Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Influência Cultural de Confúcio na Democracia Asiática

16 de julho de 2012
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , ,

Andrew J. Nathan, professor de política na Universidade de Cambridge, publicou uma resenha no Foreign Affairs sobre o livro de Doh Chull Shin, “Confucionism and Democratization in East Asia”, publicado pela Cambridge University Press, 2011. O livro, segundo a resenha, procura mostrar que a democratização naquela região da Ásia não tem uma relação direta com a cultura local, fortemente influenciada por ensinamentos de Confúcio. O conceito que eu procuro adotar pessoalmente é que a democracia asiática tem características próprias diferentes da que foi concebida pelas Revoluções Americana e Francesa, por estabelecer uma hierarquia na sociedade influenciada pelo confucionismo, onde nem todos são iguais, inclusive do ponto de vista político.

Na resenha do livro, que pode ser obtido na sua íntegra no Foreign Affairs, informa-se que a Ásia sofreu uma onda de democratização a partir de 1980, mas o autor Doh Chull Shin escreve que há apenas seis democracias para cada dez países, havendo regimes autoritários, os que alternam os eleitos e não, e a China com seu sucesso econômico e estabilidade política desperta interesse dos estudiosos. O que torna a Ásia tão difícil para que a democracia ocidental crie raízes? Parte pode estar na cultura local, o que é discutido no livro.

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“O Homem que Amava a China”

8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: , , , , , , | 1 Comentário »

de Simon Winchester, São Paulo, Companhia das Letras, 2009.

A tradução de Donaldson M. Garschagen do livro “The man who loved China”, com o subtítulo “A fantástica história do excêntrico cientista que desvendou os mistérios do Império do Centro”, é uma biografia do bioquímico inglês Joseph Needham. Ele era da Cambridge University, conquistou prestígio acadêmico muito jovem, faleceu aos 94 anos, em 1995, e era considerado o maior conhecedor da China no Ocidente.

Needham era socialista, ativista, nudista, mulherengo, amante de locomotivas e carros esportivos, e dominava muitos idiomas. Na década de 30 do século passado, passou a interessar-se pela China, chegando a dominar o chinês, inclusive o arcaico. Simon Winchester, o autor do livro, é geólogo de formação e escreveu para consagradas publicações.

Este livro é das biografias mais fascinantes, envolvendo pesquisas profundas e enriquece o fenomenal trabalho de Needham, que organizou o monumental “Science and Civilisation in China”, em seis volumes, a mais completa enciclopédia sobre o assunto. Escreveu dezenas de outros livros e artigos sobre a China, a maioria publicada pela prestigiosa Cambridge University Press. Estava convencido de que o mundo necessitava conhecer mais a Ásia, principalmente a China.

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Comentários sobre o livro “O homem que amava a China”

8 de janeiro de 2010
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , , , , , ,

Não poderia deixar de me apaixonar por este livro e que ele se tornasse uma inspiração. É a história do bioquímico inglês Joseph Needham, e sobre o seu quest pela verdade e pelo conhecimento.

Excêntrico e curioso, aberto a todas as novidades, Needham era um pesquisador fanático; eclético, tinha uma ampla gama de interesses e era um workaholic inveterado; teve o amparo da religião desde jovem, era sensível às críticas; não fugia das chances que o destino oferecia, fazendo as coisas acontecerem, com ousadia e arrojo. Era “inteligente, culto, intrépido”, “pensava grande”; “as pessoas ficavam ansiosas para ajudar, apoiar e cercar de cuidados a Needham”: seu carisma atraía a simpatia de quem quer que o conhecesse.

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