7 de novembro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Gastronomia | Tags: alimentação cotidiana, chineses, coreanos, diferente da alta gastronomia, japoneses | 4 Comentários »
Um interessante artigo foi publicado no jornal japonês Nikkei sobre o sucesso de uma empresa do Japão, a House Foods, na China. Eles estão ampliando a venda de diversos produtos utilizando o “curry” indiano, adaptando os utilizados no Japão para os paladares dos chineses. Na realidade, há uma distorção dos ocidentais sobre os costumes alimentares dos asiáticos, imaginando que os japoneses, por exemplo, vivem comendo sushis e sashimis, que são caros. Uma jornalista brasileira ficou muito satisfeita no Japão ao descobrir que os mais usuais do cotidiano são baratos udons (massas feitas de trigo) ou sobas (massas feitas de trigo sarraceno) na forma de sopas, com custos em torno de US$ 5 por tigela.
Também são usadas cotidianamente adaptações japonesas do lámen chinês (massa na forma de sopa), do yakissoba (massas com legumes e carnes preparados na chapa), do “curry” indiano, normalmente servido com arroz, bem como “guiudon” (carnes sobre o arroz em tigelas), todos de custos modestos. Algumas refeições são acompanhadas de picles e um missoshiru (sopas de pasta de soja). Também são muito consumidos os odens, cozidos de legumes e massas derivadas de peixes, mantidas em caldos, até vendidos em barracas na rua, principalmente à noite. Muitos destes pratos já se tornaram populares no exterior, inclusive em São Paulo.

Missohiru, guiudon, oden e yakissoba: pratos do dia-a-dia no Japão
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26 de julho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: apesar do câmbio, chineses, coreanos, elevação da renda, melhoria dos pacotes, taiwaneses no Japão
Refletindo uma sensível mudança na economia japonesa, constata-se que apesar do yen extremamente valorizado (cerca de 85 yens por US dólar) há um elevado influxo de turistas asiáticos no Japão. Os dados do primeiro semestre indicam que houve um aumento de 35,8% com relação ao mesmo período do ano passado, mostrando que a crise de 2009 foi superada.
Na realidade, as medidas tomadas para flexibilizar a exigência de vistos turísticos dos chineses devem melhorar sensivelmente estes dados, que está também associado às vantagens dos novos pacotes criados pelas agências de turismo junto com as empresas aéreas. É uma comprovação que são instrumentos mais poderosos que o câmbio.

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19 de junho de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Cultura | Tags: Ásia começa em Istambul, assírios, bizantinos, chineses, egípcios, hindus, persas | 12 Comentários »
Desde a Renascença, quando a Europa começou a desenvolver-se, o mundo tendeu a considerá-la o centro do mundo, atribuindo uma importância desprezível às antigas civilizações, o que está sendo novamente revisto. Istambul ainda localiza-se na parte européia, mas é onde passando as pontes sobre o Bósforo, que liga o Mar de Mármara, da parte Mediterrânea com o Mar Negro, já se cruza para a parte de Anatólia da Turquia, que fica na Ásia.
Ainda que existam indícios das presenças de aglomerações humanas deste o período neolítico nesta região atualmente turca, entende-se que o Império Bizantino ou os greco/romanos, lá se instalaram em torno de 660 a.C., tendo pequenos períodos de domínio persas. De cerca de 330 d.C. ficou com o nome de Constantinopla, consolidando-se como sede do Império Romano do Oriente, que deixou muitos monumentos. O Império Otomano fixa-se em torno de 1450 prolongando-se até 1922, estendendo-se por todo o Mediterrâneo, desde Portugal até a parte arábica, envolvendo a atual Síria e Líbano. Deixou um patrimônio importante da humanidade. Explica, também, porque muitos imigrantes árabes para as Américas tinham passaporte turco.
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25 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Destaque, Editoriais | Tags: chineses, coreanos, participação de japoneses, projetos de infraestrutura
É perceptível que a economia brasileira, ainda que tenha um desempenho razoável nos últimos anos, está com sensíveis atrasos na preparação e manutenção adequada de sua infraestrutura para dar continuidade ao seu processo de desenvolvimento. Os principais países asiáticos como o Japão, a China e a Coreia dispõem de tecnologia, capacidade financeira e principalmente disposição para colaborar com estas necessidades brasileiras.
