hoje no Eu & Blue Chip do Valor Econômico falando deste evento. A rápida descrição do chef de como foi atingido pelo desastre, que possivelmente foi um dos poucos relatos feitos ao vivo em São Paulo e causou um forte impacto na plateia. Ele foi preciso: “Eram 2h46. Eu estava no mercado. Fazia compras para o restaurante (que é de sua propriedade), quando o teto começou a cair. Havia muita coisa no chão e não sabia onde pisar. Quando saí, vi gente ferida e ruas inundadas. Pessoas andavam, corriam, como num filme. E isto me causou medo…¨ usando um roteiro rabiscado, pois falar não é sua especialidade.

O chef Koichi Mori possui o restaurante Koimon-ya Mori, um dos cada vez mais raros que servem macarrões japoneses preparados manualmente no próprio estabelecimento. Quando lá chegou, ele viu um tapete de cacos de louças, cerâmicas e copos de uns 15 centímetros de altura, tudo destruído. A parede do estabelecimento estava rachada com o tremor. A casa onde ele dava aulas sobre os preparos destes macarrões foi engolida pelo tsunami e nada restou, informou ele com voz embargada e olhos lacrimejados.

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Chef Koichi Mori / Chieko Aoki acompanhou o preparo com atenção

O sobá foi escolhido para a demonstração, pois é típico da região atingida pelos desastres no Japão e é consumido especialmente na virada do ano, pois sendo fino e longo representa votos de vida por muitos anos com resistência, à semelhança com o que acontece com o bambu.

Na demonstração, o chef Koichi Mori mostrou que realmente é um mestre no assunto, pois usando o trigo normal e o sarraceno do Brasil constatou que ele tinha menos elasticidade que o japonês e usou duas manobras criativas. Misturou na massa um pouco de cará ralado que aumentando a elasticidade, permitiu que o sobá ficasse longo e não quebradiço. Também para melhorar o seu sabor e a coloração acrescentou o “matchá”, que é o pó de chá verde utilizado nas cerimônias de chá.

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Para dar a melhor consistência à massa, o mestre o amassou como fazem os ceramistas com o barro, num gesto repetido muitas vezes. A massa é esticada, inicialmente na forma circular, que com muitos processamentos ganham uma forma retangular, que dobrada fica preparada para o corte.

Este corte, com uma faca especial, e todos os instrumentos utilizados possuem nomes específicos, foi ajudado por um apoio, permitiu uma uniformidade com grande rapidez na sua finalização, impressionando todos que assistem ao processo.

Como estamos ainda com um clima quente, o sobá assim preparado e cozido em água quente vai sendo esfriado, primeiro numa água com gelo, e depois numa peneira somente com gelo, pronto para ser degustado com um molho especifico.

Nada melhor que esta homenagem e o agradecimento a todos que contribuíram com doações para as vítimas do triplo desastre, promovido pelo Consulado Geral do Japão em São Paulo, Fundação Japão, os hotéis da cadeia Blue Tree e Shin Koike do restaurante Aizomê. Ele também fez uma demonstração de um nhoque de sobá com molho de rabo bovino.

Tudo isto acabou atraindo a mídia, pois contou também com a presença de um jogador chinês do Corinthians que estava com uma camiseta do clube com a inscrição em japonês: Força Japão, lembrando que os japoneses ajudaram num terremoto que ocorreu na China, como os chineses no Japão.


O Bacalhau Tropical

23 de janeiro de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: , , ,

Os brasileiros vêm considerando o pirarucu, há décadas, como o “bacalhau” da Amazônia, por ser vendido salgado, ainda que processado de forma primitiva. O jornal Valor Econômico publica hoje um artigo de Bettina Barros com o título “Amazonas lança o seu ‘bacalhau tropical”, com um conjunto de informações relevantes.

Como é do conhecimento geral, o pirarucu é um peixe amazônico de grandes dimensões, com carne relativamente escura e gordurosa, e graças a um esforço público-privado deve chegar à mesa dos brasileiros de forma mais atraente que a atual. Até agora era consumido popularmente, não gozando de grande prestígio, em decorrência de sua conservação precária, com o sal, que não lhe dava uma aparência muito atrativa nem sabor interessante.

