Tentando aproximar a Ásia da América do Sul e vice-versa

Artes Marciais e Atividades nos Templos Asiáticos

12 de setembro de 2011
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura, Editoriais, Notícias, webtown | Tags: , , | 4 Comentários »

O jornal chinês China Daily, na sua seção que cuida de cultura, apresenta uma série de fotos da demonstração de artes marciais efetuada pelos membros do Songshan Shaolin Temple, na Shenzhen Universiade, tendo como alguns assistentes também apreciadores estrangeiros. Diante das versões populares apresentadas intensamente nas televisões e cinemas nas últimas décadas, muitos leigos no assunto acabam fazendo algumas confusões sobre as artes marciais, inclusive como esporte e suas relações com alguns monastérios, tendendo a considerá-las como meras técnicas para ataques e defesas.

No entanto, verifica-se que também no Japão o arco e flecha, que exige uma extrema concentração e depende muito da meditação e do controle da mente, é praticado por alguns monges nos templos. Acabou se tornando técnicas para a concentração e disciplina mental, fazendo parte da filosofia que formam algumas das muitas divisões religiosas.

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Atletas estrangeiras acompanham as apresentações na Universidade de Shenzhen

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A Civilização Segundo Niall Ferguson

6 de junho de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Cultura, Livros e Filmes | Tags: , , , , | 2 Comentários »

Quando começou a se falar da China como provável grande potência econômica a ultrapassar os EUA, dois livros respondem as muitas perguntas sobre o caminhar do mundo contemporâneo: Monsoon – The Indian Ocean and the Future of American Power, de Robert D. Kaplan, Ed. Random House, outubro/2010 (já comentado neste site, Paulo Yokota, 1º de junho de 2011), e Civilization – The West and the Rest, de Niall Ferguson, Ed. Allen Lane, fevereiro/2011.

Escocês de nascimento, Niall Ferguson, 47 anos, badalado acadêmico e comunicador midiático, é professor de história na Universidade de Harvard e no London School of Economics, além de consultor na Universidade Stanford, Califórnia. Para ele, a China será inevitavelmente a maior economia mundial em menos de 10 anos. Mas não estaremos retornando aos tempos de 1411 (o apogeu da supremacia chinesa durante a Dinastia Ming), porque, pela primeira vez na era moderna, haverá uma paridade real entre os diferentes poderes no mundo.

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O Chá Verde Nosso de Cada Dia

4 de maio de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Cultura | Tags: , , , , , , | 4 Comentários »

A colheita do chá verde de 2011 já começou ao sul de Quioto, região conhecida pelo excelente Uji-cha. A primeira colheita das folhas de chá – shincha ichibancha (chá novo, primeira colheita do ano) – ocorre após meados de abril; este ano atrasou um pouco devido ao longo e rigoroso inverno. O chá levado da China no período Nara (710-794) passou a ser mais consumido no Japão quando se tornou parte de ritual budista, e a cerimônia do chá se difundiu entre a aristocracia japonesa. A partir de fins da era Edo, quase século XX, com a introdução de técnicas de produção em massa, seu uso se popularizou. O chá começou a ser cultivado em Uji, arredores de Quioto, onde o clima tépido era propício. Propagou-se para a região da província de Shizuoka – hoje a maior produtora do chá verde (ryoku-cha) no Japão, seguida por províncias de Kyushiu, mais ao sul (Kagoshima, Miyazaki), que também produzem chás de excelente qualidade. Mas Uji-Quioto ainda é a referência do chá verde.

O chá verde japonês consiste, grosso modo, de gyokuro, matcha, sencha e bancha. Gyokuro é o chá superior produzido com folhas mais tenras cultivadas quase 90% à sombra, protegidas por anteparos feitos de bambu. O matcha, produzido da mesma forma, é processado em pó para uso exclusivo em cerimônias de chá. São bastante caros. O sencha provém de plantação de chá cultivado em pleno sol; suas pequeninas e pontiagudas folhas são de vivo verde dourado, de sabor e fragrância acentuados. Imediatamente após a colheita, as tenras folhas são aquecidas a vapor por uns 30 – 40 segundos para selar o sabor e barrar a fermentação, e são secas, pressionadas, enroladas e armazenadas em lugar fresco. Diferentemente do kôcha (chá preto tipo inglês), oolong ou pu’ehr (chineses), que passam pelo processo de secagem por calor, e podem ser conservados por mais tempo.