Estamos num período em que definições sobre estes assuntos se encontram na pauta, como, por exemplo, a decisão para a concorrência sobre o sistema de trem rápido, que é emblemático neste setor. Mas também outros, como os energéticos, tanto dos renováveis como os relacionados com o pré-sal.
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18 de abril de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Notícias | Tags: bairro da Liberdade, chineses, coreanos, japoneses | 10 Comentários »
Foto: Flaviana Serafim e Gladstone Barreto – abril/2009
O bairro da Liberdade em São Paulo foi onde se fixaram inicialmente os primeiros imigrantes japoneses no começo do século passado. Seguiam os passos de imigrantes mais antigos, como os italianos, que se concentraram no Brás, na Mooca e no Cambuci. Para efeito turístico, ficou conhecido inicialmente como bairro japonês, hoje ampliado para oriental.
Depois da Segunda Guerra Mundial, lojas de japoneses se multiplicaram pelo bairro, que atraíam também atividades de lazer, como os cinemas. Continua sendo frequentado pelos japoneses e seus descendentes, mas chegaram os coreanos com suas lojas, e mais recentemente os chineses. Todos convivendo muito bem com os demais brasileiros de muitas origens. Poucos são os idosos que ainda preservam diferenças culturais.
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8 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: acadêmicos, asiáticos, atividades comerciais, baixa presença na América do Sul, chineses, indianos | 2 Comentários »
Na América do Sul é relativamente baixa a presença das populações asiáticas, quando comparado com o resto do mundo. São os seus imigrantes e descendentes, que não chegam a um por cento da população total deste continente.
Mas, os chineses e os indianos, estão presentes inicialmente na própria Ásia, fora do seu país de origem. No Sudeste asiático chega a um terço a população de origem chinesa, e outro terço o de origem indiana, como em Cingapura. Na Tailândia os chineses foram obrigados a mudarem os seus nomes para os locais, mas como etnia continuam iguais. E a China considera como sua Hong Kong, Macau e até Taiwan. Em países populosos como a Indonésia, Paquistão e Bangladesh também eles são importantes. São as elites empresariais, principalmente bancárias e comerciais.
Na América do Norte e na Europa a presença chinesa é muito importante, principalmente em algumas grandes cidades como Nova Iorque e Londres. Os indianos estão presentes em algumas regiões destes continentes. Ambos são importantes como acadêmicos nas grandes e prestigiadas universidades. Muitos voltam para os seus países de origem depois de acumularem experiências em centros desenvolvidos de tecnologia.
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2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: chineses, concorrência brasileira, Shinkansen, tarifas baixas, TGV, trem rápido
O Japão foi o primeiro país que lançou o sistema de trem rápido, em 1964, chamado de Shinkansen (nova linha de trem), entre Tóquio e Osaka, uma distância equivalente a São Paulo e Rio de Janeiro. Hoje, o sistema atende o Japão, praticamente, de norte a sul, com novas tecnologias constantemente desenvolvidas. E os japoneses se orgulham que nunca houve um acidente de monta, considerando-o tecnologicamente mais avançado do mundo, ainda que custoso. Além de atender regiões planas, o seu sistema de tração nos próprios vagões permite o desmembramento de um trem em diversos trechos, e diferentes áreas, até para as montanhosas.
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2 de janeiro de 2010
Por: Paulo Yokota | Seção: Intercâmbios | Tags: carreira, chineses, confucionismo, coreanos, diferenças econômicas, educação, japoneses, salvar a face | 5 Comentários »
Uma diferença acentuada ocorre na forma em que as pessoas se hierarquizam nas empresas da América do Sul e na Ásia, principalmente no Extremo Oriente, e o papel que cabe a cada pessoa nesta organização, muito por influência do confucionismo. Tudo está mudando rapidamente com a globalização, mas o básico ainda continua valendo em cada região.
Em ambas as regiões, a estrutura populacional está se alterando lenta, mas firmemente. O Extremo Oriente vem elevando o seu percentual de idosos, dada a longevidade de sua população, com preocupante redução da taxa de natalidade. Com defasagem de algumas décadas, na América do Sul a população também vem se comportando de forma similar. Mas na hierarquia empresarial, outros fatores acabam interferindo, além da idade.
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