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A Onda dos Izakayas no Japão e no Brasil

21 de novembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Editoriais, Gastronomia, Notícias, webtown | Tags: , ,

Os antigos nomi-yas (literalmente, estabelecimentos onde se bebe) ganharam uma versão atualizada com a denominação de izakayas e até mereceram um extenso artigo da Maria da Paz Trefaut, publicado no Valor Econômico. No Japan Today, publica-se uma lista dos melhores izakayas de Tóquio, mostrando que houve um sensível aperfeiçoamento nestes estabelecimentos nos últimos anos, virando uma nova onda internacional, como as que espalharam o sushi por todo o mundo. Existem até redes com muitos estabelecimentos, abandonando os agradáveis ambientes familiares do passado.

Junto com boêmios do naipe de um artista como Manabu Mabe, tive o privilégio de conhecer os antigos nomi-yas onde a “mama-san” nos servia bebidas acompanhadas de petiscos caseiros de sua própria lavra, normalmente conservas como os tsudanes, conservas variadas com ingredientes mágicos, como os produzidos utilizando os noris, algas que já não eram adequadas para, por exemplo, um maki-sushi. Cada pequeno bar tinha o seu tempero específico, e os fregueses, normalmente habituês, jogavam conversa fora com a proprietária que ficava do outro lado do balcão, sempre com uma conversa inteligente.

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Artigos do Professor Antonio Delfim Netto

19 de julho de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , , ,

Se existe uma qualidade a ser destacada do professor Antonio Delfim Netto, com quem convivo há quase meio século, é a sua capacidade de captar, melhor do que todos, os problemas relevantes com a antecedência necessária. Muitas vezes, ele os apresenta de uma forma que somente os especialistas podem entender na sua plenitude, mas também como hoje, na sua coluna semanal no Valor Econômico, cuja apresentação é didática, de fácil compreensão para os leigos.

Ele resume um quadro mundial preocupante, com diversos fatos: a primeira com a desarrumação nos Estados Unidos numa disputa eleitoral entre os republicados que dominam o Congresso, e os democratas que estão no Executivo com Barack Obama, que dificultam a solução de problemas que podem afetar a todo o mundo, com possibilidade de um default norte-americano. A segunda são as dificuldades que aparecem na China, onde não ficam claros os problemas que ainda podem ser revelados ao mercado. O terceiro são as dificuldades europeias que tentam resolver seus problemas estruturais como se fossem meramente de liquidez. E, finalmente, a mudança das colocações da mídia internacional sobre o Brasil, que beneficiaram fartamente seus leitores pelos elevados juros elevados, e agora resistem às correções que estão sendo promovidas pelas autoridades brasileiras.

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Presença Chinesa no Pré-Sal Brasileiro

21 de fevereiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia, Editoriais | Tags: , ,

Um extenso e cuidadoso artigo de Cláudia Schüffner foi publicado no jornal Valor Econômico de hoje, reportando que os investimentos chineses no pré-sal já se aproxima meteoricamente dos da BG Group inglês, com aplicações superiores a US$ 10 bilhões, tendo acesso a uma área de 1.232 quilômetros quadrados nas bacias de Campos, Santos e Espírito Santo. A área do BG Group soma uma área de 1.361 quilômetros quadrados, segundo o artigo.

A China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec) teria adquirido 40% da espanhola Repsol nos campos Carioca e Guará, sendo a maior operação. A Sinochem teria adquirido 40% do campo Pelegrino, da norueguesa Statoil. Os chineses não teriam ido às concorrências da Agência Nacional de Petróleo, dispondo-se de poucas informações sobre os possíveis comprometimentos de fornecimentos das produções.

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Nem Sempre o Mercado Funciona

17 de janeiro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Economia e Política | Tags: , ,

Mesmo com todas as imperfeições que os economistas conseguem apontar nos mecanismos de mercado, há um razoável consenso que se trata dos menos deficientes para conciliar duas aspirações básicas dos seres humanos: uma eficiência razoável no sistema econômico com a possibilidade da liberdade política. O professor Delfim Netto vem insistindo neste tema ao longo de sua carreira. No jornal Valor Econômico de hoje, um extenso artigo identifica que, mesmo depois da crise de 2008, os executivos do setor financeiro encontram-se entre os mais bem pagos em todo o mundo.

O mercado, que nunca é perfeito, deveria expressar mesmo em parte a escassez relativa desta mão de obra especializada e a eficiência dela no processo produtivo. No entanto, mesmo com a transferência de muitos engenheiros, advogados e outros profissionais para o setor financeiro, há que se constatar que suas remunerações se mantêm relativamente elevadas. E mesmo que sua criatividade tenha gerado uma série de inconveniências em todos os setores produtivos das variadas economias do mundo. O artigo mostra que eles obtêm melhores remunerações que profissionais de cirurgia ou cientistas que trabalham em pesquisas estratégicas, com o mesmo tempo de atividade profissional.

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