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A China em Explosão de Cores e Flores

7 de abril de 2011
Por: Naomi Doy | Seção: Depoimentos | Tags: , , ,

De meados de março a fins de abril, imensos campos no centro e sudoeste da China se cobrem de espetacular amarelo ouro. É a explosão de flores de colza (cole, rapeseed, brassica, nanohana – pelos países do hemisfério norte). Planta forrageira, usada desde tempos imemoriais para alimentar gado, produz semente oleaginosa, muito substanciosa. Conseguiu-se minimizar sua toxicidade ultimamente, através de melhoramento genético como o da Canola, desenvolvido no Canadá. Muitos países a utilizam para produzir óleo comestível e biodiesel. A China é um dos grandes produtores, sendo a província de Yunnan uma das maiores.

Na primavera, as flores de colza, carregadas de pólen, fazem a alegria das abelhas. Tanto que, onde existe plantação de colza, proliferam fazendas de mel paralelamente. Devido ao alto fator pólen, muitos países estabelecem restrições para o seu cultivo, afastando-o de limites urbanos; podem causar sérios problemas respiratórios e alérgicos. No Japão, folhas tenras de colza são muito apreciadas. Chamadas nanohana, lembram folhas de mostarda com sabor de brócolis; conserva de nanohana em farelo salgado (nukazukê) é comida artesanal típica da região de Kansai (Quioto e adjacências). Mas as folhas precisam ser colhidas tenras, quase em meio à neve. Depois que vêm os botões e floresce, o nanohana é festa para os olhos: o seu amarelo, em muitos lugares do Japão, contrasta com as flores da cerejeira.

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Uma flor considerada quase símbolo da China é a peônia. Sedutora e aristocrática, embeleza jardins e parques de todo o continente; motivo para pinturas desde tempos clássicos, é apreciada também para padronagens de tecidos. O Festival da Peônia de Luoyang, na província de Henan, entre abril e maio, é imperdível. Nessa época, dezenas de outros festivais de flores acontecem por toda a China: ameixeiras (apricot), pessegueiros, magnólias yulan (no Japão, beni mokuren), camélias, azáleas, cerejeiras etc. E tulipas: introduzidas da Holanda, hoje são cultuadas em todo o leste asiático.

Porém, não é preciso viajar pelo país para apreciar toda a magia da primavera. Parques de Beijing também promovem festivais, cada qual focado em uma flor. Longe foram os dias da Revolução Cultural, quando manter jardins e gramados, e apreciar flores era considerado ignomínia da elite, como relembra a escritora Jung Chang sobre sua infância, em “Cisnes Selvagens”. Na Campanha Anual Voluntária para o Plantio de Árvores (2 de abril este ano), o presidente Hu Jintao e líderes do partido se juntaram a crianças e a quase dois milhões de residentes de Beijing; com pá e regador à mão, ajudaram a plantar árvores, em evento televisionado para todo o país (China Daily).

Na “primeira visita de peso ao exterior”, a comitiva presidencial e empresarial brasileira chega a Beijing numa época de singular esplendor. Se pólen ou chuva não atrapalharem, almeja-se que o encanto da primavera ajude positivamente nas discussões. Os brasileiros levam uma bem aparelhada “coleção de queixas e reclamações”, segundo o jornalista Clovis Rossi (Folha de S.Paulo), enquanto chineses aguardam com bem arrumadas bandejas de propostas e planos de cooperação. Mesmo se nem tudo navegar em mar de peônias, quer dizer, de rosas para os brasileiros, vamos torcer para que eles possam concretizar alguns bons e sólidos negócios da China.


Massa Com Estilo

5 de setembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: , , ,

 

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