16 de novembro de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos, webtown | Tags: banshu e shoshu, castanhas, cogumelos, conservas tsukemono, ginnan, nabo kaburá Shogoin, sanma no aji, Yasujiro Ozu | 2 Comentários »
O primeiro outono pós-11 de março chega ao fim, tudo transcorreu como devia: as pessoas caminharam por bosques colhendo frutos nativos – anzu (abricós), ameixas, caquis; pelas montanhas cataram castanhas gorduchas, ou cogumelos que acaso ainda brotem por entre folhas secas, raízes e troncos. Excursões outonais são desculpas para as pessoas praticarem outro esporte favorito da estação: a contemplação das folhas tingidas em explosão de cores amarelo-alaranjado-avermelhadas, que não foram tão coloridas neste ano, pelo choque pouco intenso do frio.
Pois produtos cultivados da estação são oferecidos suculentos e lindamente embalados, em qualquer ponto de vendas – de quiosques para turistas a sofisticadas lojas de conveniência: maçãs, pêras, pêssegos, castanhas, batatas doces etc. E cogumelos! Desde o mais amado e exclusivo matsutake aos outros tão saborosos e aromáticos quanto buna shimeji, eringi, enokitake, maitake, nameko, shiitake… Tudo com incrível doçura e sabor acentuados, sazonados pelo cálido sol e o frio das noites.
Matsutake / Nameko
Gingko biloba no outono / Ginnan / Kabura turnip
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10 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: ampla disponibilidade, castanhas, frutas, saladas, vegetais | 2 Comentários »
Certamente, a gastronomia popular em Istambul, que é boa, vem sofrendo naturais mudanças com as influências que recebe de todo o mundo, ajustada à ampla disponibilidade local de matérias-primas e as culturas locais. Como em muitas outras grandes metrópoles do mundo, notadamente no Mediterrâneo, percebe-se a sua evolução, mas continuam sendo os “kebabs”, os assados, os que estão mais à disposição da clientela popular. Não só dos locais, como da multidão de turistas vindos de todo o mundo, com ênfase nos que possuem tradições árabes e muçulmanas de todas as matizes. Malaios, indonésios, iranianos, da Ásia, do Sudeste Asiático com as mulheres vestidas de formas mais variadas, desde toda coberta de preto, cabeças e rostos protegidos como até as mais modernas com vestimentas ousadas.
Verifica-se a ampla disponibilidade de saladas, com vegetais e legumes frescos de boa qualidade, intensamente produzidos no país. O “messe”, um conjunto de entradas, oferece uma ampla variedade de pratos frios e quentes, a que se seguem assados com amplas opções, desde carnes dos mais variados tipos e frutos do mar, tudo consumido com muito vagar, e conversas animadas. O que atrai muitos turistas é a produção do pão árabe, preparado na hora por senhoras, que já sofre influências como dos “crepes” franceses, e já vem com variados ingredientes. Uma evolução clara é o menor uso do sal no preparo, que fica disponível na mesa para os clientes, junto com o óleo de oliva, mais usado no preparo. Nesta época, início do verão, impressiona a oferta de frutas e castanhas na rua.
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